Eu odeio o quanto eu te amo,não suporto o quanto eu preciso de você. A infância não vai do nascimento até certa idade, e a certa altura a criança está crescida, deixando de lado as coisas de criança
A infância é o reino onde ninguém morre.O som do apito do juiz soava alto dando início a partida de corrida de cavalos e mais uma vez Toji se viu sentado entre aquelas arquibancadas com esperança de que iria conseguir algo com aquela aposta, havia se passado seis longos meses da última vez que Toji havia encontrado com aquela mulher, se questionando a onde ela estaria afinal, um fio de esperança sempre nascia, Toji aguardava ansiosamente para ve-la de novo.
A frequência que Toji começou a ficar naqueles lugares começou a ficar maiores, então nessa noite em específico seria só mais uma noite que ele iria torrar o seu dinheiro em apostas e sakes baratos
Toji não se contentava com a derrota, perdi sempre, amassava o bilhete , voltava, apostava de novo e essa insistência chamou a atenção de alguém distante, escutou um riso ao longe oque fez com que o mesmo se recordasse daquela voz e virasse seu rosto para trás onde teve a visão de daquela mulher sentada algumas cadeiras atrás dele
Seu olhar brilhou, talvez esteja incrédulo com oque estava vendo, mas era automático que um sorriso se abriu naqueles lábios. Aquela promessa que Toji havia feito de não ir atrás dela pareceu soar em sua mente fazendo com que o mesmo ignorasse Nami por um tempo e quando jogou aquele pedido pro alto e se virou, a ruiva não estava mais lá e a feição de Toji foi de desapontamento, talvez fosse só uma miragem...ou não
O inverno havia chegado em Kyoto e isso também se retratava sobre a estação onde a neve caia sobre a cidade , caminhava pelas ruas escuras e pouco movimentadasCalça jeans, tênis e uma blusa de frio grossa, retornava ao seu apartamento novo
Passos pesados soavam atrás da mesma que congelou seu corpo de medo e em meio a adrenalina Nami começou a correrAquilo a perseguia como se fosse um predador, desequilibrou-se caindo sobre o chão onde fechou seus olhos rezando para que aquilo fosse embora
-levanta, não quer morrer de frio né?- Aquela voz era familiar, Nami abriu seus olhos encarando o zenin agachado a sua frente
- Tōji- Sua voz estava trêmula
Ele se ergueu e estendeu sua destra
- Vem..
Ela segurou firme se levantando daquele chão
O olhar de Toji estava distante, mas diferente ao ponto de deixar Nami confusa
- nosso acordo - Tōji passou a mão no topo da cabeça da mesma tirando aquela neve que estava ali a interrompendo em seguida
- É o acordo, eu sei, você colocou como sua regra, mas eu não me lembro de ter concordado com ela ou de ter dito que iria cumprir- observou ela de cima abaixo, notando algumas mudanças da ruiva
- Deixou o cabelo crescer, ficou bom assim- comentou o moreno
As bochechas de Nami tomaram uma coloração avermelhada mais leve, desviou seu olhar de Toji balançando seus ombros- É.. obrigada, mas enfim, foi bom te ver, mas eu preciso ir. - exclamou a ruiva em um tom frio se virando de costas para o mesmo, atravessando a rua
Ele levantou uma sobrancelha se questionando sobre aquele comportamento da ruiva.Em um movimento, Toji agarrou o pulso daquela mulher a virando para si
- espera ai! Você tá estranha- Protestou o moreno
Encarou Nami notando que havia um roxo em seu pescoço.
Toji mordeu seus lábios com força franzindo a sobrancelhas