Capítulo 25: Notas e Sentimentos no Estúdio

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O estúdio de Bruno Mars era iluminado por luzes quentes e suaves, criando um ambiente confortável e íntimo. Havia uma mesa com partituras espalhadas, alguns instrumentos em torno das paredes, e o cheiro leve de café pairava no ar. Kelly entrou, vestida casualmente com uma blusa solta e jeans rasgados, os cachos volumosos caindo sobre os ombros, e um brilho curioso em seus olhos heterocrômicos. Bruno já estava no piano, dedilhando uma melodia em busca da harmonia perfeita.

- Que bom que você veio, Kelly. - Bruno sorriu, se levantando para cumprimentá-la com um abraço caloroso. - Preciso da sua ajuda pra uma colaboração que estou trabalhando com Lady Gaga. Quero ver o que você acha da melodia e se consegue me ajudar com algumas letras.

Kelly sentou ao lado dele no banco do piano, sentindo o tecido macio da camisa dele roçar seu braço, e imediatamente mergulhou no universo criativo. Bruno pegou uma folha com letras rabiscadas e entregou a ela.

- Já tenho um esboço, mas sinto que falta algo... Talvez a sua voz para dar forma.

Kelly leu as palavras e, sem hesitar, fechou os olhos e soltou a voz. A melodia fluiu de sua boca com uma suavidade envolvente, enquanto ela interpretava a letra de forma natural, como se aquelas palavras fossem suas. Bruno parou de tocar por um instante, fascinado pela forma como ela conseguia transformar versos simples em algo grandioso.

- Uau... - ele murmurou, enquanto a voz dela preenchia o espaço, como uma brisa leve e ao mesmo tempo intensa.

Kelly abriu os olhos lentamente, encarando Bruno com um sorriso suave, ainda cantando a última frase. O olhar de Bruno encontrou o dela, e algo mágico aconteceu. Seus olhos, com um tom verde e castanho, brilharam com intensidade, como se estivessem refletindo todas as emoções que ela sentia naquele momento. As pupilas dilataram, capturando-o por completo. Bruno não conseguia desviar o olhar, hipnotizado por aquela dualidade tão única.

- Meu Deus... Você é incrível, Kelly. - Ele respirou fundo, sentindo o peso das palavras. - Como você consegue ser assim? Tão... perfeita?

Kelly riu suavemente, mas sentiu o calor subindo dentro dela. Seus lábios começaram a ficar vermelhos, revelando o embaraço que ela não conseguia esconder.

- Eu só canto o que sinto. É isso que a música faz, não é? Conecta pessoas.

Bruno aproximou-se um pouco mais, os dedos ainda nas teclas do piano, mas sua atenção totalmente focada nela. Havia algo nos olhos de Kelly que não apenas o atraía, mas o prendia completamente. Como se olhar para ela fosse ouvir uma melodia única que nunca queria que terminasse.

- Quando você olha assim pra mim... - Bruno falou baixinho, sem quebrar o contato visual. - Eu me perco. Como você faz isso?

Kelly sorriu, quase tímida, e seu lábio inferior ficou ainda mais vermelho - aquela reação espontânea que sempre a entregava.

- Talvez... eu tenha o molho, como dizem no Brasil. - Kelly piscou, fazendo Bruno rir, mas seu riso era cheio de algo mais profundo, como se soubesse que aquela brincadeira tinha um fundo de verdade.

Bruno, sem pensar muito, pegou o violão ao lado e tocou algumas notas suaves, tentando encontrar a melodia perfeita para acompanhá-la.

- Canta de novo pra mim, Kelly. Quero ouvir você mais uma vez.

Kelly não hesitou. Ela cantou olhando direto nos olhos dele, como se cada palavra fosse uma promessa. Bruno estava mergulhado naquela música, e cada verso parecia uma declaração silenciosa entre os dois. Não era apenas uma sessão de composição - havia algo crescendo ali, entre notas e olhares roubados.

Quando a última nota foi cantada, um silêncio confortável preencheu o estúdio. Kelly sorriu, ainda sentindo o coração acelerado, e Bruno deixou o violão de lado, aproximando-se mais um pouco, quase encostando o joelho no dela.

- Você é... diferente de tudo que eu já conheci. - Bruno disse, quase num sussurro.

Kelly, sentindo o momento suspenso entre eles, abaixou o olhar por um segundo, mas logo voltou a encará-lo. Seu coração batia forte, e antes que pudesse se conter, ela falou:

- Obrigada, Bruninho... - Ela sussurrou com carinho, esticando-se levemente e deixando um selinho demorado nos lábios dele.

Bruno ficou parado por um segundo, processando o que tinha acabado de acontecer, mas antes que ela pudesse se afastar, ele segurou delicadamente a mão dela e a puxou de volta.

- Não. - Ele sorriu, aproximando-se mais, com o olhar cheio de intensidade. - Você não vai embora assim.

Kelly não resistiu. Ela sentiu o toque caloroso das mãos dele em sua nuca e, dessa vez, o beijo não foi um selinho - foi um beijo profundo e sincero, cheio de sentimentos não ditos e promessas silenciosas. A química entre os dois era inegável, como se todas as músicas que compuseram juntos estivessem se concretizando naquele momento.

Quando finalmente se separaram, respirando com dificuldade, ambos sorriram, ainda sentindo o gosto daquele momento.

- Acho que acabamos de compor mais do que uma música aqui. - Bruno brincou, com um sorriso satisfeito.

Antes que pudessem continuar, o celular de Kelly vibrou com uma mensagem urgente do manager, lembrando-a de uma reunião importante. Ela riu, um pouco ofegante, enquanto Bruno a olhava com aquela expressão brincalhona que só ele sabia fazer.

- Parece que a gente tem que pausar o dueto por agora... - Kelly disse, ainda com os lábios ligeiramente vermelhos.

Bruno acariciou suavemente a bochecha dela e piscou.

- Sem problemas. Depois da reunião, podemos continuar o ensaio... ou, quem sabe, criar uma nova música juntos?

Kelly sorriu, dando um beijo rápido na bochecha dele antes de se levantar.

- Isso soa como uma excelente ideia, Bruninho.

E enquanto ela saía pela porta do estúdio, Bruno ficou sentado ao piano, sorrindo como um bobo apaixonado, já imaginando a próxima vez que poderiam se perder novamente entre acordes e beijos.


Olá, querido(a) girassol! Espero que você esteja bem. Seria um prazer se você pudesse me seguir no Instagram (@zxzxkell). Caso queira, sinta-se à vontade para me enviar uma mensagem por DM; adoraria criar uma fanfic no seu estilo ou receber sugestões para enriquecer a história que estou desenvolvendo. O que acha?

Muito obrigada.

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