Em casa pelas manhãs
Sem mensagens, ligações,
Todas aquelas notificações
Ou rir alto no meio da noite
Para uma tela na escuridão
Adicionei tantos contatos
E hoje só converso com a solidãoSinto falta dos velhos amigos
Todos escaparam pelas janelas
Em direção ao mundo
Com a maior das brisas de verão
Exposições lotadas de homens eufóricos
Sou eu ali
Pendurado
Antes de todos chegarem
E depois que todos saemE não posso evitar
Me sentir errado
Se antes mesmo de ter chegado
Já havia sido rejeitadoDe que adiantam meus esforços?
De que vale o meu sofrer
Se não posso fazê-los ficar
Se nada posso ter?Por que ainda tento?
De que vale este caminho
Se nada impede
Que eu acabe sempre sozinho?
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Lucas
PoetryEscrevi estes poemas entre os dezesseis e dezoito anos (idade atual). Eles são um resumo da minha vida e de quem eu sou até agora. Vão desde uma adolescência melancólica e repleta de ansiedade até a confusão e o desespero de alguém que acabou de se...