Capítulo 1 - Who are you?

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CHOI SAN POV



Eu não sabia o quanto precisava correr até perder completamente o meu equilíbrio e cair perto de uma velha cabana no meio da floresta. Uma ardência agonizante atingiu meu abdômen e eu urrei de dor, choramingando e implorando para todos os Deuses que alguém me escutasse, apesar de eu achar muito difícil disso acontecer, afinal, quem iria estar no meio de uma floresta a noite além de uma fera igual a mim?

— Merda...



Sussurrei comigo mesmo e me arrastei até uma árvore, me encostando no casco velho. Tentei normalizar minha respiração e ouvi um barulho vindo do escuro junto a uma luz fraca, como a de um lampião. De repente, uma figura coberta por um capuz preto apareceu e ele verificou o local, parando seus olhos em mim e arregalando os mesmos. Eu teria rido da sua expressão assustada se não estivesse em minha forma de monstro e muito menos lutando comigo mesmo para sobreviver.

— O que está fazendo aqui? Que eu saiba, seu bando não vive por essas localidades — ele falou baixinho e exitou a se aproximar ao que eu me mexi — Está ferido? Olha, eu posso até ser um caçador e o caralho a quatro, mas você é assustador e eu não quero ter o meu lindo pescocinho degolado, ok? Eu vou me aproximar de você e se você me entendeu, por favor, não me machuque, eu só quero ajudar.



Resmunguei mais uma vez de dor e aquele ser humano pequeno se aproximou de mim, se ajoelhando ao meu lado e me observando minuciosamente.

— Eu irei tocar em você, tá?

Me atentei as ysuas ações e ele retirou a minha pata do local, arregalando ainda mais os olhos ao meu ver o estrago feito por aquele filho da puta do meu irmão. Eu ainda mato ele.

— Meu Deus... — o baixinho murmurou e acariciou o meu pelo — Isso aqui precisa ser limpo e cuidado o mais rápido possível, se não você pode acabar morrendo por causa de uma infecção... Consegue se levantar, lobinho?



Eu balancei a cabeça em negação, mas eu acho que ele não entendeu, então eu tomei uma decisão difícil e me transformei de forma dolorida em sua frente, voltando à minha forma humana.

— Assim eu acho que consigo, mas você vai ter que me ajudar... — murmurei sôfrego.

— Tudo bem então. Vamos.



Ele não me questionou e muito menos correu de mim, a sua única reação foi pegar seu lampião antes esquecido no chão e me levantar pelo braço, me ajudando a caminhar para fora daquela mata escura.

— Eu não faço a mínima ideia do que você seja, mas eu vou cuidar de você — ele comentou e eu sorri pequeno.





Se esse caçador conseguir salvar a minha vida, eu serei eternamente grato a ele.

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