Capítulo 1: Dark enough

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nd still want to hurt more
How does someone so loving
Learn to hate her own guts

Dark Enough - Amanda Lopiccolo


Sete e meia da manhã e eu estou subindo as escadas da velha casa Spellman, após pernoitar em uma cama horrível de um hotel barato de Riverdale. Já diante da porta eu respiro antes de abrir, afinal bater campainha para quê?

Assim que entro, deixo minhas malas na sala e sigo o som da conversa. Ali com tia Hilda cozinhando algo e os demais sentados na mesa, faço minha presença ser notada:

_Bom dia, bruxas!

_Quais maus ventos te trazem aqui Zaira!? –Ambroise é o primeiro a pronunciar.

Rolo os olhos e sento em um dos lugares vagos na mesa e sirvo uma xícara de chá.

_Oh querida que visita mais... inesperada! –Tia Hilda diz ao se sentar me olhando com expectativa.

Me limitei a sorrir, enquanto a adolescente que só podia ser Sabrina me encarava, rolei os olhos, mas limitei a tomar meu chá. Já que ninguém falou nada Ambroise se encarregou de fazer as apresentações:

_Sabrina, esta é a prima Zaira.

_Não sabia que tínhamos uma prima Zaira. – Sabrina disse olhando de Ambrose para tia Hilda que a encarou exasperada.

_Tenho certeza que já mencionei Zaira para você antes, minha querida. – Tia Hilda disse nervosamente.

_Nós não falamos dela por um motivo. – Murmurou Ambrose.

_Oh... –Disse a jovem bruxa, que se nega a ser uma bruxa de verdade, vendo a expressão tensa de nossa tia – Peço desculpas pelo meu engano, é um prazer conhecê-la.

Eu, no entanto, me limitei a erguer a sobrancelha e Ambroise logo a advertiu:

_Não se deixe enganar pela expressão angelical dela, se ela for te envolver em qualquer esquema, fique longe dela.

Rolei os olhos e disse:

_Ambroise você continua magoado porque você foi pego?

Ele apenas bufou e nada mais disse.

_Então... você é minha prima porque... –Sabrina começou e eu inalei profundamente, aparentemente minha querida mamãe sequer se deu ao trabalho de informar ao membro mais novo de nossa família sobre sua filha.

Falando no diabo... Ou melhor, na bruxa.

Eis que Zelda Spellman adentra a cozinha em vestes pretas e com o rosto desprovido de emoções.

Tia Hilda arregalou os olhos.

Ambrose olhou de mim para minha mãe.

No entanto, foi Zelda que revelou:

_É minha filha.

Ambrose tratou logo de beber de seu chá, ao mesmo tempo que Zelda e eu nos encarávamos após muitos anos sem nos ver.

_Não sabia que a senhora tinha se casado, tia Zelda. – Sabrina acrescentou.

Eu ri secamente.

Ambrose se apressou em virar a xícara de chá e se ele pudesse se teletransportar dali, eu tenho certeza que ele teria.

Tia Hilda engasgou com o pedaço de bolo que comia.

Já Zelda, pegou seu jornal, inalou profundamente e disse entredentes:

_Não.

Ao menos o bom senso de encerrar aquela conversa estranha pareceu atingir Sabrina, pois logo ela anunciou que estava indo para o colégio. Nesse momento, eu percebi que minha estadia aqui seria no mínimo complicada. Zelda em um instalar de dedos fez uma mochila azul aparecer no meu colo e ela disse finalmente levantando o olhar do jornal que lia:

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⏰ Última atualização: Oct 19 ⏰

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