Capítulo 19 - Milk and Cookies

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Silêncio, bebezinho, beba o seu leite estragado
Estou louca pra caralho, preciso da minha receita preenchida
Você gosta dos meus biscoitos? Eles são feitos apenas para você
Um pouco de açúcar, mas muito veneno também

Milk and Cookies - Melaine Martinez
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Lauren Pov

Quando eu acordei estava sentada em uma cadeira com uma mesa retangular, minhas mãos estavam algemadas em cima da mesa com uma pequena corrente as prendendo.

Olhei em volta ainda confusa e vi ao meu lado uma parede de vidro espelhado, logo eu soube que estava na delegacia e na sala de interrogatório dos criminosos.

Minha respiração logo se alterou me lembrando de tudo, senti a primeira lágrima descer do meu rosto e pingar na mesa.

- Camz...- Sussurrei com a voz fraca me lembrando de ver os olhos sem brilho e opacos pela morte da minha namorada.- Não...NÃO! NÃO!

Gritei rangendo os dentes e tentando me soltar daquelas algemas, mais eu estava sem força, me sentia fraca, e eu sabia por que.

Talvez a perda da minha outra metade demoníaca tenha me enfraquecido.

Me levantei rápido da cadeira e chutei a mesa com força a fazendo colidir com a parede, chutei a cadeira na direção da parede espelhada, eu sabia que estavam me olhando ali.

Me aproximei daquele espelho vendo meu reflexo furioso e chutei com força querendo acabar com quem estivesse atrás daquele vidro.

- Não é a mim que deveriam prender! A minha namorada foi morta por aquela banda filha da puta e vocês estão pouco se fodendo pra isso! EU VOU ACABAR COM CADA UM DE VOCÊS SEUS DESGRAÇADOS! - Gritei com toda força. Ouvi a porta da sala ser aberta e dois policiais estavam segurando duas armas de choque.

- É melhor se comportar, o delegado e o investigador já vão entrar para interroga-la.- Um deles falou apontando a arma pra mim, soltei um riso irônico e neguei com a cabeça.

- Manda esse delegado ir pra puta que pariu! - Rosnei dando um chute na parede de vidro, os dois rapidamente vieram até mim e me imobilizaram na cadeira prendendo meus braços e pernas.

Fiquei sentada em frente a mesa novamente e mais duas cadeiras foram colocadas na mesa de frente pra mim. Os dois policias saíram e me deixaram ali imobilizada.

Não demorou para o delegado aparecer junto com o investigador, ele me olhou de forma séria colocando uma pasta de folhas sobre a mesa junto com o investigador que se sentou ao seu lado.

- Então, Lauren Jauregui. Estamos aqui para perguntar sobre os crimes que cometeu, você matou muita gente pelo que estou vendo no histórico.- Permaneci com a expressão séria e o maxilar travado.- Ficou conhecida como "Assassina Canibal", deixou os corpos das vítimas totalmente dilacerados e quase irreconhecíveis, queremos saber o que te levou a fazer tantas atrocidades assim?

Fiquei calada, eu não queria falar porra nenhuma pra esse delegado de merda, estava tão puta com tudo que aconteceu e estava pouco me fodendo se seria presa ou não.

- Precisamos de suas respostas, queremos ouvir a sua versão.- Ele falou concentrado cruzando sua mãos na mesa, e eu literalmente comecei a rir, ri mesmo bem na sua cara achando aquilo ridículo.

- A minha versão? Você quer mesmo saber? - Perguntei com um sorriso debochado o Delegado assentiu sem se importar com meu riso.- Então vamos lá, tudo começa com uma banda fudida que mata a sua namorada mais de uma vez, estupra uma fã, e ainda por cima sai impune de tudo.

Garota Infernal - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora