Astelle - Black Clover

Nairn - Última parte

A fumaça, enfim, se dissipa. Cerro os lábios com força. Abaixo o olhar para os meninos que gritavam, com a voz embargada, o nome de Rebecca. Dou alguns passos adiante e abro uma passagem para eles. Mal Asta e Rebecca adentram a cúpula de água, somos atingidos por mais um ataque de magia gravitacional. Esse foi tão rápido que nem sequer consegui senti-lo. O baque foi mais forte desta vez; desmanchou nossa defesa. Um nó se forma na minha garganta. Onde raios eles estão?! Covardes!

Apenas nossa defesa se desfez; por sorte, não nos ferimos e nenhum outro desastre ocorreu ao redor. Corro na direção dos dois e me jogo de joelhos ao lado da ruiva; as crianças imitam o gesto. Apenas a parte de baixo do seu vestido cor de pêssego a cobria; seus seios estão à mostra, cobertos de sangue, assim como seu abdômen. Seus braços também estão sujos do líquido vermelho.

Uma gota de suor passeia pela minha face franzida. Ergo-me, tentando inutilmente controlar o tremor que percorre meu corpo. Cerro os punhos. Ela está perdendo muito sangue!

- Escuta aqui! Temos que achar um médico agora! Ela não vai aguentar muito tempo - encaro Asta, que ainda não saiu do transe desde o último ataque. Toco seu ombro, sorrindo levemente. - Eu vou levar ela e os pirralhos para um lugar seguro. Será que você consegue se virar sem mim?

Ele assente, sorrindo de volta.

Avisto mais pessoas se aproximando; algumas também estão feridas.

- Por favor, nos ajudem, cavaleiros mágicos! - pediu uma senhora idosa que, apesar da idade, demonstra ser bastante forte. Trazia consigo, no colo, um rapaz de aparência jovial, provavelmente seu neto. Mas ele não aparenta estar machucado.

- Levem ele com vocês, eu imploro! Gatsu não pode andar!

Toco seu ombro delicadamente, sorrio e tento transparecer o máximo de confiança possível.

- Não se preocupa, vamos salvar todos vocês.

Abro meu grimório e manifesto o feitiço.

- Magia de criação de água: Berço do Dragão do Mar!

A esfera de água se expande no ar. Faço sinal para que todos entrem nela e me ajudem a levar os feridos para lá.

De repente tenho um choque de realidade: eu deveria ter ido há muito tempo; Rebecca está em estado grave. Volto a minha atenção para ela e me assusto ao ver um homem de cabelos loiros agachado, com as mãos estendidas na direção dela.

- O que você pensa que tá fazendo...? Uh?

Arregalo os olhos. O sangramento cessou.

- Vamos, cavaleira? A minha magia é temporária; depois que desfeita, a moça só terá mais vinte minutos.

Assinto, ainda incrédula.

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Oiê, espero que tenha gostado desse capítulo. Eu escreveria mais, porém tive um imprevisto.

Gostaria muito de saber se você está gostando desse toque de ação que pus na fic. Está?

Ah. Não irei desviar do foco principal: O casal. Só achei interessante acrescentar outros "elementos" no enredo.

Então é isso, obrigada por ler. Sexta-feira tem mais.