três - por amor

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Oooi minhas vidocas! Demorei, né?! Mas eu passei por muita coisas, me acidentei, tive umas crises de criatividade e achei que não sabia mais escrever — obrigada por tá nesse processo, pi! Amo você infinito! Enfim, voltei! Espero que vocês gostem desse capítulo que ficou maior do que imaginei! É isso veyrs ❤️


"Por amor
A gente deixa o coração se arriscar
E fica a beira de um abismo
Sozinha
Sem saber como voltar"

– Calcinha Preta

Tudo começa e termina com um beijo, isso é verdade

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Tudo começa e termina com um beijo, isso é verdade. Mas, se formos mais profundos, tudo começa com um olhar. O olhar é, sem dúvida, a porta da alma, o primeiro passo para descobrir a essência mais pura e sincera do amor. Quando Alfredo adentrou a minha vida eu sabia que havia encontrado algo verdadeiramente bom. Era como se o universo, em toda a sua vastidão, tivesse conspirado para unir duas pessoas parônimas.

Lembro-me claramente do momento em que nossos olhares se cruzaram pela primeira vez em uma plenária sobre ODS em Brasília. Eu nunca havia me interessado e ido tão afundo em um homem tão avesso ao meu eu. Completos opostos enlaçados através da loucura do desejo. De certo havia uma intensidade quase palpável no ar, uma eletricidade que parecia nos envolver e nos unir em um laço invisível.

Apesar de ir de peito aberto a um amor que para muitos era incerto, para mim sempre houve a certeza. Ele tinha os olhos profundos e expressivos, que refletiam uma ternura e uma paixão que eu jamais havia visto antes. Era como se, ao olhar para ele, eu pudesse vislumbrar a essência do próprio amor em sua forma mais genuína e vibrante.

E apesar de tanta diferença nós nos dávamos tão bem, nossas conversas eram uma dança de palavras e sentimentos, uma troca incessante de emoções que nos aproximava cada vez mais. E quando nos demos conta e percebemos que morávamos no mesmo estado e nunca havíamos nos esbarrado, não tinha outro jeito do que correr para o amor. Ainda cheia de incertezas e louca — como Bea me chama, e eu fui.

Eu sabia que estava descobrindo um mundo novo, um universo de sentimentos que só Alfredo podia me oferecer — quer dizer, eu estava apaixonada, por favor, sem julgamento.

Nosso primeiro beijo para fechar o clichê romântico, foi em um dia chuvoso alá cantando na chuva, o que não é uma raridade em Belém, já que chove quase todo dia às 15:00h. Naquele dia, nossos lábios se encontraram em meio à névoa da Cidade Velha. A Igreja Nossa Senhora Do Carmo, próximo a ONG, testemunhou o início de algo que, naquele momento, parecia comum.

A chuva, impiedosa, não apagou o fogo que ardia entre nós. Ele não era um homem comum; seus olhos, profundos e inconfundíveis, me despindo antes mesmo de me tocar. E, no entanto, o beijo era morno, quase desprovido de emoção. Como se a paixão estivesse adormecida, esperando o momento certo para despertar. Namoramos, noivamos, e o beijo permaneceu assim, uma incógnita. Eu me perguntava: por que, se tudo o mais era espetacular, esse beijo não incendiava minha alma? A dúvida persistia, mas o amor também. E talvez fosse justamente essa incerteza que tornava tudo tão intenso e inesquecível.

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