essência oculta

a pedra do gelo

Aghata lançou um olhar curioso para o livro que Manuelly segurava, inclinando-se ligeiramente.

– Que livro é esse? – perguntou Aghata, arqueando as sobrancelhas.

– Ah, é um livro que ensina sobre pedras, poções e como elas podem ser... – começou Manuelly a explicar, mas foi interrompida.

– Espera... ouviu isso? – Aghata murmurou, seus olhos se estreitando enquanto ela olhava ao redor da cozinha com uma expressão de alerta.

Ela deu alguns passos em direção ao corredor que separava a sala da cozinha, e algo parecia perturbá-la. Um sorriso sarcástico lentamente se formou em seu rosto enquanto seus olhos fixavam um ponto na escuridão.

– Sai daí, Gih – disse Aghata, sua voz cheia de provocação.

Uma figura saiu das sombras do corredor, e a voz fria respondeu.

– Gih é meu cacete – disse a recém-chegada, saindo com um olhar de desdém.

Aghata soltou uma risada suave.

– Fica brava não, Gigizinha – provocou, divertindo-se ao ver a irritação se formando no rosto da outra.

Giovanna parou, estendeu a mão direita, e uma bola de poder brilhante se formou, voando em direção a Aghata.

A bola a atingiu em cheio, mas, ao invés de ser derrubada, Aghata absorveu a energia, sua expressão mudando para uma de confiança.

– Parece que eu não sou mais uma silenciada, sou?

Giovanna rangeu os dentes.

– Sua desgraçada... – murmurou, furiosa, olhando para sua própria mão.

Aghata, agora sentindo o poder em suas veias, tentou atacar de volta. Ela disparou uma rajada de energia em Giovanna, mas esta se agachou, esquivando-se no último segundo. Quando Giovanna se levantou, Aghata gritou em frustração e estendeu as duas mãos, tentando lançar mais uma bola de poder. Para seu desespero, nada saiu.

– O quê? Mas eu roubei seus poderes! – exclamou Aghata, irritada e incrédula.

Giovanna riu, um sorriso venenoso cruzando seus lábios.

– Você roubou só 1% dos meus poderes, Aghata. Isso não é suficiente nem para recuperar os seus. Você ainda é uma silenciada.

Manuelly, que estava em choque com a cena, finalmente se manifestou.

– Opa, pera aí! Quem é você? O que é uma silenciada? E por que vocês estão tentando se matar aqui na minha cozinha?! – disse, sua voz cheia de irritação e confusão.

Giovanna, sem desviar o olhar de Aghata, respondeu.

– Eu sou Giovanna, e uma silenciada é uma bruxa que perdeu seus poderes por fazer alguma merda grave. Como matar alguém da sua própria tribo, por exemplo. Né, Aghata?

Alana, que assistia de perto, olhou para as duas e fez a pergunta que estava em sua mente.

– Mas se a Aghata é uma silenciada, como ela conseguiu usar magia?

Giovanna soltou um suspiro como se explicasse algo básico.

– Quando uma bruxa sem magia é atingida por outra, ela pode roubar parte da energia e tentar restaurar seus poderes. Mas eu mandei tão pouca energia para ela que nem dá para sustentar por muito tempo – respondeu Giovanna, cruzando os braços com um sorriso presunçoso.

Aghata olha para Giovanna e da um sorriso malicioso chegando mais perto dela

- Continua explicando tão bem né, gih. - diz Aghata colocando 2 dedos no queixo de Giovanna