28. SEGURA

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Richard Ríos' Eu não conseguia parar de pensar na Virgínia, ela saiu do CT sem dar explicações ela nunca vai embora mais cedo e ainda mais sem dar explicações

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Richard Ríos'
Eu não conseguia parar de pensar na Virgínia, ela saiu do CT sem dar explicações
ela nunca vai embora mais cedo e ainda mais sem dar explicações.
Preferi ir ver isso pessoalmente, fui até a casa da Amanda, que é aonde ela tá ficando

Chego à casa da Amanda, e quem me atende é ela mesma, com uma expressão meio tensa, mas disfarçando bem. Quando olho para dentro, vejo Virgínia no sofá, claramente surpresa ao me ver.

- Richard - ela fala, levantando rapidamente.

- Tá tudo bem? - pergunto, me aproximando e a abraçando. - Saiu mais cedo do CT hoje.

- Tá sim - ela responde, se soltando e tentando soar despreocupada, mas noto algo estranho em seu tom.

- Fiquei sabendo que alguém entrou na sua sala. Isso é sério? - digo, observando sua reação.

Ela desvia o olhar por um instante e dá de ombros, visivelmente desconfortável.

- Ah, não sei... Vi só um vulto, nada demais. Deve ter sido algum funcionário - ela tenta minimizar a situação, mas algo não bate. Amanda, ao lado, cruza os braços e finge estar alheia à conversa, mas percebo que há mais coisa acontecendo.

- Não parece normal. Você tem certeza de que não aconteceu mais nada? - insisto, olhando diretamente nos olhos de Virgínia.

- Richard, sério, não tem com o que se preocupar. Foi só um vulto, tô bem - ela tenta me tranquilizar, mas sua expressão me deixa desconfiado.

Amanda fica em silêncio, mas noto uma troca de olhares entre as duas. Elas estão escondendo algo, e isso só aumenta minha preocupação.

Decido não pressionar mais, mas fico atento. Chego mais perto de Virgínia, pego sua mão e digo suavemente

- Só quero que você saiba que, se tiver algo, pode contar comigo, tá? Eu tô aqui.

Ela sorri levemente, e então nos aproximamos, os lábios se encontrando em um beijo suave. Por um instante, tudo parece ficar em segundo plano, mas minha desconfiança permanece lá no fundo.

Após o beijo, fico em silêncio por um momento, ainda sentindo que algo está errado. Decido não pressionar mais naquele momento, mas a preocupação ainda me corrói.

- Bom, se você diz que está tudo bem... - digo com um tom meio desconfiado, mas tentando não demonstrar tanto.

- Eu só preciso descansar um pouco, acho que a viagem e o trabalho me deixaram exausta - ela responde, tentando mudar de assunto.

Sento ao lado dela no sofá, sem afastar meus olhos. Amanda se levanta, talvez para dar um pouco de espaço, e diz

- Vou pegar um café na cozinha, já volto.

Quando ficamos a sós, me viro para Virgínia

- Sabe, tô começando a achar que você tá fugindo de mim.

Ela ri, mas é uma risada nervosa. Ainda assim, se inclina e deita a cabeça no meu ombro, o que me faz relaxar um pouco.

- Eu? Fugindo? Nunca - ela diz em tom leve, mas eu sei que tem algo acontecendo.

Ficamos ali, em silêncio, apenas sentindo a presença um do outro. Mesmo sem mais palavras, o clima de desconfiança persiste, mas decido não apertar mais. Por agora, o importante é ela se sentir segura.

Virginia Escobar'Por mais que eu tentasse, parecia impossível me afastar do Richard

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Virginia Escobar'
Por mais que eu tentasse, parecia impossível me afastar do Richard. Algo nele me prendia, mesmo com a sensação incômoda de que alguém estava de olho em mim. A cada vez que o pensamento de que alguém poderia estar me espionando passava pela minha mente, meu corpo ficava todo arrepiado.

- Relaxa, aqui ninguém vê vocês dois. - Amanda sussura pra mim.

Ela tenta me acalmar, mas eu não consigo evitar olhar de relance para as janelas.

Richard, sentado ao meu lado, nota minha inquietação e me puxa levemente pelo braço, me fazendo encarar seus olhos por um segundo. Ele não diz nada, apenas me observa, como se estivesse tentando entender o que está acontecendo.

Eu sei que preciso contar para ele sobre as ameaças, sobre a sensação de estar sendo vigiada, mas o medo me impede. Se ele soubesse, iria atrás disso, e talvez colocasse a si mesmo em perigo. Então, por enquanto, deixo passar, respiro fundo e tento relaxar.

A mão de Richard pousa suavemente nas minhas costas, e um arrepio percorre. Mesmo sem palavras, a presença dele me acalma, e por alguns instantes consigo esquecer o receio que me consome.

A proximidade de Richard me fazia esquecer, ao menos por um momento, da paranoia que tomava conta de mim.

Cada vez que nossos lábios se encontravam, eu sentia uma mistura de alívio e desejo. Ele acariciava meu rosto, e eu podia sentir o carinho e a preocupação nos gestos dele. O toque de suas mãos me fazia relaxar aos poucos, me deixando imersa naquele instante só nosso.

Entre um beijo e outro, eu olhava para Richard e via a mesma expressão de cuidado e intensidade. Ele parecia querer dizer algo, mas apenas me puxava para mais perto, como se as palavras fossem desnecessárias. Estar ali, com ele, trazia uma paz inesperada, mesmo que por pouco tempo.

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