Uma das vantagens de ter muito dinheiro é que eu posso comprar o que eu quiser, e quando eu quiser. A desvantagem é que você acaba não tendo um emprego e isso me faz sentir que sou burra. Mas o que eu posso fazer se tenho a sorte de ser rica? Mas isso graças aos meus pais.
Minha vida tem sido muito boa, eu cozinho todos os dias, leio, vou caminhar, vou pra balada, faço compras, e às vezes viajo. Mas claro que eu sou formada em alguma coisa. Matemática pra ser mais exata. E espero que minha vida continue assim.
Abro as portas do meu closet e pego uma roupa de frio. O Natal está chegando e eu amo muito esse dia. Visto uma calça jenas escura, uma blusa sem mangas preta, e meu suéter roxo escuro por cima. Coloco meias pretas nos pés e saio do quarto e desço indo para a cozinha.
Como de costume, eu vou logo abrindo o armário pra pegar as coisas pro meu café da manhã, mas antes que eu pegue alguma coisa a campainha toca.
- Ai que coisa!
Reclamo. Eu estou morrendo de fome, quem quer que seja não podia esperar mais uma hora?
Atravessoa a sala aconchegante a abro um lado da porta. O vento frio bate no meu rosto. Franzo a testa ao ver um... um... homem segurando um cachorrinho ainda filhote nos braços.
- Eu te conheço? - pergunto cruzando os braços.
- Sinceramente achei que você fosse mais simpática.Ele fala... e que voz. É rouca e muito... sexy. Quem é?
- Achou errado. Quem é você e o que você quer? - o mesmo ergue uma das sombrancelhas.
- Pedir um favor. - ele olha pro cachorrinho. - Será que você poderua ficar com ele pelos próximos dois dias?
- Sério mesmo? A gente nem se conhece! E tem uma coisa qur existe por aí onde as pessoas deixam seus animais quando vão fazer alguma coisa!Ele parece querer rir de mim. Se ele fizer isso eu mato ele.
- Eu sei, mas não confio nesses lugares.
- Mas confia em mim. Um pessoas que nem conhece.
- Pois é. Mas ele é um bom companheiro.Olho pro cachrrinho que me encara de volta. Olhos cor de mel, pelo preto e é do tamanho do meu ante-braço. Ele parece me implorar pra mim aceitar.
- Ta bom. Mas você não vai desaparecer no mundo e deixar ele aqui vai?
- Claro que não sua louca.Louca? Ele me chamou de louca.
- Nossa que grosso. - faço uma careta.
- Sou mesmo. - pelo jeito que ele falou parece que teve duplo sentido.Estico os braços e ele me entrega o pequeno cachorrinho que logo começa a lamber meu pescoço.
- Olha só, eu só vou aceitar, por que eu estou com dó do cachorrinho ter você como dono. E antes de você ir, quero que me diga seu nome, onde mora, o que faz e por que não vai levar o pobre e inocente cachorrinho com você.
Ele cruza os braços e eu percebo uma tatuagem em um dos pulsos dele. Ele é tipo um... Badboy?
- Zack. Vou viajar por motivos de não é da sua conta, e pra onde vou não permite animais, moro na casa do fim da rua. E o nome dele é Ted.
- Você deixou de responder uma pergunta.
- Qual?
- O que você faz da vida?
- Não é da sua conta mas... Eu tenho uma empresa. Mais alguma pergunta?Olho bem pra ele e acabo admirando muito mais do que eu deveria, os olhos azuis dele.
- Você tem alguam recomendação pra mim? Eu nunca cuidei de um cachorrinho.
- Ele gosta de tomar de noite.Ele se vira e pega uma sacola que eu nem sabia que estava atrás dele, e me entrega.
- Ah. Pelo menos você não é burro.
Ele ignora o meu comentário. Coloco a sacola no chão ao meu lado.
- Preciso do seu telefone.
- Está na sacola. - sorri de lado.
- Ok então. - o cachorrinho não para de me lamber.
- Cuida bem dele. - diz e se vira.
- De nada.Falo e observo ele ir embora.
- Bom, pelo menos não vou passar o Natal sozinha.
Falo e coloco o cachorrinho no chão. Como é o nome dele mesmo? Ted? Isso Ted.
Pego a sacola e fecho a porta, e vou pra cozinha ouvindo Ted me seguir. A unhas dele faz barulho quando toca o piso da casa.Abro a sacola e coloco tudo em cima do balcão mo meio da cozinha. Tem os potinhoa pra água e ração, o shapoo dele, um pacote médio com a ração dele, e um cartão com um número e um nome.
- Nossa que organizado.
Olho pro Ted.
- Você deve estar com fome.
Abro o pacote de ração e coloco um pouvo na mesma em um dos potinho, e água na outra. Levo os potes para. A sala e as coloco em um canto. Eu mal me levanto e Ted vai logo pra cima comer.
- Você é igual a mim! Gosta de comer. -
Sorrio com a ideia. Poia eu comi muito... e não engordo.
Volto pra cozinha e guardo as coisas de Ted. Lavo as mãos e começo a fazer meu café da manhã.
Omelete. Suco de laranja. Pão com queijo, presunto e oregáno. E um pedaço de pizza fria que sobrou de ontem.
- Ted!
Chamo sem esperança do cachorrinho me obedecer. Mas ele obedeceu. Sorrio e termino de guardar o copo já limpo e seco.
- Vem Ted.
Vou pra sala e ele me segue, antes de eu me sentar a porta se abre e minha prima Alex entra tirando os sapatos.
- Spencer! - grita e se joga no sofá à minha frente. Pego Ted e o coloco em meu colo. - De quem é o cachorro?
- De um tal de Zack. Mora o fim da rua.
- Não! - ela grita de novo. - Zack Millton? Ai meu Deus! Desde quando vocês se conhecem? E por que não me contou? Ele é um deus de tã gostoso!- Já pegou ele?
- Não. - faz uma cara triste. - Mas me conta.Bufo e conto tudo à ela.
- Você é sortuda e nem sabe. Que irônico.
- Ele nem é tudo isso. Nem exagere.
- Espere até vê-lo sem camisa, e aproveite por que eu só vi uma vez e foi de longe na praia.
- Alex, você é doida.Zack Millton. Nome bonitinho.
- Vai pra festa hoje? - pergunta enquanto arruma o sutiã por baixo da blusa rosa de lã.
- Não. Tenh que ficar com o Ted. Podia ficar comigo aqui.
- Ta bom.Sorrio. Agradecimento. Alex é minha prima mais próxima, minha amiga, parceira no crime, e nas fofocas.
Meu celular vibra em meu bolso, eu o pego e vejo um número que... acho que conheço. Alex pega Ted no colo e se senta no chão em cima do tapete e começa a brincar com ele.
- Alô? - falo.
- Oi. Como vai o meu cachorro?Como ele sabe meu número?
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A Tentação Bateu na Minha Porta
AcakComo eu queria que aquele dia nunca tivesse acontecido. Seria tudo diferente, eu ainda seria eu e não essa garota anormal de 20 anos. E mais uma coisa... É tudo culpa dele, ele me fez despertar uma parte minha que estava congelada e não tem como vol...