ˑ ۫ . ﹙ You see, all the wisest women had to do it this way.﹚
Adhara sabia que por mais que a mente de Thomas estivesse perturbada, também havia a possibilidade que sua sensibilidade trouxa o fizesse perceber na magia o que ela não notava por se banhar nela, também havia aquela estranha sensação de estar sendo observada, o tempo todo.
Naquela ocasião, ela estava no jardim da mansão, onde as rosas floresciam sob a luz pálida da lua, ela gostava de observar como a lua tocava nas flores que a mãe cultivava com afinco, mais do que no sol que lhe doía os olhos. O aroma doce e enjoativo das flores preenchia o ar enquanto ela folheava um pergaminho aparentemente despretensioso, a luz pálida da lua se confundia com um dos postes do jardim, a única sombra que era feia, por pouco, era a do próprio corpo dela.
Contudo, sua mente estava longe do que lia - mesmo que devesse permanecer focada - ; a descoberta de que Pollux estava investigando seus passos a deixara inquieta, isso era óbvio não? O jeito como ele a cercava, que parecia mais agressivo e a notícia de que dois trouxas tinham desaparecido, só poderia ser seu irmão. Ele era imprevisível e obstinado, qualidades que o tornavam tanto uma arma poderosa quanto uma ameaça perigosa ao seu plano, ela não poderia tê-lo no caminho.
── Então é aqui que você anda se escondendo.── A voz grave de Pollux a arrancou de seus pensamentos. Ele apareceu no arco do jardim, com as mãos cruzadas atrás das costas. ── Como um ratinho entre as plantas
── Me escondendo? Não seja dramático, irmão. ── Ela fechou o que lia, o olhando. ── Estou apenas aproveitando a noite, finalmente não choveu.
── Você acha que eu não vejo? Você acha que pode continuar brincando com segredos e que ninguém vai notar? ── Ele a cercou, como uma víbora, pronta para o ataque. ── Eu sei sobre os encontros.
── Encontros? Que encontros, exatamente? ── As sobrancelhas dela se uniram, havia se cansado de tentar convencê-lo de que era melhor confiar nela, mas era óbvio que ele viria se gabar por descobrir. ── Você anda ouvindo rumores de elfos domésticos agora?
── Não tente me enganar, irmãzinha. ── Ele dera uma risada seca, sem humor, só impaciência. ── Eu segui você naquela noite, vi você com ele. Tem que ser mais discreta e lançar melhores feitiços de proteção.
── Você me seguiu? ── Seu tom de voz parecia vacilar e os olhos brilharam, tremendo, mais uma expressão desenhada em segundos. ── Eu estava apenas tentando entender o mundo trouxa, buscar um momento de paz fora das expectativas sufocantes desta casa, conhecer o mundo.
── Paz? ── Ele deu um passo mais próximo, inclinando-se para encará-la de perto. ── O que você está buscando não é paz. Acha que pode se aproximar de alguém como ele e não trazer consequências para todos nós?
Adhara ajustou as pregas do vestido antes de dar um passo em direção a ele, sem se intimidar pela proximidade, tinha aprendido a brincar com Pollux e que ele era um predador, ele não dava um passo atrás se te visse como uma presa, ela não ia deixar ser pega, logo por uma ponta tão fraca.
── Eu não sou uma ameaça para nossa família. ── Ela tocou o braço dele, um gesto que sabia que aliviava sua hostilidade desde que eram crianças. ── Não me trate como uma.
── Você não entende o quanto isso é perigoso. Se os Comensais descobrirem... ── Ele hesitou, seu olhar suavizando por um instante, no fundo, era nítido ver que além das cobranças em relação ao pai, Pollux amava a irmã.
── Eles não vão ── Ela interrompeu, sua voz baixa, mas firme. ── Exceto se você entregar tudo e estragar algo que o Lorde vá gostar de ter como dele. Quer estragar mesmo as coisas para nossa família?
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MASTERMIND, marauders' era
FanfictionO relógio está prestes a marcar meia-noite, mas Adhara Black já sente a pressão muito antes disso. Filha de uma família poderosa e envolta nas trevas, ela está à beira de completar vinte e cinco anos, sabendo que suas escolhas irão definir seu desti...