um - só nós dois

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Meus amores finalmente, nasceu! Eu só posso agradecer a cada pessoa que queria conhecer Dois Rios! Pi, obrigada por ser tudo! Te amo🤍


"Quando à noite fizer frio
Nossa cama é nosso ninho
As conversas, as risadas
Pelas madrugadas nunca vão ter fim"

– Tim Bernardes


– O que é esse lugar pra você? – escuto a pergunta e repito de forma constante em minha mente, sentindo a tensão no ar suavizar um pouco com a risada inesperada que escapou dos meus lábios

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– O que é esse lugar pra você? – escuto a pergunta e repito de forma constante em minha mente, sentindo a tensão no ar suavizar um pouco com a risada inesperada que escapou dos meus lábios. A Floresta Amazônica ao nosso redor parecia pulsar com vida, os sons dos pássaros e o farfalhar das folhas criando uma sinfonia natural que envolvia cada um dos nossos sentidos.


Olhei para os aparatos voltados ao meu rosto. A equipe de filmagem estava concentrada, ajustando ângulos e calibrando equipamentos, enquanto o diretor esperava pacientemente pela minha resposta.

Respirei fundo, sentindo o ar úmido e carregado de aromas da floresta preencher meus pulmões. A resposta começou a se formar na minha mente, clara e inegável. Era isso.


– Este lugar... – comecei, minha voz soando firme e cheia de convicção. – É o coração do nosso planeta. É um santuário de vida e diversidade, creio que o maior tesouro da biodiversidade e que proteger ainda é pouco. É cuidar. Cada árvore, cada animal, cada rio e planta aqui são parte de um sistema delicado e interconectado com nossa própria vida na Terra.


Enquanto falava, meus olhos brilharam pelo cenário ao meu redor. As imponentes árvores se erguiam majestosas, suas copas formando um dossel verde que filtrava a luz do sol em suaves raios dourados. O chão coberto de uma rica camada de folhas caídas, musgos e flores exóticas, criando um tapete natural que amortecia nossos passos. Hoje, eu posso dizer que carregava um orgulho de ter crescido em meio a natureza selvagem, de ter abdicado de tantas coisas por isso. Esse lugar definia o curso de toda minha existência. Digamos que carregava um dever em minha alma e uma dívida de gratidão, por eu ter sido salva de mim mesma.


– Mas para mim, pessoalmente... – continuei, minha voz abaixando um pouco enquanto minhas palavras se tornavam mais introspectivas – Este lugar é um lembrete constante da beleza e fragilidade da natureza. Eu gosto de acreditar que aqui é minha casa! É... o lugar que me acolheu muito antes mesmo de entender e ser aquela que hoje protege.

– Seus pais também eram ativistas ambientais. Como a trajetória deles influenciou na criação do Yara Verde e ser uma voz tão potente na preservação?


Merda — pensei.


Um silêncio quase vergonhoso foi tomado entre mim e a equipe à minha frente — se bem que o silêncio já persistia, né?!

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