Capítulo 1

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Uma das vantagens de ter muito dinheiro é que eu posso comprar o que eu quiser, e quando eu quiser. A desvantagem é que você acaba não tendo um emprego e isso me faz sentir que sou burra. Mas o que eu posso fazer se tenho a sorte de ser rica? Mas isso graças aos meus pais.

Minha vida tem sido muito boa, eu cozinho todos os dias, leio, vou caminhar, vou pra balada, faço compras, e às vezes viajo. Mas claro que eu sou formada em alguma coisa. Matemática pra ser mais exata. E espero que minha vida continue assim.

Abro as portas do meu closet e pego uma roupa de frio. O Natal está chegando e eu amo muito esse dia. Visto uma calça jenas escura, uma blusa sem mangas preta, e meu suéter roxo escuro por cima. Coloco meias pretas nos pés e saio do quarto e desço indo para a cozinha.

Como de costume, eu vou logo abrindo o armário pra pegar as coisas pro meu café da manhã, mas antes que eu pegue alguma coisa a campainha toca.

- Ai que coisa!

Reclamo. Eu estou morrendo de fome, quem quer que seja não podia esperar mais uma hora?

Atravessoa a sala aconchegante a abro um lado da porta. O vento frio bate no meu rosto. Franzo a testa ao ver um... um... homem segurando um cachorrinho ainda filhote nos braços.

- Eu te conheço? - pergunto cruzando os braços.
- Sinceramente achei que você fosse mais simpática.

Ele fala... e que voz. É rouca e muito... sexy. Quem é?

- Achou errado. Quem é você e o que você quer? - o mesmo ergue uma das sombrancelhas.
- Pedir um favor. - ele olha pro cachorrinho. - Será que você poderua ficar com ele pelos próximos dois dias?
- Sério mesmo? A gente nem se conhece! E tem uma coisa qur existe por aí onde as pessoas deixam seus animais quando vão fazer alguma coisa!

Ele parece querer rir de mim. Se ele fizer isso eu mato ele.

- Eu sei, mas não confio nesses lugares.
- Mas confia em mim. Um pessoas que nem conhece.
- Pois é. Mas ele é um bom companheiro.

Olho pro cachrrinho que me encara de volta. Olhos cor de mel, pelo preto e é do tamanho do meu ante-braço. Ele parece me implorar pra mim aceitar.

- Ta bom. Mas você não vai desaparecer no mundo e deixar ele aqui vai?
- Claro que não sua louca.

Louca? Ele me chamou de louca.

- Nossa que grosso. - faço uma careta.
- Sou mesmo. - pelo jeito que ele falou parece que teve duplo sentido.

Estico os braços e ele me entrega o pequeno cachorrinho que logo começa a lamber meu pescoço.

- Olha só, eu só vou aceitar, por que eu estou com dó do cachorrinho ter você como dono. E antes de você ir, quero que me diga seu nome, onde mora, o que faz e por que não vai levar o pobre e inocente cachorrinho com você.

Ele cruza os braços e eu percebo uma tatuagem em um dos pulsos dele. Ele é tipo um... Badboy?

- Zack. Vou viajar por motivos de não é da sua conta, e pra onde vou não permite animais, moro na casa do fim da rua. E o nome dele é Ted.

- Você deixou de responder uma pergunta.
- Qual?
- O que você faz da vida?
- Não é da sua conta mas... Eu tenho uma empresa. Mais alguma pergunta?

Olho bem pra ele e acabo admirando muito mais do que eu deveria, os olhos azuis dele.

- Você tem alguam recomendação pra mim? Eu nunca cuidei de um cachorrinho.
- Ele gosta de tomar de noite.

Ele se vira e pega uma sacola que eu nem sabia que estava atrás dele, e me entrega.

- Ah. Pelo menos você não é burro.

Ele ignora o meu comentário. Coloco a sacola no chão ao meu lado.

- Preciso do seu telefone.
- Está na sacola. - sorri de lado.
- Ok então. - o cachorrinho não para de me lamber.
- Cuida bem dele. - diz e se vira.
- De nada.

Falo e observo ele ir embora.

- Bom, pelo menos não vou passar o Natal sozinha.

Falo e coloco o cachorrinho no chão. Como é o nome dele mesmo? Ted? Isso Ted.
Pego a sacola e fecho a porta, e vou pra cozinha ouvindo Ted me seguir. A unhas dele faz barulho quando toca o piso da casa.

Abro a sacola e coloco tudo em cima do balcão mo meio da cozinha. Tem os potinhoa pra água e ração, o shapoo dele, um pacote médio com a ração dele, e um cartão com um número e um nome.

- Nossa que organizado.

Olho pro Ted.

- Você deve estar com fome.

Abro o pacote de ração e coloco um pouvo na mesma em um dos potinho, e água na outra. Levo os potes para. A sala e as coloco em um canto. Eu mal me levanto e Ted vai logo pra cima comer.

- Você é igual a mim! Gosta de comer. -

Sorrio com a ideia. Poia eu comi muito... e não engordo.

Volto pra cozinha e guardo as coisas de Ted. Lavo as mãos e começo a fazer meu café da manhã.

Omelete. Suco de laranja. Pão com queijo, presunto e oregáno. E um pedaço de pizza fria que sobrou de ontem.

- Ted!

Chamo sem esperança do cachorrinho me obedecer. Mas ele obedeceu. Sorrio e termino de guardar o copo já limpo e seco.

- Vem Ted.

Vou pra sala e ele me segue, antes de eu me sentar a porta se abre e minha prima Alex entra tirando os sapatos.

- Spencer! - grita e se joga no sofá à minha frente. Pego Ted e o coloco em meu colo. - De quem é o cachorro?

- De um tal de Zack. Mora o fim da rua.
- Não! - ela grita de novo. - Zack Millton? Ai meu Deus! Desde quando vocês se conhecem? E por que não me contou? Ele é um deus de tã gostoso!

- Já pegou ele?
- Não. - faz uma cara triste. - Mas me conta.

Bufo e conto tudo à ela.

- Você é sortuda e nem sabe. Que irônico.
- Ele nem é tudo isso. Nem exagere.
- Espere até vê-lo sem camisa, e aproveite por que eu só vi uma vez e foi de longe na praia.
- Alex, você é doida.

Zack Millton. Nome bonitinho.

- Vai pra festa hoje? - pergunta enquanto arruma o sutiã por baixo da blusa rosa de lã.
- Não. Tenh que ficar com o Ted. Podia ficar comigo aqui.
- Ta bom.

Sorrio. Agradecimento. Alex é minha prima mais próxima, minha amiga, parceira no crime, e nas fofocas.

Meu celular vibra em meu bolso, eu o pego e vejo um número que... acho que conheço. Alex pega Ted no colo e se senta no chão em cima do tapete e começa a brincar com ele.

- Alô? - falo.
- Oi. Como vai o meu cachorro?

Como ele sabe meu número?

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⏰ Última atualização: Jul 16, 2015 ⏰

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A Tentação Bateu na Minha PortaOnde histórias criam vida. Descubra agora