𝓕 inalmente chegamos na casa de Madelyn, eu não queria ficar lá, mas é melhor do que dormir no cemitério .
— Se sinta à vontade Bellita ! — sorriu abrindo a porta .
Bellita?
— Está um pouco bagunçado porque estava fazendo uma torta de cereja hoje mais cedo . . . Quer um pouco? — perguntou .
— Não, obrigada .
Era uma casa aconchegante, apesar do tamanho, a cozinha e a sala estavam no mesmo cômodo, alguns livros de culinária estavam espalhados pela bancada junto a um pouco de farinha que ela deve ter derrubado enquanto fazia a receita .
A escada levava para o quarto, era bem pequeno, mas era um lugar confortável .— Você pode dormir aqui no quarto ! Eu durmo no sofá sem problema algum .
— Não precisa mesmo Madelyn, eu durmo no sofá, a vista sou eu .
. . .
Depois de muita discussão eu finalmente a convenci a dormir no quarto dela .
Estava morrendo de fome, Madelyn ainda estava dormindo, para não sujar a casa decidi pegar uma sacola de sangue na minha mochila .
Abri a porta de forma sutil e fui para a fora, seria perigoso derramar sangue no tapete da garota . Sentei-me um pouco distante da casa, abri a sacola e bebi desesperadamente, até que escutei um barulho na floresta .Mas que porra?
— O que uma princesa dessas faz acordada essas horas? — um homem se aproximou .
— Perdão?
— Madame, seu olhar é encantador — ele segurou minha mão para beija-la .
— Não lhe dei permissão para me tocar — afastei minha mão — peço para que não faça novamente antes que eu arranque seus órgãos .
— Que indelicado princesa — ele sorriu e mexeu no bolso, tirando duas moedas de prata — isso deve ser o suficiente — disse me dando-as .
— O que pensa que está fazendo? — franzi a testa .
— Uma moça tão linda não deveria estar sozinha, venha para os meus aposentos comigo — ele se sentou ao meu lado e tentou colocar a mão em minha coxa .
— Eu não sou prostituta — o encarei seriamente e tirei a mão dele de meu corpo .
— Ah, perdão — ele tirou uma moeda de ouro de seu bolso — talvez isso te convença, além disso, o que uma bela moça estaria fazendo na casa de uma acompanhante se não é também?
— Oi? — arregalei os olhos .
— Madelyn foi abandonada quando tinha cinco anos, foi abrigada por acompanhantes como ela, para sobreviver ela levou essa vida — ele colcou a mão em minha cintura — isso também vai acontecer com você, princesa .
Como um homem que nasceu de uma mulher pode resumi-las à um objeto? As pessoas tem que sobreviver com o que tem, desmerecer a pessoa pela vida que leva é um saco .
— Ja lhe disse para tirar a mão de mim, e essa " puta " que você tanto diz, peço que não fale mais dela desse jeito .
— Ela é uma puta, princesa — riu — eu não estou a ofendendo, ela que quis levar essa vida de vadia .
Eu não consegui mais me segurar, Madelyn era irritante pra caralho, mas ela é gentil, ela não é uma vadia, ela só precisa sobreviver .
Quando percebi ja havia derrubado aquele homem no chão, subi em cima dele e comecei a enforca-lo, mordi o pescoço dele e nunca degustei um sangue tão impuro e sujo . O que faz o sangue de um ser vivo ser ruim é seu coração impuro, o gosto do sangue desse homem me enoja .
Ele já estava sem vida quando terminei de arrancar o sangue, estava pálido, quase como um vampiro, ele morreu com um olhar agonizado, o que me confortou o resto da noite . O joguei na floresta e dormi sem remorso algum, foi minha primeira vítima e nunca me senti tão bem em matar alguém .
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' 𝓢 olstice ritual †
Vampire☆ - 𝓝a sua família existe tradições? Na minha existe, mas são peculiares . Ouvi dizer que toda familia de vocês, humanos, tendem a fazer uma grande festa ao completar seus quinze anos de vida, na minha família acontece algo parecido . No solstíc...