Algumas coisas tinham mudado e uma delas é que finalmente tinha conseguido convencer meu pai que era uma boa ideia abrir uma escola aqui na comunidade.
Me surpreendi quando ele se prestou a ajudar na construção e com as mesas, cadeiras e lousa. Mas deixei bem claro que não precisava dele, não queria que ele jogasse na minha cara depois.
No começo vinha pouca criança, o que era um pouco fácil, agora eu tenho uma sala fechada com trinta crianças.
Eu estava mega feliz e realizada.
Algumas mulheres me ajudavam bastante, até por que não é fácil cuidar de trinta crianças sozinhas. Eu ficaria maluca.
— Muito obrigada Gabi, eles gostam muito de você. — Falo abraçando minha colega, Gabi cuidava da refeição dos pequenos.
— Que nada Nic, amo essas crianças e não tem trabalho melhor que ajudar as pessoas. — Ela retribui.
O dia por incrível que pareça foi tranquilo, a comunidade em si estava tranquila, o que era bom, meus dias de azar deve ter acabado, finalmente.
Fecho a escola quando a última criança vai embora, a escola não era tão longe da casa dos meus tios, o que era bom para mim quando eu precisava ficar até tarde revisando lição.
Eu estava querendo muito levar os pequenos para um passeio, eles me disseram que nunca tinham ido a um zoológico e isso me pegou muito.
Deixei um bilhete em cada agenda perguntando para os pais se seria uma boa ideia e caso eles aprovem eu teria que pedir permissão para o meu pai.
O trato era que tudo tinha que passar por ele, e tudo bem, querendo não ele é o dono daqui, não podia fazer nada.
Hoje teria baile em comemoração ao aniversário dele, a comunidade inteira ia festejar, até meus tios que eu não via faz uma cota apareceu só para ir nesse baile.
— Oi querida. — Minha tia me cumprimenta. — Não vai ir para o aniversário do seu pai não?
Nego com a cabeça deixando minha bolsa no sofá, vou direto para a cozinha pegando minha garrafa de água e bebendo.
— Hoje faz três anos que minha mãe morreu, acha mesmo que tenho o que comemorar? — Falo rude.
— Ele é seu pai Nicole.
— Ele é só meu progenitor, por que cuidar de mim nunca cuidou. — Me irrito, desde de a morte da minha mãe eu me virei sozinha, nunca precisei deles pra nada.
— Engraçado que quando precisa de algo se rasteja até ele... — Ouço meu tio cochichar de longe, o que me faz revirar os olhos.
Decido ignorar, vou para o meu quarto fechando a porta, abro meu guarda-roupa procurando algo fresco para usar.
Eu precisava beber.
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O PERIGO É MAIS GOSTOSO! | capitão nascimento
FanfictionNicole Freitas morava com seus tios em uma comunidade no Rio de janeiro, ela era filha do dono da comunidade onde morava, mesmo não tendo uma boa relação com seu genitor. Nicole abominava policiais, ainda mais aqueles que eram corruptos e mais ainda...