convite ao coven

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É madrugada, e Bruno, meio sonolento, abre a porta do quarto de Isabela, sussurrando:

— Isa... acorda. A Manu tá... doida!

Isabela, ainda com os olhos fechados, resmunga:

— Doida como, Bruno?

— Ela tá com a chave de um carro! Diz que vai “atrás do que viu” ou sei lá o quê.

Os dois trocam olhares, sem entender o que Manuelly planeja. Rapidamente, eles vão até o quintal da chácara e encontram Manuelly segurando a chave, parecendo muito determinada. Isabela pergunta:

— Manu, que história é essa de “ir atrás do que viu”? Você pegou a chave do carro do tio?

Manuelly responde com um sorriso meio maroto:

— Só vou resolver uma coisinha. Vocês vêm comigo ou ficam?

Eles acabam indo junto, meio inseguros, mas intrigados com o que Manuelly viu e o que poderia estar acontecendo. Chegando na garagem da chácara, Manuelly entra no carro do tio e liga o motor. Bruno e Isabela olham para ela com uma mistura de surpresa e preocupação.

— Como você sabe dirigir?! — pergunta Isabela.

— Ah, Isa, você esqueceu? Sempre dirijo quando o pai leva a gente para a fazenda. Ele deixa eu pegar o volante por um tempinho... e, bom, aprendi.

Isabela só consegue balançar a cabeça, preocupada. Quando elas saem da garagem e entram na floresta próxima, Isabela começa a entrar em pânico:

— Manu, você tá maluca? A gente vai morrer nesse fim de mundo!

Manuelly sorri de canto, tentando tranquilizar a irmã.

— Relaxa, Isa. Qualquer coisa, a gente usa a pedra para nos proteger.

Bruno, confuso, franze as sobrancelhas.

— Que pedras? Do que vocês estão falando?

As meninas se entreolham, percebendo que Bruno ainda não sabe sobre as pedras misteriosas e seus poderes. Elas trocam um olhar de cumplicidade, talvez cogitando se finalmente chegou a hora de contar a verdade para ele...

Manuelly dirige pela estrada estreita da floresta, os faróis iluminando o caminho cheio de galhos retorcidos e sombras. Isabela respira fundo, tentando manter a calma, enquanto Bruno continua confuso no banco de trás.

De repente, Manuelly pisa no freio e o carro para bruscamente.

— Chegamos — ela sussurra, fixando o olhar adiante, através do para-brisa.

Isabela e Bruno olham na mesma direção e ficam em choque. No meio da escuridão, um círculo de mulheres envoltas em longos mantos e segurando velas em suas mãos formam um coven de bruxas. Elas murmuram palavras estranhas, a chama das velas tremulando ao vento, como se fossem guiadas por uma força invisível.

Bruno fica sem palavras, tentando entender o que está vendo.

— Manu... o que é isso? — ele pergunta, um tom de medo na voz.

Manuelly olha para ele e para Isabela, o rosto sério.

— Esse é o coven que eu vi... Elas estavam me chamando.

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