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Narrador

Bruna acordou com o corpo ainda mole, e levou alguns segundos para perceber onde estava. Priscila dormia profundamente ao seu lado, o corpo esparramado pela cama, os cabelos loiros espalhados pelo rosto de um jeito quase angelical. O quarto ainda estava escuro. Bruna se demorou observando a mulher, querendo prolongar aquele momento, mas sabia que precisava voltar para casa. Rapidamente, ela começou a juntar suas roupas espalhadas pelo chão, vestindo-se em silêncio para não acordar Priscila.

Ao sair da casa de Priscila, o ar fresco da noite a despertou de vez. Bruna pediu um uber até a arena do minas, onde tinha deixado seu carro, sabia que não poderia chegar em casa sem ele. No caminho até sua casa ela foi torcendo para que Raphael estivesse dormindo, não estava afim de bater boca com o marido.

Quando finalmente chegou em casa e girou a chave na fechadura, viu a luz da sala acesa. Seu coração deu um salto. Ela entrou, e lá estava Raphel, sentado no sofá com os braços cruzados e uma expressão nada amigável.

— Bruna, onde é que você estava? São 2 horas da madrugada! — a voz dele estava baixa, mas carregada de frustração.

Foi nesse momento que Bruna realmente percebeu quanto tempo havia passado. Ela olhou para o relógio, surpresa, e tentou manter a calma.

— Oi amor, ainda acordado? Eu te falei que talvez saísse com as meninas depois do jogo.

— Você acha que eu sou idiota, Bruna? Sumir até essa hora e nem dar uma satisfação? — Raphel se levantou, visivelmente irritado.

— Você tá exagerando. Eu só saí com as meninas, não fiz nada de errado. — ela revirou os olhos, cruzando os braços na defensiva.

— Exagerando? Duas da manhã, Bruna! Você não atende o telefone, não manda mensagem... como você acha que eu me sinto?

— Eu acho que você tá sendo dramático, isso sim. — retruca, e quando tirava seus saltos e sua jaqueta

— Dramático? — Raphael deu uma risada seca, sem humor. — Sério? Você some a noite inteira e o dramático sou eu? Qual é o problema com você? Não tem mais respeito por mim, por essa casa?

Bruna suspirou, visivelmente cansada. Ela sabia que essa conversa só pioraria se deixasse o tom de Raphael a atingir. Passou a mão pelos cabelos, tentando manter a cabeça fria.

— Raphael, eu tô cansada, eu só quero tomar um banho e dormir. — Ela começou a caminhar em direção ao quarto, sem olhar para ele, mas Raphael a seguiu, sem se dar por vencido.

— Não, Bruna. Dessa vez a gente vai conversar. Eu não aguento mais esse seu jeito de fazer o que quer, de achar que pode me deixar sem resposta.

Bruna parou no meio do corredor, virando-se para ele com um olhar de exaustão.

— Eu já falei, não fiz nada de errado. Você tá surtando à toa.

— À toa? — Ele deu mais um passo em direção a ela, os olhos faiscando de raiva. — Eu sei que tem algo errado. Você não é a mesma há meses, Bruna. Sempre escapa, sempre tem uma desculpa.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos, sentindo o peso das palavras de Raphael. Uma parte dela queria gritar, contar tudo, contar que passou a noite traindo ele com outra mulher, daria detalhes caso fosse necessário para acabar com aquele teatro de uma vez por todas, mas outra parte... uma parte maior, ainda a segurava. Não era hora.

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⏰ Última atualização: a day ago ⏰

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Perdição - Pri DaroitOnde histórias criam vida. Descubra agora