Texto IV - Memórias.

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Mᴇᴍᴏ́ʀɪᴀs.

Pare
de
se
lembrar.

E, derrepente, tudo é desenterrado.
Os dias são pesados e, cai entre nós, nunca fui devidamente forte para aguentar tudo isso.

Para que cavar com a pa da lembrança o passado soterrado? Desenterra-lo a cada shot de bebida não ajudará a suportar, quem dirá tentar arranca-lo de si a cada corte, nada fará doer menos. Afinal, a dor ainda continua, independente da quantidade de fumaça subindo. Independente das tentativas falhas de buscar aconchego momentâneo.

E, derrepente, na tentativa de fugir destas memórias a ausência de consciência parece ser uma boa opção; embriagar-me com a inlucidez se torna meu anseio, necessito desta inconsciência seja ela momentânea ou definitiva.
Somos todos ingênuos procurando omitir o presente, o escondemos com as lembranças de um passado distante, e por impulso acabamos perdendo o futuro.

O passado deve permanecer guardado num lugar jamais acessado. Enterrado.

Para sempre.

Cala-te, cérebro idiota.
Eu não preciso me lembrar de nada.

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