Roda gira. Ben caminhava pelo parque, seu olhar perdido nas folhas caindo das árvores, quando avistou Gwen sentada em um banco, absorta em seus pensamentos. O sol da tarde iluminava seu cabelo ruivo, e a camiseta com a imagem de um gato parecia brilhar sob a luz. Ao se aproximar, Ben notou algo se mexendo ao lado dela: um pequeno gato preto, com olhos verdes que brilhavam como esmeraldas. Gwen estava com a mão estendida, acariciando o gato suavemente. Ela sorriu ao perceber a presença de Ben, seu rosto refletindo a doçura que sempre o atraía. "Olha só quem encontrei!", exclamou, os olhos brilhando de alegria. O gato, aparentemente confortável, ronronava suavemente, fazendo um leve movimento em direção a Ben, como se o convidasse a se juntar à interação. Ben se aproximou, agachando-se para ficar na altura do animal. "Ele é adorável", disse, admirando o jeito confiante e curioso do gato. "Tem certeza de que ele não é um espírito disfarçado?" Ele lançou um olhar brincalhão para Gwen, tentando provocar um sorriso. Gwen riu, a luz do sol refletindo em seus brincos de safira. "Pode ser! Mas ele parece apenas um gato normal por enquanto." Sua voz tinha um tom de carinho, como se o pequeno felino fosse mais do que um simples animal; ele era um símbolo da magia que sempre a cercava. Ben, sentindo a energia mágica do momento, estendeu a mão para o gato, que imediatamente se aproximou, esfregando-se em sua palma. "É incrível como esses pequenos seres têm uma presença tão forte, mesmo sem magia.". Gwen concordou. "Às vezes, as coisas mais simples guardam os maiores segredos.". Os dois primos compartilharam um momento silencioso, observando o gato brincar com uma folha caída, suas preocupações e desafios temporariamente esquecidos. Era uma lembrança de que, mesmo em um mundo repleto de magia e mistérios, a conexão entre eles e o amor pelos pequenos momentos eram igualmente poderosos. Ben e Gwen observavam o gato preto enquanto ele brincava com a folha, suas pequenas patas levantando o objeto como se fosse um desafio. O sol começava a se pôr, tingindo o céu de laranja e roxo, e a atmosfera ao redor parecia mágica, como se o próprio universo estivesse sintonizado com o momento. "Você sabia que gatos pretos são muitas vezes associados a boa sorte em várias culturas?" Gwen comentou, inclinando-se um pouco mais para frente, interessada. Ela sempre tivera um jeito especial de transformar informações simples em lições fascinantes. "No Egito antigo, eram adorados. E em muitas partes da Europa, acredita-se que trazem proteção." Ben sorriu, admirando o entusiasmo dela. "Então, talvez ele seja um guardião disfarçado, nos observando", disse, fazendo uma careta dramática que fez Gwen rir. Enquanto eles conversavam, o gato começou a perseguir a sombra projetada por um galho balançando ao vento, saltando com graça. O jeito como ele se movia capturava a atenção de ambos, e, por um instante, todas as preocupações de Ben pareciam distantes. Ele se lembrou de que, mesmo sem magia, havia beleza e mistério em coisas simples.De repente, o gato parou e olhou diretamente para Ben, como se estivesse avaliando sua presença. "Parece que ele gosta de você", Gwen observou, piscando para o felino. "Você sempre teve uma maneira com os animais." Ben se sentiu um pouco envergonhado. "Talvez eles percebam que sou tão estranho quanto eles", ele brincou. O gato, então, se aproximou, sentando-se nos pés de Ben e olhando para cima, quase como se estivesse pedindo atenção.Enquanto a noite caía, os sons do parque mudaram, com o canto dos pássaros se transformando em um murmúrio suave. A brisa leve carregava o aroma das flores noturnas, e pequenas luzes começavam a brilhar à distância. Gwen olhou para o céu, observando as primeiras estrelas surgirem. "Acho que este é o momento perfeito para um feitiço", sugeriu, com um brilho travesso nos olhos. "Um feitiço? Aqui?" Ben perguntou, intrigado, mas animado ao mesmo tempo."Sim! Um feitiço de proteção, talvez", Gwen respondeu, já começando a reunir algumas folhas e galhos do chão. "Com a energia positiva deste lugar e a presença deste pequeno guardião, podemos criar algo especial.". Ben observou enquanto ela começava a traçar um círculo com os galhos, a concentração em seu rosto deixando tudo mais intenso. O gato, por sua vez, parecia entender que algo estava prestes a acontecer. Ele se sentou em posição de alerta, como se estivesse pronto para participar daquela mágica. "Você está pronto para isso?" Gwen perguntou, lançando um olhar esperançoso para Ben. Ele assentiu, sentindo uma onda de entusiasmo e curiosidade. A combinação de sua presença, a energia mágica da noite e a conexão com o gato criava uma atmosfera carregada de possibilidades. Com um sorriso, Gwen começou a murmurar as palavras do feitiço, e Ben, mesmo sem saber magia, fechou os olhos e concentrou-se na energia ao seu redor, sentindo a conexão entre eles e o universo se intensificar. O gato, ao lado deles, parecia vibrar com a magia que se desenrolava, transformando aquele simples encontro em um momento extraordinário. Ben e Gwen correram em direção à lixeira, rindo enquanto o gato preto mexia-se de maneira ágil, como se estivesse em uma missão secreta. Quando chegaram, descobriram que o felino havia encontrado algo interessante: um pedaço de papel colorido. Com um salto elegante, o gato agarrou o papel e começou a brincar com ele, suas patas suaves batendo na superfície como se estivesse caçando um inseto. "Olha só, ele encontrou um tesouro!" Gwen exclamou, inclinando-se para observar mais de perto. Ben não pôde deixar de sorrir ao ver a alegria genuína no rosto da prima. Enquanto o gato se divertia, Ben aproveitou para olhar ao redor. A rua estava cheia de vida. Algumas crianças brincavam com um cachorro em um parque próximo, e um grupo de jovens riam enquanto tiravam selfies em frente a uma loja de roupas vintage. A cidade estava viva com cores, sons e risadas, criando uma atmosfera mágica, mesmo sem feitiços. "Isso me lembra da última vez que encontramos um gato e ele trouxe problemas", Ben comentou, lembrando-se de uma de suas aventuras passadas, quando um felino travesso quase causou um caos em um evento familiar. Gwen riu, relembrando a cena. "Sim, e você teve que usar sua 'força especial' para capturá-lo!" ela brincou, piscando para ele. Gwen sorriu, tocando levemente o braço dele. "E eu sou a magia que sempre te acompanha.". O gato, agora satisfeito com seu 'tesouro', abandonou o papel e se espreguiçou, dando um pequeno salto em direção a Gwen. "Acho que ele quer seguir em frente", Ben disse, já se levantando. Com o gato na frente, os primos começaram a andar novamente, cruzando por uma pequena feira de artesanato que tomava conta de uma praça. As barracas estavam cheias de itens feitos à mão: colares, velas aromáticas e pequenas estatuetas. Gwen imediatamente se interessou por um estande que exibia cristais coloridos. Enquanto exploravam a feira, eles conversavam sobre os tipos de cristais e como cada um poderia ajudar em seus feitiços. O gato, por sua vez, decidiu que a barraca de velas aromáticas era o seu novo lugar favorito, enroscando-se entre as pernas de um dos vendedores, que o acariciava, sorrindo. Gwen e Ben se aproximaram, rindo da cena. "Parece que temos um novo amigo", Ben disse, observando o gato sendo mimado. Após alguns minutos, Gwen encontrou um pequeno cristal de ametista. "Esse é perfeito! A ametista é conhecida por sua capacidade de proteger e promover a clareza mental. Podemos usá-la em nossos feitiços de proteção.". "Eu aprovo", Ben respondeu, divertido com o entusiasmo dela. Gwen riu e segurou o cristal, sua energia vibrante pulsando em suas mãos. Com o gato agora ao lado deles, os primos continuaram a explorar, cercados pela magia da cidade e pelas promessas de novas aventuras. A conexão que compartilhavam era mais forte do que nunca, e cada passo que davam juntos reforçava a certeza de que, independentemente do que o futuro reservasse, eles sempre teriam um ao outro. Gwen parou no meio da feira, seu olhar fixo em um ponto vazio à frente, enquanto uma energia pulsante começava a vibrar ao seu redor. O céu se tornava gradualmente mais escuro, e as luzes da cidade pareciam se apagar, deixando o ambiente envolto em um manto de mistério. Ben percebeu a mudança na atmosfera e ficou alerta, reconhecendo a determinação nos olhos de sua prima. "Você realmente vai fazer isso?" ele perguntou, a mistura de admiração e preocupação evidente em sua voz. "Sim! Sinto que este é o momento certo. A energia aqui é perfeita", Gwen respondeu, sua voz cheia de confiança. Ela segurava o cristal de ametista, que começava a brilhar com uma luz interna, refletindo nuances de roxo e azul em seu rosto. Gwen se afastou um pouco da barraca, concentrando-se nas palavras do encantamento que ecoavam em sua mente. O ar ao seu redor parecia ficar mais denso, e ela fechou os olhos, permitindo que a magia fluísse por suas veias. O gato preto, agora sentado aos seus pés, parecia sentir a intensidade do momento, suas orelhas em pé e olhos brilhando. Com um gesto fluido, Gwen levantou o cristal acima da cabeça e começou a entoar as palavras do feitiço. Sua voz cresceu em força, misturando-se com os sons do ambiente, criando uma harmonia quase hipnótica. A névoa começou a se formar ao seu redor, serpenteando como uma dança mágica. Ben observava com fascínio, sentindo a energia vibrante se intensificar a cada sílaba que Gwen pronunciava. "Que as portas do oculto se abram!" ela exclamou, e a luz do cristal explodiu em um espetáculo de cores, preenchendo o espaço ao redor. O céu pareceu se contorcer, e um círculo luminoso começou a se formar no ar, como uma janela para outro mundo. A névoa dentro do portal dançava, revelando flashes de cores e formas que Ben nunca havia visto antes: florestas etéreas, montanhas cobertas de cristais e criaturas que pareciam ser tiradas de um conto de fadas. O som de sussurros e risadas suaves ecoava, como se o próprio espaço estivesse vivo. "É lindo, Gwen!" Ben disse, a emoção crescendo dentro dele. Ele deu um passo à frente, a curiosidade tomando conta. O gato, intrigado, deu alguns passos na direção do portal, sua cauda erguida. "Estamos prontos para isso?" Gwen perguntou, um misto de ansiedade e excitação em seu olhar. A luz do portal refletia em seu rosto, realçando a determinação que sempre a caracterizou. "Sim! Estamos juntos, sempre", Ben respondeu, estendendo a mão para ela. Gwen segurou firme, um sorriso de coragem iluminando seu rosto. "Então vamos", ela disse, respirando fundo antes de dar o primeiro passo em direção ao desconhecido. Assim que cruzaram o portal, uma onda de energia os envolveu, e a cidade desapareceu em um borrão de luz e cor. Quando a luz finalmente se dissipou, eles se encontraram em um lugar mágico e surreal, cercados por um céu estrelado que parecia palpitar com vida. A paisagem era deslumbrante, com árvores que brilhavam como se estivessem cobertas de estrelas, e um rio de luz que serpenteava pelo terreno, refletindo todas as cores do arco-íris. "Uau..." Ben sussurrou, seus olhos arregalados em admiração. Gwen, ao seu lado, não podia conter o sorriso de pura alegria. Eles estavam realmente no oculto, prontos para descobrir os segredos e maravilhas que o aguardavam. O oculto é um reino repleto de mistério e potencial ilimitado, onde as regras do mundo comum não se aplicam. Dentro desse espaço mágico, as possibilidades se multiplicam, e cada escolha pode levar a caminhos inesperados. É um lugar onde a realidade é moldada não apenas pela lógica, mas também pela intenção, pela emoção e pela imaginação. No oculto, elementos que parecem impossíveis podem se tornar possíveis. Os limites da física podem ser desafiados, permitindo que os viajantes voem, se teletransportem ou até mesmo interajam com dimensões paralelas. A magia é a força que permeia tudo, e sua essência é flexível, permitindo que aqueles que a dominam criem e transformem de maneiras inimagináveis. As criaturas que habitam esse reino variam de seres místicos, como fadas e dragões, a entidades etéreas que guardam segredos antigos. Cada uma delas possui sua própria história e poder, e os encontros com essas criaturas podem trazer tanto sabedoria quanto desafios. Cada interação é uma oportunidade para aprender e crescer, ampliando a compreensão do que é possível. Além disso, o oculto é um espaço onde o tempo e o espaço podem ser elásticos. Um instante pode se estender por eons, e um pequeno ato pode desencadear repercussões em várias realidades. Esse caráter dinâmico torna cada viagem ao oculto uma experiência única, cheia de surpresas e revelações. A exploração do oculto também é uma jornada interna. À medida que os viajantes se aventuram nesse mundo, são confrontados com seus medos, desejos e esperanças mais profundas. A auto-descoberta se torna parte da experiência, e cada escolha feita reflete um aspecto da própria essência do viajante. No final, o oculto é um espelho que reflete não apenas o que existe fora, mas também o que reside dentro de cada um. As infinitas possibilidades desse reino oferecem não apenas a chance de aventura e exploração, mas também a oportunidade de transformar a própria vida, moldando destinos e criando realidades através da magia e da intenção. É um convite para sonhar, criar e se aventurar em direções que antes pareciam além do alcance. Gwen e Ben se encontraram em um mundo que parecia pulsar com vida e magia. O céu estava repleto de estrelas brilhantes que dançavam em padrões desconhecidos, e uma suave brisa carregava o aroma doce de flores luminescentes que cresciam em abundância ao redor. As árvores, com troncos de cores vibrantes e folhas que pareciam feitas de cristal, criavam um cenário deslumbrante. "É tudo tão... bonito", Ben sussurrou, maravilhado. Ele se agachou para tocar uma das flores, que imediatamente emitiu uma luz suave, como se estivesse respondendo ao seu toque. "Essas flores são incríveis! Você acha que elas têm algum poder?". "Com certeza!", Gwen respondeu, já começando a observar tudo com atenção. "No oculto, cada elemento pode ter propriedades mágicas. Precisamos estudar isso mais de perto." Seus olhos brilhavam com a excitação da descoberta. Enquanto exploravam, eles ouviram risadas suaves e música distante, que pareciam vir de um vale não muito longe. Gwen olhou para Ben, seu espírito aventureiro despertando. "Vamos ver o que é isso?" Eles começaram a seguir o som, atravessando uma trilha coberta de grama macia que brilhava sob a luz das estrelas. À medida que se aproximavam, a música se tornava mais clara, revelando uma celebração mágica. Quando chegaram ao vale, ficaram deslumbrados com o que encontraram: criaturas de todas as formas e tamanhos dançavam ao redor de uma fogueira cintilante, rindo e celebrando. "Olha! Fadas, elfos e até mesmo criaturas de conto de fadas!" Ben exclamou, o entusiasmo crescendo em seu peito. Ele nunca havia imaginado que encontraria seres tão fantásticos. Gwen observava com um sorriso, admirando a cena. "Isso é maravilhoso! Acredita que eles vão nos aceitar?" Antes que Ben pudesse responder, uma pequena fada voou até eles, suas asas iridescentes brilhando sob a luz da fogueira. "Bem-vindos ao Vale das Celebrações!" ela disse com uma voz melodiosa. "Estamos felizes em receber novos visitantes. Venham se juntar a nós!" Sem hesitar, Gwen segurou a mão de Ben e, juntos, eles se aproximaram do grupo. Assim que entraram no círculo, foram recebidos com sorrisos calorosos e olhares curiosos. A música envolvente os convidava a se mover e se soltar. "Isso é incrível!", Ben disse, começando a dançar timidamente, mas logo se deixou levar pela alegria contagiante ao seu redor. Gwen estava radiante, sua energia se misturando à do ambiente. Enquanto dançavam, a fada se aproximou deles novamente, segurando um pequeno copo feito de cristal. "Bebam deste néctar! É um presente do vale, e traz energia e alegria a todos que participam da festa!" Gwen aceitou o copo, e Ben a acompanhou. Assim que tomaram o néctar, sentiram uma onda de calor e vitalidade passando por eles. A música parecia ressoar mais profundamente, e a dança se tornava cada vez mais animada. Conforme a festa continuava, Ben e Gwen trocaram olhares cheios de felicidade. Era como se a magia ao redor estivesse conectando-os ainda mais, ampliando suas experiências e fortalecendo o laço que compartilhavam.Depois de um tempo, a música diminuiu e as criaturas começaram a se reunir em um círculo, uma fada mais velha se levantando para falar. "Queridos amigos, a magia do oculto é não apenas uma fonte de poder, mas uma celebração da união e da amizade. Que este momento nos lembre da importância de estarmos juntos!" Ben e Gwen, com os corações cheios, aplaudiram junto com todos. Eles perceberam que, mesmo em um mundo tão diferente do que conheciam, os sentimentos de alegria, conexão e amor eram universais. A festa continuou, cada momento mais mágico que o anterior, enquanto o portal atrás deles se tornava uma lembrança distante. Era um novo capítulo em suas vidas, e a aventura no oculto apenas começava. Eles estavam prontos para explorar ainda mais, descobrir segredos e, acima de tudo, vivenciar a magia que estava ao seu redor e dentro deles. Roda do Destino gira mais uma vez. Cassandra continuava mexendo em seu equipamento, preparando o próximo passo da fuga de Ben. O ambiente sombrio e abafado do refúgio subterrâneo parecia apertar-se ao redor deles, e Ben sentiu o peso crescente da tensão. O cemitério de tecnologia em que se encontravam era vasto, mas a sensação de estarem sendo caçados permanecia. Ele se virou para Cassandra, observando cada movimento preciso que ela fazia. Mesmo em meio ao caos e perigo de High City, ela parecia completamente no controle. Ben sente ligação com a Gwen: Gwen caminhava por uma trilha sinuosa nas florestas exuberantes de Faerûn, o cheiro de terra úmida e folhas verdes misturando-se ao ar fresco da manhã. O sol filtrava-se através das copas altas das árvores, lançando padrões de luz e sombra que dançavam ao seu redor. Seu cabelo ruivo, preso de maneira despreocupada por um grampo azul, balançava suavemente com a brisa. Ela usava uma camiseta azul clara com a imagem de um gato, que parecia um toque de humor em meio à seriedade da magia que a cercava. As capris pretas, confortáveis e práticas, permitiam liberdade de movimento, enquanto seus brincos de safira brilhavam com um brilho suave, refletindo a luz do sol. Gwen parou por um momento, observando o entorno. O canto dos pássaros e o sussurro do vento nas folhas criavam uma melodia suave. Em sua mente, feitiços e encantamentos flutuavam como nuvens, lembranças de seus estudos e experiências. Ela sabia que a floresta guardava segredos, e sua curiosidade a levava a explorar cada canto. Enquanto continuava sua jornada, um movimento entre as árvores chamou sua atenção. Ela se aproximou cautelosamente, pronta para lançar um feitiço se necessário, mas logo se viu diante de uma criatura mágica — uma pequena fênix, com penas brilhantes que variavam do vermelho ao dourado. Gwen sorriu, admirando a beleza da ave mística.A fênix a encarou por um instante, antes de alçar voo, deixando um rastro de faíscas de luz. Gwen, intrigada, decidiu segui-la. Afinal, cada passo poderia levar a uma nova aventura, e ela estava determinada a descobrir o que mais Faerûn tinha a oferecer. Gwen seguiu a fênix por entre as árvores, seus passos leves quase silenciosos sobre o solo coberto de folhas. A ave mágica flutuava como se dançasse, guiando-a por um caminho oculto que poucos tinham a sorte de conhecer. O ar se tornava cada vez mais quente à medida que se afastavam da clareira, e um brilho dourado começava a emanar da fênix, iluminando o ambiente ao redor. Conforme se aprofundava na floresta, Gwen notou detalhes fascinantes: cogumelos luminescentes cresciam em troncos de árvores, lançando um brilho azul suave; flores exóticas, em tons vibrantes, se abriam ao toque da luz, exalando um perfume doce e envolvente. O mundo parecia pulsar com vida mágica, como se a própria floresta estivesse sussurrando segredos antigos. A fênix parou em um galho baixo, olhando para Gwen com seus olhos ardentes. Ela se aproximou lentamente, encantada. "Onde você está me levando?" perguntou, meio para si mesma, meio para a criatura. Nesse momento, um estalo ecoou na floresta, como se algo tivesse se quebrado. Gwen sentiu a tensão no ar; não era apenas magia, mas algo mais profundo, uma presença desconhecida. Alertada, ela ativou sua habilidade mágica, preparando-se para enfrentar qualquer desafio. A fênix, percebendo a mudança na atmosfera, soltou um pequeno canto, como um aviso. Então, das sombras, emergiu uma figura encapuzada, envolta em um manto escuro. Os olhos do ser brilhavam com uma luz azul intensa, e Gwen sentiu um frio percorrer sua espinha. "Você não deveria estar aqui, jovem feiticeira", disse a figura com uma voz suave e ameaçadora. "Este lugar é sagrado, guardado por poderes que você ainda não compreende." Gwen ergueu o queixo, desafiadora. "E quem é você para ditar onde eu posso ou não estar? Eu busco conhecimento, e a magia deste lugar é fascinante." O ser encapuzado riu, um som profundo que ecoou entre as árvores. "Conhecimento pode ser uma bênção ou uma maldição. Você deve decidir se está pronta para os perigos que o verdadeiro ocultismo traz." A fênix se posicionou entre Gwen e o ser, suas penas brilhando com uma luz reconfortante. Gwen respirou fundo, percebendo que estava em uma encruzilhada. Podia escolher recuar, mas a sede de aventura e a curiosidade pela magia antiga pulsavam dentro dela. "Se você tem um aviso, eu escutarei. Mas não serei intimidada."O ser observou por um momento, seus olhos azuis estudando Gwen. "Então venha. O caminho do conhecimento é perigoso, mas pode também ser iluminador. Se você deseja entender a magia que permeia este lugar, siga-me." Gwen sentiu uma mistura de temor e empolgação. Com a fênix voando ao seu lado, ela decidiu seguir o ser encapuzado, pronta para desvendar os mistérios que aguardavam nas profundezas da floresta mágica de Faerûn. Cada passo a levava para mais perto de um conhecimento que poderia mudar não apenas sua vida, mas o destino de todo o mundo. Gwen seguiu o ser encapuzado, seus sentidos aguçados e coração acelerado. O caminho tornava-se cada vez mais estreito, cercado por árvores antigas cujos troncos pareciam sussurrar histórias de eras passadas. A luz filtrava-se de maneira diferente aqui, como se o tempo e o espaço estivessem distorcidos. O ar carregava uma carga mágica palpável, fazendo a pele de Gwen formigar de excitação e um leve receio. Enquanto caminhavam, o ser encapuzado murmurava encantamentos em uma língua antiga, suas palavras parecendo dançar na brisa. Gwen prestou atenção, tentando captar cada sílaba, quando, de repente, um pequeno claro apareceu diante deles, revelando um lago de águas cristalinas que refletiam o céu de maneira quase hipnotizante. Ao redor, plantas exóticas cresciam em harmonia, suas cores vívidas contrastando com o azul profundo da água. "Aqui é o Lago da Sabedoria", disse o ser, retirando o capuz. Para surpresa de Gwen, revelou um rosto envelhecido, com traços marcados pelo tempo e olhos que brilhavam como estrelas. "Diz-se que quem bebe das águas deste lago pode vislumbrar verdades ocultas, mas deve estar preparado para as revelações." Gwen olhou fixamente para o lago, sentindo a energia vibrante emanando dele. "O que devo fazer?" perguntou, intrigada. "Antes de beber, você deve se perguntar o que realmente busca", disse o homem. "O conhecimento pode ser pesado. Este lago não apenas revela, mas também exige. O que você está disposta a sacrificar por sua verdade?" Ela refletiu por um momento, ponderando sobre suas motivações. Seu desejo de aprender sempre foi forte, mas também havia um desejo de proteger aqueles que amava, e um impulso de fazer o bem. "Eu busco entender a magia que me rodeia e como posso usá-la para ajudar outros." O homem assentiu, satisfeito. "Então, é essa a sua verdade. Agora, beba." Gwen se aproximou da borda do lago, inclinando-se para ver seu reflexo. A água parecia pulsar com uma luz interna. Com um coração acelerado, ela pegou um pouco da água em suas mãos e, com um ato de coragem, levou-a aos lábios. Instantaneamente, uma onda de visões a atingiu. Ela viu fragmentos de sua infância, momentos em que havia descoberto sua afinidade com a magia. Imagens de suas aventuras passadas surgiram, mas logo foram substituídas por visões de um futuro sombrio: criaturas sombrias emergindo de sombras, ameaçando tudo o que amava. Ela viu a fênix, agora ferida, e Faerûn mergulhada em trevas. Gwen começou a lutar contra a visão, mas a água tinha um poder avassalador. "Não!" ela gritou, sentindo a pressão das revelações. "Eu não quero isso!". "É a verdade que você precisa ver", a voz do homem ecoou. "O que você fará com esse conhecimento?" Com um esforço de vontade, Gwen forçou-se a focar. "Eu lutarei. Farei o que for preciso para proteger meu mundo." As visões começaram a se dissipar, e Gwen sentiu uma nova determinação tomando conta de si. Quando a realidade voltou, ela estava de pé à beira do lago, o homem observando-a com um semblante sério. "Você viu a verdade, e agora está mais próxima do seu destino", ele disse. "Mas a luta apenas começou. As forças que você viu são reais e estão se aproximando. Prepare-se." Gwen olhou para a fênix, que agora estava ao seu lado, brilhando com um novo vigor. "Estou pronta", declarou, sentindo a magia dentro de si pulsar com força renovada. O homem sorriu, um gesto de aprovação. "Então siga em frente, jovem feiticeira. O caminho à frente será desafiador, mas você não estará sozinha." Com isso, o ser virou-se e começou a caminhar de volta pela trilha, e Gwen, com a fênix voando ao seu lado, sentiu que sua jornada realmente começara. A floresta, antes apenas um lugar de exploração, agora se tornara um campo de batalha em uma luta maior. O destino de Faerûn estava em suas mãos, e ela não recuaria. Gwen seguiu o homem enquanto ele caminhava pela trilha, seu coração pulsando com a nova determinação. A floresta parecia vibrar ao seu redor, como se estivesse respondendo à energia recém-descoberta dentro dela. As folhas sussurravam e a brisa carregava o eco de promessas e advertências, como se a própria natureza estivesse ciente da sua missão. "Para onde estamos indo?" Gwen perguntou, não conseguindo conter a curiosidade. "Estamos indo ao Santuário de Eldara," respondeu o homem, sua voz calma, mas firme. "Lá, você encontrará aliados e mais conhecimento sobre as forças que ameaçam Faerûn. A batalha que você viu em suas visões não será enfrentada sozinha." Enquanto avançavam, o caminho se tornava cada vez mais mágico. Pequenos fadas dançavam entre as flores, deixando um rastro de luz atrás delas. Gwen sorriu ao ver as criaturas, lembrando-se das histórias que ouvira quando criança. Elas representavam a esperança e a alegria em um mundo repleto de desafios. Ao chegarem a uma clareira iluminada, o santuário se revelou diante deles. Era uma estrutura antiga, construída de pedra esculpida e envolta em videiras verdes, flores e magia pulsante. O ar estava impregnado de um perfume floral e uma energia reconfortante, fazendo Gwen sentir que ali era um lugar sagrado. "Bem-vinda ao Santuário de Eldara," disse o homem, gesticulando para o local. "Aqui, os sábios se reúnem e as visões se tornam ações." Dentro do santuário, a atmosfera era diferente, quase elétrica. Gwen percebeu grupos de pessoas, cada um representando diferentes raças e classes, todos unidos por um propósito comum. Magos, druidas, guerreiros e bardos conversavam em sussurros, discutindo estratégias e relatos de batalhas passadas. O homem a levou até um ancião, um mago de longa barba branca e olhos azuis profundos que pareciam enxergar diretamente a alma. "Esta é Eldrin, o guardião deste santuário. Ele pode guiá-la em sua jornada." "Gwen, não é?" Eldrin disse, seu olhar penetrante fixando-se nela. "Senti sua chegada, e as visões que você teve no Lago da Sabedoria ecoam em minha mente. O destino de Faerûn está, de fato, nas suas mãos." Gwen sentiu um arrepio. "O que devo fazer? Como posso me preparar para essa luta?" Eldrin sorriu gentilmente. "O primeiro passo é entender as forças que você enfrentará. As trevas que você viu estão se reunindo, e precisamos unir nossos poderes para detê-las. Você terá que aprender a canalizar sua magia de maneiras novas e inesperadas." Ele se virou e gesticulou para um círculo de pedras mágicas dispostas no centro do santuário. "Venha, entre no círculo. Aqui, você poderá aprofundar suas habilidades. Vamos fortalecer suas habilidades e preparar você para o que está por vir." Gwen hesitou por um momento, mas a determinação tomou conta dela novamente. Ela se aproximou e entrou no círculo. As pedras começaram a brilhar em um padrão de cores, e a energia mágica ao redor dela cresceu, envolvendo-a em uma aura quente. Fechando os olhos, Gwen concentrou-se. Ela sentiu as raízes da floresta se entrelaçando com seu ser, a energia de Faerûn fluindo através dela. Visões de magia antiga e poder oculto começaram a surgir em sua mente, guiando-a para novas habilidades. A fênix, observando ao lado, soltou um canto melodioso que ressoava com o poder do santuário. A cada nota, Gwen sentia a conexão se aprofundar, como se a própria criatura estivesse imbuindo-a com força e coragem. Quando as luzes finalmente se acalmaram, Gwen abriu os olhos e se sentiu diferente. A magia dentro dela pulsava com uma nova intensidade, e uma sensação de clareza a envolvia. "Você está pronta," disse Eldrin, com um sorriso de aprovação. "Agora, você deve se unir aos outros e descobrir como podemos enfrentar essa ameaça. O tempo está se esgotando." Gwen saiu do círculo, sentindo-se mais forte e mais confiante. Ao olhar ao redor, viu que todos estavam se preparando, cada um com sua própria determinação refletida nos olhos. A luta estava se aproximando, mas ela sabia que não estava sozinha. Com aliados ao seu lado e a magia fluindo dentro dela, Gwen estava pronta para enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho. Ela colocou um dos dispositivos que acabara de ajustar no bolso e olhou para Ben, seus olhos prateados piscando sob a luz fraca. "Você ainda está me devendo uma resposta," ela disse com aquele sorriso enigmático. "Vai continuar fugindo, ou vai realmente querer fazer algo a respeito?" Ben respirou fundo, o peso da decisão afundando em sua mente. Ele estava cansado de fugir, mas ainda não tinha certeza se confiar em Cassandra era a melhor ideia. Ela era perigosa, fria e calculista, movida por interesses próprios. Mas no fundo, ele sabia que ela tinha razão. Continuar correndo só o levaria a um beco sem saída. "Vou lutar," Ben disse finalmente, sua voz firme. "Mas se eu fizer isso, preciso saber que você não vai me trair no primeiro sinal de problema." Cassandra riu, mas o riso não era cruel. Havia um traço de diversão genuína em seus olhos, como se Ben acabasse de dizer algo que ela não esperava. Ela se aproximou, seus movimentos suaves, parando a apenas alguns centímetros dele. "Eu gosto de você, garoto." Seus olhos prateados brilharam com algo que Ben não conseguiu identificar. "Você tem coragem. Mas é bom lembrar... em High City, confiança é apenas uma ferramenta. E como qualquer outra ferramenta, você usa até não precisar mais." Ben a encarou, desconfiado. Ela sempre sabia como manter o controle da conversa, nunca revelando totalmente suas intenções. Mas ele não tinha muito tempo para questionar suas motivações. A caçada estava prestes a recomeçar. De repente, um barulho agudo cortou o ar. Era um alarme distante, vindo de um dos drones da NovaCorp que patrulhavam as camadas superiores do cemitério tecnológico. Ben sabia que eles não tinham muito tempo antes que os caçadores encontrassem sua trilha. Eles precisavam agir rápido. Cassandra rapidamente se aproximou de uma das mesas bagunçadas no refúgio e pegou um dispositivo de interferência de sinal, que ela tinha preparado. "Aqui está o plano," disse ela, olhando para Ben com seriedade. "Este aparelho vai bloquear os sinais dos drones por alguns minutos. É o tempo que temos para subir até a superfície e passar pelos pontos de vigilância da NovaCorp. Mas não podemos nos dar ao luxo de ser detectados antes disso. Então, siga-me e faça o que eu disser." Ben assentiu. Mesmo desconfiado, sabia que Cassandra tinha o conhecimento necessário para mantê-los um passo à frente. Ela já tinha escapado de situações piores. Agora, era questão de seguir suas instruções e confiar que ela não o venderia ao primeiro interessado. Eles se prepararam rapidamente e, em questão de minutos, estavam de volta aos túneis e corredores apertados que serpenteavam pelas profundezas de High City. A tensão no ar aumentava a cada segundo. Ben olhava constantemente por cima do ombro, esperando o som distante dos drones se aproximando. Mas Cassandra parecia estar no controle total da situação. Finalmente, depois de subirem por uma série de escadas antigas e enferrujadas, chegaram a uma abertura estreita que levava a uma área mais aberta e movimentada. Acima deles, a superfície de High City era um caos de luzes de néon, cabos aéreos e telões gigantescos que exibiam propagandas incessantes de implantes cibernéticos, novas drogas tecnológicas e anúncios de corporações. Cassandra parou, levantando a mão para sinalizar a Ben que ficasse em silêncio. Ela se moveu até a borda da passagem e olhou cuidadosamente para fora, avaliando o ambiente. "Estamos perto," ela sussurrou, se afastando da borda. "Os drones estão patrulhando a área logo à frente. Se passarmos por ali sem usar o bloqueador de sinal, seremos rastreados em segundos." Ben se aproximou, sentindo a tensão no ar aumentar. Ele estava começando a perceber que, apesar da confiança aparente de Cassandra, o risco era imenso. Se fossem detectados, a NovaCorp não hesitaria em enviar mais tropas ou, pior, cyberpsicopatas controlados, como o que ele enfrentara mais cedo. "E se o bloqueador falhar?" Ben perguntou, olhando para o pequeno dispositivo que Cassandra segurava. "Ele não vai falhar," Cassandra respondeu com um brilho confiante nos olhos. "Mas, se algo der errado, temos um plano de contingência.". "E qual seria?" Ben perguntou, tentando suprimir a crescente sensação de desconforto. Cassandra deu de ombros, ainda sorrindo. "Você se transforma em algo grande e forte, e nós destruímos tudo no caminho." Ela piscou para ele, mas Ben não conseguiu dizer se ela estava brincando ou não. Antes que ele pudesse responder, ela ativou o dispositivo de bloqueio de sinal, e um leve zumbido encheu o ar, como se estivesse distorcendo as frequências ao redor deles. "Agora!" Cassandra sussurrou, saindo da cobertura e correndo furtivamente pelas sombras, com Ben logo atrás. Eles avançaram rapidamente por uma série de becos escuros e passagens abandonadas, enquanto o zumbido do bloqueador mantinha os drones temporariamente cegos. Ben podia sentir a adrenalina correndo em seu corpo, os músculos tensos enquanto tentava manter o ritmo de Cassandra. Ela era incrivelmente rápida, seus movimentos precisos como os de uma felina que conhece cada centímetro do seu território. No entanto, algo estava errado. Ben podia sentir. Eles estavam se aproximando de uma área aberta, uma praça decadente cercada por prédios altos e monitores holográficos, quando ouviu o som distante, mas claro, de algo mecanizado se aproximando — muito rápido. Cassandra parou de repente, seus olhos prateados brilhando com alerta. "Droga," ela murmurou, percebendo o que estava acontecendo. "Eles têm um protótipo de rastreamento aqui. Um drone militar. Muito mais avançado." Ben olhou ao redor, o coração disparando. "O bloqueador não vai funcionar contra isso, vai?" Cassandra o encarou por um momento, e por um segundo, ele viu um lampejo de algo que raramente se via nela — preocupação. "Não. Vamos precisar de algo mais do que sorte agora." Enquanto o som do drone militar ficava mais próximo, Cassandra se virou para Ben com uma expressão decidida. "Está na hora de você mostrar o que esse Omnitrix pode realmente fazer, garoto." Ben olhou para o Omnitrix, que já brilhava em verde, pronto para ser ativado. Sabia que a luta estava para começar novamente — e desta vez, as apostas eram ainda mais altas. Ele não poderia falhar. "Tudo bem," Ben disse, girando o disco do Omnitrix e sentindo o poder alienígena começar a pulsar em seu braço. "Vamos acabar com isso." Cassandra sorriu de canto, enquanto as luzes de néon refletiam em seus olhos prateados. "Assim que eu gosto de ouvir." E então, com o som agudo do drone militar ecoando pela praça, Ben ativou o Omnitrix, e a batalha pela sobrevivência em High City estava prestes a começar novamente. O zumbido do drone militar crescia em intensidade, ecoando pelos becos e reverberando entre os prédios sujos e antigos de High City. As luzes piscantes dos hologramas que projetavam propagandas incessantes de implantes e atualizações tecnológicas dançavam nas paredes, misturando-se com o nevoeiro sintético que envolvia a cidade. O clima opressor pesava sobre Ben e Cassandra. Cada segundo parecia arrastar-se enquanto o barulho mecânico do drone se aproximava, como uma besta metálica à caça de sua presa. "Não temos muito tempo," Cassandra murmurou, seus olhos prateados focados na escuridão, tentando calcular os movimentos do drone. "Esse modelo não é comum nas ruas. NovaCorp está desesperada para te pegar. " Ben podia sentir a urgência no ar, mas o Omnitrix em seu pulso piscava com aquela luz familiar, pronta para ser ativada. "Vamos ver se eles estão prontos para isso," ele disse, girando o dial e selecionando sua transformação. Em um clarão de luz verde, o corpo de Ben começou a se transformar, crescendo e solidificando-se em cristais indestrutíveis. Diamante apareceu em toda sua glória, seus braços revestidos com a textura cristalina que reluzia à luz do neon. A figura imponente de Diamante cortava um contraste marcante com a arquitetura decadente e o lixo tecnológico que enchia as ruas. Cassandra, ao lado dele, olhou por um momento, os olhos avaliando a transformação. "Nada mal," ela disse com um sorriso rápido, mas já estava voltando sua atenção para o ambiente ao redor, como se planejasse a melhor rota de fuga caso as coisas dessem errado. O drone militar finalmente apareceu, surgindo como uma sombra massiva do alto dos prédios, seu corpo metálico reluzente como se fosse parte do próprio céu noturno. As hélices zumbiam agressivamente, e as luzes vermelhas nos sensores visuais brilhavam intensamente. Era grande, muito maior que os drones comuns — um protótipo militar com uma armadura reforçada, equipada com canhões de plasma giratórios e um arsenal de armas mortais. "Esse é diferente de qualquer drone que já vi," Ben disse, sentindo o peso do perigo. "Mais rápido, mais forte, e com certeza mais armado.". "Exatamente," Cassandra respondeu, sem perder o foco. "Mas eles nunca contaram com você. Vá em frente, eu vou garantir que não tenhamos surpresas adicionais.". O drone se fixou em Diamante, seus sensores capturando o movimento e registrando a presença alienígena. Em questão de segundos, ele começou a disparar, um canhão de plasma liberando rajadas de energia que explodiam ao redor de Ben, fazendo as paredes dos prédios tremerem e partes de concreto caírem como escombros. Ben correu direto para o ataque, usando seu corpo indestrutível de Diamante para bloquear os primeiros disparos. As rajadas de plasma ricocheteavam em seu corpo cristalino, deixando marcas de calor, mas incapazes de penetrar sua resistência. Com um rugido de esforço, ele saltou em direção ao drone, levantando os braços maciços e desferindo um golpe poderoso contra a carcaça metálica da máquina. O impacto foi ensurdecedor. O drone balançou no ar, e faíscas voaram para todos os lados, mas sua armadura era resistente, projetada para combates pesados. Ele recuou brevemente, reposicionando-se, e ativou suas lâminas de energia, prontas para cortar qualquer coisa que estivesse em seu caminho. Cassandra, enquanto isso, não estava parada. Ela correu pelas sombras, seus movimentos ágeis e precisos, enquanto localizava uma estação de controle subterrânea, um painel antigo usado para acessar câmeras e sistemas de segurança locais. Ela sabia que não poderia enfrentar diretamente o drone, mas poderia atrapalhar sua comunicação com a base da NovaCorp e criar uma janela de oportunidade para Ben. Ela se ajoelhou ao lado do painel, tirando suas ferramentas de hacking do cinto e trabalhando rapidamente para acessar o sistema. Os dedos dela voavam pelos controles, enquanto as luzes do painel piscavam. Em questão de segundos, ela estava dentro da rede. "Tenho você agora," ela murmurou com um sorriso vitorioso. "Vamos ver como vocês lidam com cegueira.". Enquanto isso, o drone militar avançava novamente, suas lâminas brilhando com energia pura. Diamante estava preparado, mas sabia que precisava derrubá-lo rapidamente antes que o ataque se intensificasse. Com um movimento rápido, ele se lançou para o lado, esquivando-se das lâminas que desceram como relâmpagos. No processo, ele agarrou um grande pedaço de entulho metálico do chão e o arremessou com força em direção ao drone. O pedaço de metal atingiu o drone, batendo diretamente em um de seus estabilizadores. O impacto o fez perder equilíbrio momentaneamente, e Diamante aproveitou a oportunidade. Ele correu em direção à máquina, saltando no ar com os braços estendidos para dar um golpe devastador na lateral do drone. O cristal contra o metal soou como uma explosão, e o drone começou a girar descontroladamente no ar, perdendo altura enquanto seus sistemas tentavam se ajustar. Ben não deixou a oportunidade escapar. Ele atacou novamente, usando seus punhos poderosos para esmagar parte da blindagem externa. Faíscas explodiram do corpo do drone enquanto ele começava a perder controle. Mas, mesmo assim, ele não estava derrotado. Uma série de mísseis foi liberada de seus compartimentos, voando em direção a Ben com alta velocidade. Cassandra, vendo o perigo, agiu rápido. "Ben! Abaixar agora!" ela gritou de seu ponto de vantagem, enquanto manipulava o sistema para sobrecarregar as defesas do drone. Os mísseis passaram por cima da cabeça de Ben, explodindo em uma parede ao longe, causando um estrondo que sacudiu o chão. "Agora!" ela gritou novamente, seus dedos se movendo rapidamente no painel de controle. Ela havia encontrado uma fraqueza no sistema do drone — uma falha de comunicação que poderia ser explorada. Com um comando final, ela desativou temporariamente os sensores de navegação do drone. O drone, agora completamente desorientado, começou a girar no ar, seus sistemas internos lutando para se estabilizar. Ben sabia que aquela era sua chance. Com toda a força de Diamante, ele deu um salto final, alcançando o drone no meio de sua rotação descontrolada e desferindo um soco brutal no núcleo central. O impacto foi devastador. O drone soltou um som agudo, e faíscas explodiram por todo seu corpo metálico. Ele caiu, colidindo contra o chão com um estrondo monumental, seus sistemas internos fritando e suas lâminas se desligando enquanto sua energia se esgotava. Estava destruído. Ben recuou, ofegante, observando o drone destruído à sua frente. Sua forma de Diamante reluzia à luz intermitente dos destroços, e por um momento, ele sentiu uma onda de alívio. A batalha havia sido vencida, mas ele sabia que a guerra contra a NovaCorp estava apenas começando. Cassandra surgiu das sombras, agora caminhando com seu habitual ar de confiança, mas desta vez havia algo mais em seus olhos prateados — uma mistura de admiração e respeito. "Nada mal, garoto," ela disse, parando ao lado de Ben e observando os destroços do drone. "Talvez você seja mais útil do que eu imaginava.". Ben se transformou de volta, ofegante, mas aliviado. "Parece que temos mais problemas pela frente," ele disse, olhando para o horizonte onde mais drones poderiam estar se aproximando. Cassandra deu um sorriso enigmático, aquele brilho misterioso retornando aos seus olhos. "Sim, temos," ela respondeu, e pela primeira vez, havia uma faísca de algo mais — talvez uma aliança real — entre eles. "Vamos continuar," ela disse, olhando para a cidade caótica ao redor. "A NovaCorp não vai desistir tão fácil.". E, com isso, eles partiram novamente, sabendo que o próximo confronto poderia ser ainda mais mortal do que o último. Ben vai para as memórias do Thor. Thor, o Deus do Trovão, e Hércules, o Príncipe do Poder. Os dois titãs estão em uma queda de braço monumental, em que suas forças sobre-humanas estão em jogo. O clima é carregado de tensão, e as nuvens giram ao redor deles como se a própria natureza estivesse à espera do desfecho. Thor, seus músculos rígidos e brilhando com a energia elétrica de sua herança divina, pressiona o braço de Hércules com toda a força. Seus olhos brilham com trovões, e faíscas dançam ao redor de seu corpo, irradiando um poder que faz o ar vibrar ao seu redor. Seu punho fecha-se firmemente na mão do semideus grego, e o impacto do seu braço contra a mesa de pedra envia rachaduras pelo solo, com pequenos raios disparando de cada rachadura. Hércules, por outro lado, sorri com confiança, o suor começando a descer por suas têmporas, mas sua força é inabalável. Seu físico monumental, forjado pela resistência aos maiores desafios da mitologia grega, é visível em cada veia que pulsa com energia bruta. Este é o mesmo Hércules que sustentou o peso infinito dos céus nas costas, substituindo Atlas, e agora, ele usa toda essa experiência e força colossais para enfrentar o poder de Thor. Seus pés afundam no solo firme, e a terra ao seu redor começa a se erguer como se estivesse tentando resistir à pressão inacreditável. O ambiente reage violentamente ao confronto. A pressão gerada pela força dos dois é tão grande que o planeta começa a sair de sua órbita. O ar parece ser sugado pela força gravitacional criada por Thor e Hércules, e o próprio espaço ao redor do platô se distorce, com pedaços de rochas sendo lançados para o céu, levitando por alguns segundos antes de se despedaçarem pela força incompreensível. Cada segundo dessa luta de titãs faz o solo vibrar como se estivesse à beira de desmoronar. Ambos se encaram, focados e determinados. Thor rosna, seu braço pulsando com a força do próprio trovão. Hércules, de dentes cerrados, solta uma risada desafiadora, e sua força parece aumentar à medida que o desafio se intensifica. O platô inteiro começa a tremer, e as montanhas ao redor deles racham como se não pudessem mais suportar a tensão de tal batalha. O céu se ilumina com relâmpagos enquanto Mjolnir, descansando ao lado, começa a vibrar, quase como se quisesse entrar na luta. Os dois estão no auge de suas forças. Hércules, com a resistência sobre-humana que o fez suportar o peso dos céus, concentra toda a sua energia nesse momento, enquanto Thor, herdeiro do poder de Odin e Gaia, invoca toda a fúria das tempestades ancestrais. O confronto chega ao ápice, e o choque das duas forças é tão intenso que um trovão colossal explode sobre eles, ecoando pelos céus, e a luz do impacto ilumina o platô como um farol no espaço.O destino do planeta está em jogo, mas no coração dessa luta, o que realmente brilha é a rivalidade divertida e o respeito mútuo entre os dois heróis. Mesmo em meio a tanta destruição e poder, há um sentimento de camaradagem – pois Thor e Hércules sabem que, mais do que uma disputa de força, é uma celebração da grandeza de ambos. Enquanto o trovão ressoa nos céus e as montanhas ao redor continuam a se fragmentar, Thor e Hércules permanecem implacáveis em sua disputa. Os braços dos dois titãs tremem sob a pressão, seus músculos tensionados ao máximo. A cada segundo, a energia ao redor deles aumenta exponencialmente, até o ponto em que faíscas de pura força começam a saltar entre seus corpos. Thor, os olhos ainda brilhando com relâmpagos, concentra toda a sua força divina. Suas veias pulsando como rios de energia mística, ele invoca o poder de seus ancestrais: Odin, o Pai de Todos, e Gaia, a Deusa Anciã da Terra. Ele sente a presença de ambos guiando seus movimentos, como se a força dos céus e da terra se fundissem dentro de seu ser. O ar ao seu redor vibra, e um redemoinho de vento e trovões se forma sobre sua cabeça, criando um espetáculo de poder cósmico. De repente, Thor golpeia a mesa com ainda mais força, empurrando o braço de Hércules um pouco para baixo. "Eu sou Thor, filho de Odin, portador do trovão!", ele ruge, sua voz ecoando pelas montanhas como um trovão em si. Mas Hércules, com o sorriso confiante ainda no rosto, responde com uma risada poderosa. "Ah, Thor! Grande amigo! Mas sou Hércules, aquele que carregou os céus nas costas, o mais forte de todos os olímpicos!" Ele então libera uma onda de força que faz o solo ao redor deles rachar ainda mais, com grandes pedaços de rocha se levantando do chão e flutuando brevemente antes de explodirem em poeira. Hércules inclina-se levemente para frente, seus músculos tremendo como cordas sob tensão máxima. O chão sob seus pés afunda alguns centímetros enquanto ele canaliza toda a sua força mítica, alimentada por incontáveis feitos heroicos, desde as doze tarefas até batalhas contra criaturas imortais. Seus olhos brilham com determinação enquanto ele empurra de volta, lentamente recuperando o terreno perdido, movendo o braço de Thor alguns milímetros para cima. O platô estremece violentamente sob o peso dessas duas forças titânicas. A pressão é tamanha que, de longe, já é possível ver o planeta começar a mudar de trajetória. Montanhas desmoronam ao longe, como se fossem de areia, e grandes fragmentos de rocha são lançados ao espaço. Os mares ao redor sentem os efeitos, com ondas gigantescas surgindo e distorcendo o horizonte. A batalha entre esses dois deuses parece estar moldando a própria geografia do planeta. Em meio a essa tensão, ambos heróis começam a rir. Um riso gutural e cheio de camaradagem, pois, apesar da intensidade da batalha, há uma alegria pura em enfrentar alguém à altura. Thor sorri enquanto seus dentes brilham como o raio. "Hércules, meu amigo, eu poderia continuar com isso por eras!". "Como eu também, Thor! Mas quem vencerá?" responde Hércules, igualmente divertido, enquanto empurra ainda mais forte. Os dois continuam a disputa, mas o peso de suas forças conjuntas já está começando a sobrecarregar o ambiente. O céu acima deles não aguenta mais a pressão e rasga-se em uma tempestade cósmica, onde raios intergalácticos caem sobre a terra, e nuvens rodopiam como um redemoinho gigante. No entanto, no meio dessa tensão, uma figura familiar aparece. Zeus, o Pai dos Deuses Olímpicos, surge entre as nuvens, sua presença é quase tão monumental quanto a dos dois guerreiros. "Basta!", sua voz reverbera como o trovão mais profundo. Ao seu lado, Odin surge, flutuando com sua capa majestosa esvoaçando ao vento. O Pai de Todos olha para os dois heróis com uma expressão de desgosto paternal e orgulho. "Meus filhos," diz Odin, seu tom grave, "essa disputa está prestes a tirar o próprio planeta de órbita e causar destruição incalculável. Está na hora de terminar essa competição antes que ambos acabem destruindo mais do que planejam proteger.". Thor e Hércules, ainda com os braços travados em pura tensão, olham para seus pais com sorrisos maliciosos, cientes da diversão, mas também da seriedade da situação. Hércules é o primeiro a ceder, relaxando o braço e jogando a cabeça para trás com uma gargalhada estrondosa. "Ah, Thor, é sempre uma alegria cruzar forças com você, meu irmão de batalha! Mas parece que nossos pais nos chamaram de volta à razão.". Thor relaxa também, soltando um suspiro, enquanto um sorriso de respeito e camaradagem cresce em seu rosto. "Sim, Hércules, por hoje já fizemos o suficiente para testar as forças do cosmos.." Os dois heróis levantam-se, agora lado a lado, enquanto o planeta começa lentamente a voltar à sua órbita. Odin e Zeus observam seus filhos, cada um com uma expressão mista de reprovação e orgulho. "Vocês dois sempre foram teimosos, mas também os maiores campeões de seus mundos," diz Zeus, com um brilho no olhar. Odin apenas balança a cabeça, seu único olho fixo em Thor. "Lembre-se, filho, que até os deuses devem saber a hora de parar." E assim, com um aperto de mãos firme e uma promessa de futuras competições, Thor e Hércules deixam o platô, não como rivais, mas como amigos eternos, cada um sabendo que, no fim, o verdadeiro poder não está em vencer, mas em medir forças com alguém à altura – e, claro, em manter o universo intacto no processo. Um vasto panorama dos Nove Reinos, onde as cores vibrantes do céu se misturam com as nuvens douradas. Thor, com seu manto vermelho esvoaçando e o poderoso Mjolnir em uma mão, avança com determinação. Seu olhar é firme, refletindo a coragem que o caracteriza. Ao seu lado, Odin, o All-Father, caminha com uma presença majestosa, seu olho único cintilando com sabedoria e poder. Ele carrega seu cetro, que brilha com uma luz etérea. A armadura antiga de Odin reluz sob a luz do sol, enquanto seus longos cabelos brancos esvoaçam suavemente. Os dois deuses trocam palavras que ecoam como trovões nas colinas ao redor. A atmosfera é carregada de expectativa, como se os próprios reinos sentissem a energia divina que emana deles. No horizonte, os portais para os diferentes reinos se abrem, revelando paisagens deslumbrantes: florestas imensas, montanhas nevadas e cidades majestosas. Enquanto caminham, criaturas mitológicas os observam com reverência, e os ventos sussurram histórias de antigos feitos. Thor ri de forma boçal, animado, enquanto Odin compartilha sabedoria, seus olhos atentos aos desafios que podem surgir. Juntos, eles são a força e a sabedoria que unem os Nove Reinos, prontos para enfrentar o que vier. Thor atravessava os Nove Reinos com seu manto esvoaçante ao vento, enquanto segurava firmemente Mjolnir em sua mão. Cada passo que ele dava era imbuído de uma aura de determinação e majestade, como se o próprio universo reverenciasse sua presença. Sua jornada era uma mistura de maravilha e tensão. O Bifröst, o arco-íris místico que conectava os reinos, cintilava ao redor dele, enquanto ele se movia com velocidade divina através de dimensões e paisagens alienígenas. Ao passar por Alfheim, o reino dos elfos da luz, Thor foi recebido por florestas brilhantes e rios que pareciam feitos de cristal líquido, refletindo a luz dourada que emanava do céu sem nuvens. As árvores balançavam suavemente, sussurrando antigos segredos à medida que ele passava. Lá, Thor sentiu paz, mas não podia parar. No reino gelado de Jotunheim, sua respiração saiu em nuvens brancas enquanto ele caminhava por montanhas cobertas de gelo e cavernas sombrias. O frio mordia sua pele, mas seu corpo irradiava calor, e os gigantes do gelo o observavam das sombras com desconfiança. Ele permaneceu vigilante, sentindo o perigo constante, mas sabia que seu destino estava além. Ao chegar em Muspelheim, o reino de fogo, as chamas envolviam o céu e o chão era de rocha derretida. O calor era intenso, mas Thor caminhava com firmeza, sentindo o olhar do ardiloso Surtur em cada canto. Faíscas voavam ao seu redor, e as chamas pareciam tentar tocá-lo, mas Mjolnir brilhava com a força de uma tempestade iminente, repelindo qualquer ameaça. De reino em reino, Thor viajava não apenas por territórios físicos, mas por camadas de história, poder e responsabilidade. Cada reino tinha suas particularidades, suas belezas e seus perigos, mas todos estavam conectados pela delicada balança que ele agora tentava proteger. Os trovões rugiam ao seu comando enquanto Thor avançava, determinado a restaurar a ordem nos Nove Reinos, sabendo que, em cada um deles, havia aliados a se encontrar e inimigos a derrotar. Thor prosseguia em sua jornada, sentindo o peso das responsabilidades sobre seus ombros crescer a cada reino atravessado. A pulsação do Bifröst vibrava sob seus pés enquanto ele rasgava o espaço entre mundos, como uma estrela cortando a escuridão cósmica. Cada salto dimensional o levava para uma nova paisagem, cada uma com seus mistérios e desafios únicos, mas sempre havia algo familiar: o trovão ao seu redor, ecoando como uma promessa de proteção. Ele chegou a Nidavellir, o reino dos anões, onde as montanhas se erguiam como gigantes de pedra, e o som de martelos retumbava em sincronia com o coração da própria terra. Thor foi recebido com a visão das forjas mais poderosas do universo, onde as chamas eternas moldavam metal sagrado. Eitri, o mestre ferreiro, veio ao seu encontro, com mãos sujas de fuligem e um sorriso cansado. "Thor, você busca algo além do poder," disse Eitri, como se lesse os pensamentos do deus. "Mas lembre-se, até o metal mais forte pode se dobrar sob o peso do que o carrega." Thor assentiu, refletindo sobre o significado daquelas palavras enquanto seguia em frente. No caminho para Vanaheim, o reino dos deuses vanires, Thor experimentou uma transição surreal. O ar se tornou mais leve, quase como um sonho, e a natureza parecia em perfeita harmonia. Árvores gigantes e campos de flores se estendiam em todas as direções, e o aroma suave das plantas envolvia seus sentidos. Thor encontrou-se em meio a uma reunião de guerreiros e sábios, liderados por Frey e Freya, os deuses que outrora rivalizaram com os Aesir. Eles ofereceram a Thor conselhos sobre equilíbrio e paz, lembrando-o que nem toda batalha é vencida com a força bruta. Ali, o herói sentiu uma calma quase esquecida, mas também soube que seu caminho exigiria sacrifício. Em Svartalfheim, o reino sombrio dos elfos negros, o ambiente era o completo oposto de Vanaheim. As sombras dominavam a paisagem, com cavernas profundas e cidades ocultas que eram quase invisíveis ao olho desatento. Thor sabia que não podia confiar nos habitantes dali, pois muitos tinham alianças secretas e uma ânsia por poder que rivalizava com a de Loki. Mesmo assim, ele atravessou com confiança, atento a cada som, a cada movimento furtivo nas sombras. O ar estava denso e hostil, mas o brilho elétrico de Mjolnir era uma luz que afastava a escuridão. Em cada reino, Thor não apenas enfrentava o ambiente, mas também os dilemas internos que esses mundos evocavam nele. Ao cruzar as terras misteriosas de Helheim, o reino dos mortos, Thor sentiu o frio penetrante da morte. As almas vagavam por todos os lados, presas entre o que foi e o que nunca será. A própria Hel, guardiã desse domínio, apareceu diante dele. Seus olhos carregavam segredos além da vida e da morte. "O caminho que você trilha, Thor, pode levá-lo a um destino que nem os deuses podem prever," ela disse, com um tom que misturava desafio e aviso. Ele sentiu um calafrio, mas não recuou. Thor sabia que sua missão não era apenas física, mas espiritual. Ele precisava se provar, não apenas como o guerreiro invencível de Asgard, mas como um verdadeiro protetor de todos os reinos. Cada passo o tornava mais consciente de que, apesar de seu poder, ele era um ser moldado por escolhas e sacrifícios. O trovão ecoava, mas o silêncio que se seguia muitas vezes era mais perturbador. Enquanto ele continuava, sentiu o peso de seus laços – amigos, família e os próprios Nove Reinos que ele jurara proteger. Sabia que sua jornada estava longe de acabar e que forças ainda maiores se levantariam. Com o Bifröst novamente brilhando sob seus pés, Thor partiu para o próximo destino, consciente de que, onde quer que fosse, o trovão e a tempestade estariam com ele, assim como o fardo de ser o herói que todos esperavam. O vazio escuro do espaço estava em completo silêncio, exceto pelo brilho mortal de uma supernova em erupção. A estrela, prestes a explodir com uma força capaz de obliterar sistemas estelares inteiros, expandia-se rapidamente, lançando ondas de energia cósmica que distorciam o tecido do universo. Corpos celestes, já distantes, tremiam com a aproximação da onda de choque. Era uma força primordial, o fim violento de uma estrela que ameaçava destruir tudo ao seu redor. Mas naquele exato momento, um som começou a ecoar nas profundezas do espaço: o trovão. Thor apareceu, flutuando no vácuo, a silhueta imponente do Deus do Trovão envolta em eletricidade pura. Seus olhos brilharam com a fúria de uma tempestade cósmica. Ele levantou Mjolnir e, em um gesto aparentemente simples, mas carregado com o poder divino, convocou um raio. O raio que irrompeu da cabeça do martelo não era como qualquer outro. Era um relâmpago cósmico, puro poder de destruição e criação, capaz de dobrar o espaço ao seu redor. O relâmpago brilhou mais do que o próprio sol que morria à sua frente, cortando o vazio com um rugido ensurdecedor que sacudiu galáxias. Thor, sem hesitar, direcionou o raio para o núcleo crescente da supernova. Quando o raio atingiu a estrela em colapso, a explosão foi instantaneamente neutralizada. O que era para ser uma onda de destruição em massa, capaz de reduzir planetas a cinzas, foi contido em um silêncio abrupto. A energia da supernova foi engolida pelo relâmpago, como se o poder primordial da explosão não fosse nada além de uma pequena chama diante da tempestade de Thor. Mas o verdadeiro espetáculo estava apenas começando. O feixe de energia que ele invocou não parou na supernova. O raio continuou a avançar, cortando o espaço como uma lâmina de poder divino. Atravessou sistemas estelares com facilidade, e sua força foi sentida em planetas a meio universo de distância. Planetas inteiros tremeram ao sentir a onda de energia passar, como se o próprio tecido da realidade fosse sacudido por aquele único golpe. O raio, de tamanho e poder incompreensível, cruzou galáxias em segundos, atravessando distâncias inimagináveis com a mesma facilidade que um trovão corta o céu. O rastro que deixou para trás era como uma cicatriz no cosmos, uma lembrança de que o poder dos deuses transcende a lógica e a ciência. Enquanto o feixe se dissipava, Thor baixou Mjolnir, flutuando no silêncio profundo do espaço. Ele olhou para o lugar onde, segundos atrás, uma supernova ameaçava todo um setor do universo. Agora, restava apenas a calmaria. O Deus do Trovão havia neutralizado casualmente um evento cataclísmico, demonstrando, mais uma vez, que seu poder não conhece limites. Mesmo a vastidão cósmica não podia igualar a força elemental que ele personificava. Thor sorriu, sabendo que seu trabalho ali estava concluído. As estrelas ainda brilhavam, os planetas ainda orbitavam, e o universo, por mais vasto e incontrolável que fosse, ainda estava sob o domínio de sua fúria tempestuosa. O silêncio que seguiu à neutralização da supernova foi quase assombroso. O universo, que havia sido sacudido por uma tempestade de proporções inimagináveis, agora parecia estar em um estado de suspensão, como se o próprio cosmos estivesse prendendo a respiração. Thor flutuava no vazio, cercado por fragmentos de estrelas mortas e detritos estelares, ainda com a eletricidade residual do raio crepitando ao seu redor. Por um breve momento, ele fechou os olhos, sentindo o pulsar de Mjolnir em sua mão. O martelo parecia vibrar em resposta ao poder que havia acabado de liberar, como se estivesse vivo, conectando-o diretamente à energia primordial que ele havia convocado. Thor sabia que o que acabara de fazer não era apenas uma demonstração de força, mas também uma lembrança de que os deuses podem moldar os destinos do universo com um simples gesto. Mas o universo nunca permanecia em paz por muito tempo. Enquanto o brilho da supernova desaparecia no vazio, Thor sentiu uma perturbação no espaço ao seu redor. Algo se movia nas sombras, uma presença antiga e perigosa que havia sido atraída pelo poder que ele acabara de liberar. O próprio tecido da realidade pareceu distorcer enquanto uma figura massiva emergia das profundezas escuras do espaço. Uma entidade colossal, envolta em sombras e escuridão, apareceu diante de Thor. Suas formas eram mutáveis, como se estivessem sempre à beira de se desintegrar e reformar. Olhos brilhantes, como buracos negros, fixaram-se no deus asgardiano. Thor reconheceu imediatamente a criatura — um Devorador de Estrelas, uma força antiga que vagava pelas galáxias, alimentando-se da energia de supernovas e sistemas inteiros. A criatura parecia ter sido atraída pela explosão contida e pelo poder de Thor. Agora, ela o via como uma nova fonte de energia. "Você ousa intervir na ordem natural do cosmos, Deus do Trovão?" A voz da entidade ecoou em sua mente, profunda e implacável, como se viesse das entranhas do próprio universo. "Eu vim para reivindicar o que é meu.". Thor, sem hesitar, ergueu Mjolnir mais uma vez, seus olhos brilhando com a mesma intensidade que o raio que ele havia invocado momentos antes. "A ordem natural é o que eu digo que é," ele respondeu com uma determinação fria. "Se você quer poder, então venha buscá-lo. Eu sou a tempestade, e você enfrentará o trovão." O Devorador avançou, uma massa de sombras distorcidas e escuridão cósmica, seus tentáculos etéreos estendendo-se pelo espaço, tentando envolver Thor e drenar sua energia. No entanto, Thor não recuou. Ele girou Mjolnir, criando um vórtice de eletricidade ao seu redor, e lançou-se diretamente contra a entidade. Quando o martelo encontrou a escuridão, houve uma explosão de luz e som que ecoou por galáxias. O impacto foi tão poderoso que os próprios planetas ao redor estremeceram, como se o universo estivesse tentando resistir à colisão de duas forças tão imensas. O relâmpago de Thor envolveu o Devorador, e a criatura rugiu em dor e fúria, sua forma etérea sendo dilacerada pela energia divina.Mas a entidade era resiliente. Com um gesto, ela tentou envolver Thor em sombras, buscando apagar sua luz e roubar sua essência. Por um momento, o Deus do Trovão foi envolvido por uma escuridão tão profunda que até as estrelas ao redor desapareceram. No entanto, Thor não era apenas um guerreiro; ele era um deus, e dentro de si havia a fúria de incontáveis tempestades. Com um grito que sacudiu os céus, Thor liberou uma explosão de trovão tão poderosa que rasgou a escuridão em mil pedaços. A força liberada era incomensurável. O raio de Thor não apenas destruiu a forma física da entidade, mas a força do impacto atravessou a vastidão do espaço, cruzando galáxias e sacudindo estrelas. Planetas inteiros sentiram a reverberação daquele momento. As civilizações mais distantes do universo, em mundos que jamais haviam ouvido falar de Thor ou de Asgard, olharam para os céus e viram o brilho da tempestade atravessando o cosmos. A batalha parecia durar uma eternidade e um segundo ao mesmo tempo. Quando o trovão finalmente se dissipou, o Devorador de Estrelas não passava de um eco distante no vazio, seu poder completamente destruído pela fúria de Thor. O Deus do Trovão flutuava, exausto mas vitorioso, enquanto a calmaria voltava ao universo. Ele sabia que a batalha tinha terminado, mas a guerra pelo equilíbrio do cosmos estava longe de ser vencida. Cada vez mais, forças primordiais se levantavam para testar seu poder, e cada vez mais, Thor precisava mostrar que não era apenas um deus entre os deuses, mas uma força do próprio universo. Ele era a tempestade encarnada, o trovão que sacudia as fundações da existência. Thor baixou Mjolnir lentamente, sentindo o peso do universo em seus ombros mais uma vez. Ele olhou para o vasto campo de estrelas, agora pacífico, e soube que esse era apenas o começo. O cosmos era vasto, mas Thor estava pronto. Enquanto houvesse tempestades para comandar, ele continuaria lutando. E no silêncio eterno do espaço, o eco de um trovão ainda reverberava, lembrando a todas as forças cósmicas que o Deus do Trovão estava vigilante. Thor pairava no silêncio do espaço, seu corpo ainda carregado com a eletricidade residual da batalha. Ele olhou para o vazio ao seu redor, a vastidão infinita de estrelas e galáxias. O espaço era uma paisagem vasta e silenciosa, mas ele podia sentir a reverberação de suas ações ecoando por distâncias inimagináveis. A supernova havia sido neutralizada, o Devorador de Estrelas destruído, mas a paz era sempre temporária no universo. Com um pensamento, ele chamou o poder do Bifröst, o portal iridescente que conectava os mundos. Contudo, dessa vez, Thor hesitou. Ele poderia retornar a Asgard, mas sabia que seu dever ia além de sua terra natal. O equilíbrio do cosmos estava em risco, e ele sentia uma presença ainda maior, distante, como se algo ancestral o estivesse chamando das profundezas do espaço. Com um brilho decidido em seus olhos, Thor decidiu seguir seu instinto. Mjolnir girou em sua mão, e o Deus do Trovão disparou pelo vácuo, seu corpo envolto em uma aura de eletricidade cósmica. Ele viajava mais rápido do que a luz, cortando galáxias como um relâmpago que atravessa o céu noturno. O universo ao seu redor era uma pintura viva de luzes e sombras, nebulosas coloridas estendendo-se como rios de poeira estelar, enquanto buracos negros distantes distorciam o tecido da realidade. Thor era uma mancha brilhante em meio a tudo isso, cruzando sistemas estelares com a determinação de um deus em busca de respostas. Enquanto viajava, ele refletia sobre o que acabara de enfrentar. A entidade devoradora de estrelas era uma força poderosa, mas parecia apenas uma peça de algo maior. As estrelas estavam em desequilíbrio, algo antigo e esquecido estava despertando nos confins do universo. Ele sentia a energia do cosmos em sua pele – o universo pulsava com tensão, como um arco preparado para disparar. Mas o que exatamente estava causando isso? E quem ou o que estaria por trás desse distúrbio? Thor passou por planetas onde as civilizações floresciam. Em alguns mundos, ele era adorado como um deus distante, uma lenda viva. Em outros, ele era desconhecido, mas mesmo assim, a sensação de sua presença fazia os seres vivos levantarem os olhos para os céus, em reverência silenciosa. Em um planeta de três sóis, onde as noites eram raras e as montanhas flutuavam em mares de nuvens, Thor pousou brevemente, sentindo as energias cósmicas pulsando ao redor. Ele sabia que aquele planeta sobrevivera à destruição da supernova porque ele havia interferido, mas mesmo ali, ele podia sentir que a harmonia era temporária. "Alguma coisa está errada," Thor murmurou para si mesmo, os ventos alienígenas passando por sua armadura. "Algo muito além do que eu posso ver está em movimento." Então, ele sentiu. Um chamado distante, vindo do centro do universo. Não era uma voz, nem uma presença física. Era algo mais profundo, uma sensação que reverberava diretamente na essência de seu ser divino. Era como se o próprio cosmos estivesse pedindo sua intervenção, uma entidade cósmica que apenas ele, como o Deus do Trovão, poderia confrontar. Ele sabia que não podia ignorar esse chamado. Thor retomou sua jornada pelo espaço, mas agora com um novo destino em mente. À medida que avançava, sua velocidade aumentava, os relâmpagos cortando o espaço ao seu redor, criando um rastro de eletricidade que dançava no vazio. A viagem era longa, mas para Thor, o tempo era irrelevante; ele existia além das limitações mortais. Passando por uma galáxia espiral gigante, ele viu os planetas orbitando serenamente ao redor de seus sóis. No entanto, quando atravessou uma nuvem de poeira cósmica, sentiu uma nova perturbação. Algo estava errado com as estrelas ali. Elas brilhavam, mas sua luz parecia turva, distorcida, como se algo estivesse sugando sua energia lentamente. Thor seguiu em frente, até que finalmente chegou a uma fronteira invisível no espaço profundo — o limite entre o conhecido e o desconhecido. Lá, uma estrutura colossal, uma vasta estação espacial que parecia ter sido construída há eons, flutuava na escuridão. Era uma construção tão antiga que sua superfície estava coberta por poeira cósmica e pequenos meteoros. Suas formas geométricas não pareciam ter sido feitas por mãos mortais; eram complexas demais, desafiando as leis da física comum. Thor não pôde deixar de se perguntar quem ou o que havia criado aquele lugar. Ele pousou suavemente na superfície da estação, sentindo uma energia latente vibrar sob seus pés. Thor olhou ao redor, e com Mjolnir em punho, avançou pelas vastas e silenciosas passagens do lugar. À medida que explorava a estação, ele começou a ver sinais de algo antigo e poderoso, um artefato cósmico perdido que parecia estar no centro do distúrbio que ele havia sentido em todo o universo. Finalmente, no coração da estação, Thor se deparou com um altar gigantesco. No centro, uma esfera flutuava, emitindo uma luz suave que pulsava como o batimento cardíaco de uma entidade cósmica. Ele sabia que aquilo era mais do que um simples artefato; era uma chave para um poder incomensurável. "Então é isso..." Thor murmurou. "A origem de toda essa perturbação." Mas antes que ele pudesse se aproximar, uma nova presença se fez sentir. Uma figura encapuzada e envolta em sombras surgiu do vazio, suas formas indistintas e seu poder quase palpável. "Você chegou longe demais, Deus do Trovão," disse a figura, sua voz como um sussurro que ecoava pelo espaço. "O que você busca aqui está além de sua compreensão... e fora de seu alcance." Thor apertou o cabo de Mjolnir com mais força, seus olhos faiscando. "Eu sou o Deus do Trovão. Nada está além do meu alcance." O ar ao redor dele começou a vibrar enquanto ele se preparava para mais uma batalha. Thor manteve Mjolnir erguido, os trovões sussurrando ao redor enquanto a figura encapuzada se aproximava. As sombras ao seu redor pareciam vivas, distorcendo a luz das estrelas que atravessava o vazio. Thor sabia que estava diante de algo muito mais antigo do que qualquer inimigo comum. Esta presença carregava a sensação de um poder primordial, uma força tão antiga quanto o próprio universo. "Euzel..." Thor murmurou, reconhecendo agora o nome que ecoava nas histórias esquecidas, contadas apenas pelos mais antigos entre os deuses. "O Criador do Picanço." Izel, a entidade antiga, se revelou mais claramente diante de Thor. Seu corpo não tinha uma forma sólida definida, oscilando entre a realidade e a imaginação, como uma pintura viva que mudava constantemente. Seus olhos brilhavam como estrelas distantes, refletindo eras de destruição e criação. Ao seu redor, pequenas formas sombrias flutuavam – criações de Izel, fragmentos do Picanço, entidades feitas de pura força destrutiva. Elas se moviam com uma quietude ameaçadora, esperando a ordem de seu mestre. "Você chegou longe, Thor de Asgard," disse Izel, sua voz um sussurro que parecia vibrar dentro da mente do Deus do Trovão. "Mas este lugar... esta esfera... ela pertence a mim. Foi minha criação desde os primórdios, moldada pela ideia projetada na Realidade. Você não entende o que está em jogo." Thor estreitou os olhos, ainda girando Mjolnir em sua mão, criando faíscas e raios ao seu redor. "Eu entendo o suficiente, Izel. Você destruiu planetas inteiros em sua busca por poder. E isso," ele apontou para a esfera pulsante no altar, "é o que você está atrás, não é? Os Monólitos. O poder de reescrever a realidade.". Izel sorriu, um sorriso frio e distante. "Os Monólitos são mais do que simples objetos de poder. Eles são a chave para transformar a imaginação em realidade, para moldar as leis que governam o mundi. Eles são a ferramenta que me permitirá corrigir o desequilíbrio do cosmos. Vocês, deuses, se preocupam com o poder, mas não veem o grande quadro. Eu sou uma entidade de criação e destruição, e meu trabalho está longe de acabar.", Os olhos de Thor faiscaram de raiva. "Corrigir o cosmos? Você destruiu mundos em seu caminho, apagou civilizações inteiras! Não importa quais sejam seus propósitos. Eu não vou permitir que você use esse poder para mais destruição.", Izel levantou uma mão, e as criações do Picanço começaram a se mover. As formas sombrias ao redor dela se contorceram, materializando-se em criaturas feitas de escuridão e fogo. Seus corpos eram compostos de matéria instável, como se fossem fragmentos de uma realidade que não deveria existir. Elas começaram a rodear Thor, prontas para atacá-lo a qualquer momento. "Você não entende, Thor," Izel disse calmamente. "A destruição é parte do ciclo. O que eu busco é algo maior do que o poder bruto que você tanto valoriza. Com os Monólitos, posso reescrever as próprias leis que mantêm o universo coeso. Eu posso mudar a realidade, criar uma nova ordem onde eu sou o arquiteto e as leis do mundi se curvam à minha vontade." Thor, sem desviar o olhar, começou a girar Mjolnir com mais força, criando um vórtice de energia ao seu redor. O martelo brilhou intensamente, cercado por trovões que sacudiram a própria estação espacial. As criaturas do Picanço hesitaram por um momento, sentindo o poder absoluto que emanava do Deus do Trovão. "Você fala de moldar a realidade," Thor disse, sua voz grave. "Mas eu sou a tempestade, e nem mesmo você pode controlar o caos do trovão. Se você quiser usar esses Monólitos, terá que passar por mim." Sem mais palavras, Izel levantou os braços, e o confronto começou. Suas criações, as criaturas etéreas do Picanço, avançaram contra Thor em uma onda de pura energia destrutiva. Elas atacaram de todos os lados, cada golpe tentando dilacerar o corpo do Deus do Trovão, como se quisessem arrancar sua essência do espaço e apagar sua existência. Mas Thor era uma força da natureza. Com um movimento rápido, ele lançou Mjolnir contra o chão da estação, liberando uma onda de choque que atravessou o espaço ao redor. Relâmpagos desceram dos céus, rasgando as sombras e incinerando as criaturas de Izel. Cada uma delas foi destruída em um flash de luz, seu poder insignificante comparado à fúria divina do trovão. "Você subestima o poder da imaginação," Izel gritou, sua voz agora cheia de raiva. "Eu sou o criador de realidades, e você não é nada além de um deus aprisionado em uma ideia antiga." Com um gesto, Izel tocou a esfera flutuante no altar. Um feixe de luz saiu do Monólito, e o próprio tecido do espaço ao redor de Thor começou a distorcer. Realidade e imaginação se fundiram enquanto Izel moldava o espaço ao seu redor. Planetas e estrelas distantes começaram a mudar de forma, como se o próprio universo estivesse sendo reescrito diante dos olhos de Thor. De repente, Thor sentiu a gravidade ao seu redor desaparecer. Ele foi puxado por uma força invisível, como se o espaço estivesse tentando absorvê-lo em um vácuo. Mas, mesmo enquanto o universo se torcia ao redor, Thor permaneceu firme, os trovões em seu corpo mais fortes do que nunca. "Você pode tentar reescrever a realidade," Thor gritou, convocando o poder de todos os trovões que governava. "Mas há algo que você não pode controlar, Izel. O caos do universo, a força bruta da tempestade. E eu sou o Trovão encarnado!" Com uma explosão final de energia, Thor girou Mjolnir e disparou um raio direto contra a esfera de luz. O impacto foi devastador. O trovão rasgou a manipulação de Izel, e a esfera se quebrou em fragmentos brilhantes que se espalharam pelo vazio. Izel gritou enquanto sua conexão com os Monólitos foi interrompida, e as sombras ao redor dela começaram a dissipar-se. Sua forma oscilante ficou instável, e por um breve momento, Thor viu a verdadeira natureza da entidade — uma ideia que existia no limiar entre a imaginação e a realidade, mas que não podia permanecer coesa sem o poder dos Monólitos. Thor, ofegante, manteve-se em pé enquanto Izel se dissolvia, fragmentada pela perda de seu controle sobre a realidade. As últimas palavras de Izel ecoaram no ar. "Isso ainda não acabou, Deus do Trovão... as ideias nunca morrem..." Enquanto o eco desaparecia, o silêncio voltou ao espaço. Thor olhou para os fragmentos da esfera, agora dispersos. O perigo havia passado, mas ele sabia que o equilíbrio do cosmos ainda estava em jogo. A entidade de Izel poderia ter sido destruída, mas o poder dos Monólitos ainda existia. Thor levantou Mjolnir, e com um relâmpago brilhante, ele desapareceu no Bifröst, voltando ao espaço infinito

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Ben 10: Omniverso Memoriado
Teen FictionApós um encontro com uma entidade cósmica poderosa durante uma batalha interdimensional, Ben Tennyson ganha um presente peculiar - a memória de todas as suas incarnações em todas as dimensões do multiverso. Agora, equipado não apenas com o Omnitrix...