Capítulo 8: O Encontro Especial

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Bruno me buscou no hotel por volta das sete da noite. Quando cheguei ao saguão, ele estava lá, vestido com uma camisa de linho branca e uma jaqueta casual, que parecia feita sob medida para ele. O sorriso dele era caloroso e familiar, e meu coração deu aquele salto característico que só ele parecia causar.

"Pronta para uma noite inesquecível?", perguntou ele, estendendo a mão para mim.
"Você é cheio de promessas, hein?", respondi, aceitando a mão dele enquanto ele me guiava para fora.

O carro deslizava suavemente pelas ruas de Nova York, e eu estava ansiosa para descobrir onde ele me levaria. "Então... vai me dizer agora para onde estamos indo?"
"Se eu te contar, perde a graça", ele respondeu com um sorriso misterioso.

Chegamos a um restaurante italiano aconchegante, escondido em uma viela tranquila. A atmosfera era íntima, com luzes baixas e velas que lançavam um brilho suave nas mesas. Bruno abriu a porta para mim, e entramos juntos.

"Aqui é meu lugar preferido na cidade", ele disse enquanto um garçom nos conduzia a uma mesa nos fundos. "Sempre venho aqui quando quero relaxar. Sem paparazzi, sem pressão."

A conversa fluiu naturalmente, como se nos conhecêssemos há muito tempo. Ele me fez rir o tempo todo, com histórias engraçadas sobre turnês e gravações. A comida estava deliciosa, mas o que mais me prendia era a forma como Bruno me olhava - com uma intensidade que me deixava sem graça. Em alguns momentos, eu notava que ele fixava o olhar nos meus olhos heterocromáticos, parecendo perdido entre o verde e o castanho claro.

"Desculpa", ele disse, sorrindo sem jeito quando percebeu que eu o havia pego olhando. "Mas seus olhos... É como se cada um contasse uma história diferente."
Ri, um pouco envergonhada. "Isso é um jeito poético de dizer que tenho heterocromia."
"É mais do que isso", ele respondeu, ainda preso ao meu olhar. "Eles são... hipnotizantes."

Meus lábios esquentaram levemente, e eu tive que rir da situação para disfarçar a timidez. "Você é bom nisso, sabia? Em deixar uma pessoa sem saber o que dizer."

Bruno apenas sorriu, satisfeito com minha reação. A noite seguiu leve e descontraída, e quando finalmente saímos do restaurante, ele insistiu em me acompanhar até o hotel.

Caminhávamos lado a lado pelas ruas tranquilas de Manhattan, mas, a cada passo, eu sentia uma leve pressão no peito. No início, ignorei, achando que era apenas o nervosismo pelo encontro ter sido tão perfeito. Mas, conforme nos aproximávamos do hotel, percebi que minha respiração começava a ficar mais curta.

Tentei disfarçar, mas o ar parecia não entrar. E então, como se meu corpo denunciasse minha ansiedade, apenas um lado dos meus lábios ficou intensamente vermelho.

Bruno notou imediatamente. "Kelly? Está tudo bem?"

Parei, tentando puxar o ar que não vinha. O pânico tomou conta de mim quando me lembrei que havia esquecido minha bombinha no quarto do hotel.

"Bruno... eu..." - minha voz falhou enquanto tentava explicar. "Eu tenho asma... esqueci minha bombinha..."

Ele reagiu rápido, mas com uma calma impressionante. "Ei, olha pra mim. Está tudo bem, ok? Respira comigo." Ele colocou a mão suavemente no meu braço e me guiou até um banco próximo. "Vamos sentar um pouco."

Me sentei, lutando para manter a calma, mas o ar ainda parecia preso. Bruno se ajoelhou à minha frente, segurando meus braços com firmeza, mas sem machucar. "Só olha nos meus olhos, Kelly. Vai dar tudo certo. Respira devagar, pelo nariz. Assim, comigo."

Eu tentei, falhando nas primeiras tentativas, mas a paciência dele era reconfortante. "Isso, está indo bem. Mais uma vez, devagar", ele dizia, me ajudando a controlar o desespero.

Quando eu finalmente comecei a recuperar o fôlego, ele me puxou delicadamente para um abraço, me envolvendo com segurança e conforto. Sentir o corpo dele próximo ao meu, sua respiração calma e constante, foi o que me ajudou a me estabilizar por completo. Ficamos assim por alguns minutos, em silêncio, enquanto meu coração voltava ao ritmo normal.

Depois de um tempo, me afastei ligeiramente e o encarei. "Obrigada, Bruno... de verdade. Não sei o que eu teria feito sem você." Sem pensar muito, me inclinei e depositei um beijo suave na testa dele, um gesto carinhoso e sincero. Em seguida, o abracei novamente, sentindo a gratidão e o alívio tomarem conta de mim.

Bruno sorriu, surpreso, mas feliz com o gesto. "Acho que nunca ganhei um agradecimento assim antes", brincou, enquanto me segurava com firmeza.

Eu ri, me afastando apenas o suficiente para olhar para ele. "Desculpa... Eu fico assim quando fico assustada ou ansiosa. Só um lado dos meus lábios fica vermelho... é uma reação esquisita do meu corpo."

Ele balançou a cabeça, ainda sorrindo. "É fascinante. Mas, ei, você foi incrível. Lidou com isso como uma campeã."

Ficamos mais um tempo abraçados, deixando o silêncio dizer tudo o que as palavras não conseguiam expressar. Havia algo especial na forma como Bruno estava ali, presente, me ajudando sem hesitar. E, por mais estranho que fosse, eu me sentia segura nos braços dele - como se, independentemente do que viesse pela frente, ele estaria comigo.

Quando finalmente nos levantamos para voltar ao hotel, ele segurou minha mão de novo. Desta vez, o gesto parecia mais significativo, como se dissesse que aquilo não terminaria ali. Senti um calor suave tomar conta de mim, mas dessa vez não havia ansiedade, apenas uma certeza silenciosa: algo especial estava começando entre nós, e eu estava pronta para descobrir onde isso nos levaria.

Olá, querido(a) girassol! Espero que você esteja bem. Seria um prazer se você pudesse me seguir no Instagram (@zxzxkell). Caso queira, sinta-se à vontade para me enviar uma mensagem por DM; adoraria criar uma fanfic no seu estilo ou receber sugestões para enriquecer a história que estou desenvolvendo. O que acha?

Muito obrigada.

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