mesmo com a perna machucada ele não para, minhas pernas em seus ombros, movimentos brutos, estava tudo em branco, coração agitado e a respiração falha, mal conseguia puxar o ar, ele me olhava por cima esboçando um sorriso nos lábios, aquela cicatriz realçava tudo.
estou de novo cedendo a ele, lagrimas escorriam pelo meu rosto , não era algo ruim apenas... era a dor do meu tornozelo machucado, ele mesmo não estava se importando se iria quebrar minha outra perna, se movia com rigidez, parecia mais animado que antes. pude ter a noção de que estava perdendo a consciência
- não desmaie, isso é uma ordem, Nami- Ordenou toji
ele me encarava com ódio, fazia isso tudo com raiva e não me parecia estar satisfeito. interrompeu no meio disso tudo, agarrou meu maxilar, pude vê aquele olhar dele se escurecer não parecia ele naquele exato momento, e com um tranco saiu de dentro de mim, me sentei na cama encarando ele sentado a minha frente, que olhar era aquele, era de desgosto.. talvez, agarrei aquele lençol tampando meu corpo
aquele silencio mórbido se manteve , mal conseguia encara-lo, virei o rosto sentindo minhas bochechas arderem
— desculpa, eu te machuquei — questionou ele me encarando com desdém
— não.. agarrei meu tornozelo machucado, suspirando
afinal oque havia dado nele, por que ele estava daquele jeito, não era justo isso tudo, não fiz nada que contraria-se ele...
ele se levantou ergueu suas peças de roupa e caminhou em direção a porta, me deixando sozinha naquele quarto frio...
.....
O sol nascia, Nami havia adormecido depois daquela situação embaraçosa com Toji, estava melhor conseguia firmar seus pés no chão, saiu daquele quarto virando o corredor daquela casa típica de japonês dando de cara com Toji que cruzou seus braços na frente do corpo, seu olhar subiu e desceu pelo corpo de Nami a fazendo ficar incomodada com aquela atitude
— está melhor!?— sua voz saiu grave
Nami balançou sua cabeça concordando, não queria falar nada sobre oque tinha acontecido
— Trouxe algumas roupas pra você...consegue se limpar sozinha?— perguntava o mesmo arqueando uma de suas sobrancelhas
O semblante de Nami parecia calmo, balançou sua cabeça concordando com o zenin afinal ainda tinha força em sua outra perna pra poder se mover. Se permaneceu naquele silêncio, Toji deixou as roupas encima daquela cama e logo saia deixando Nami sozinha.
......
Eu queria dizer a ela o quão imprudente ela foi, o quão preocupado ela havia me deixado... Mas não saia nada, deixei-a sozinha naquele quarto me sentando naquela cadeira velha enquanto observava do lado de fora pela janela, comprei briga com um Yakuza por ela... E eu não ligo, não me importava, Shiu por um lado estava preocupado, mexia em seu computador vasculhando algo nas redes
— Oque tá fazendo!? — perguntei ele curioso
Shiu me olhou de canto e apagou aquele cigarro no cinzeiro
— vendo se sua cabeça não está a prêmio depois do que você fez!— dava pra notar a irritação de shiu, mas era compreensível.
Virei meu rosto pro lado tendo a visão de Nami com aquela roupa que havia comprado percebendo que havia ficando um pouco grande, notei o rubro em suas bochechas me levantar
— oque foi!? Está com febre? — perguntei indo até ela, segurei na lateral de seu rosto a encarando
— não eu.. tô bem, eu só.. quero voltar pro meu apartamento — dizia a mesma baixinho, puxei o ar e soltei abrindo um sorriso pequeno em meus lábios
— vou te levar pra casa, desculpa se.. eu te machuquei.— realmente estava sendo duro com ela e não queria machuca-la mais ainda.. acho que foi por instinto
.....
Concordei com Shiu em leva-la para casa e assim que chegamos em seu apartamento vi ela se sentando no sofá e relaxando, me sentei ao seu lado ficando pensativo
— nunca mais faça isso.. está me ouvindo? Eu te disse você vai sair dessa vida...
Vi ela me encarar de canto e suspirar
— você é um mercenário, está pedindo pra que eu saia da minha profissão de ladra e você vai continuar com a sua? Sendo que tem risco de morrer?— Ela me questionava, eu realmente tinha motivos por estar naquela vida... Mas ela não tinha motivos pra estar na vida que estava
— é complicado... — ela se levantou apoiando sua mão no sofá seguindo rumo ao quarto
— Nami...— chamei por ela e ela continuou a seguir aquele caminho sumindo da minha vista.
Não pude evitar me levantei e fui atrás dela onde a vi se sentar na beira da cama
— eu não vou sair dessa vida só por que você tá me pedindo, aliás.. Oque deu em você? Acha mesmo que pode mandar em mim!? Não temos nada Toji, minha vida não é de seu interesse — aquelas palavras eram duras, mas isso me irritou.. me irritou com o simples fato dela não se importar com a própria vida, caminhei até ela onde segurei em seu queixo
— escuta aqui, se for pra ter que colocar a droga de uma aliança em seu dedo pra mostrar que você me pertence eu vou! E como tem coragem de dizer que não temos nada? Passamos bons momentos juntos e isso não significou nada pra você!?— minha voz saiu em um tom sério, realmente ela iria jogar tudo pro ar assim!? Aquela cretina metida a sabixona...
Ela virou seu rosto cortando seu contanto visual com o meu, oque me fez suspirar
— tá... Tá, tá, ruiva maldita, quer namorar comigo? Quer casar comigo? Eu compro a droga de uma aliança de diamante se você quiser, mas você é minha, apenas minha está me ouvindo?
Aquelas palavras minhas foi o suficiente pra que ela ficasse vermelha,mesmo com o pé machucado ela se levantou e tentou me dar um soco na qual eu me defendi
— IDIOTA, JÁ TE DISSE PRA NAO BRINCAR COMIGO— ela esmurrava meu peito enquanto gritava comigo me fazendo agarrar seus pulsos
— eu não tô brincando, Nami... Quer namorar comigo ou não? Se sua resposta for não, eu vou embora e nunca mais volto...— a encarei firmemente
...
Ele era tolo, mas que pergunta idiota era aquela, por que ele queria tanto me ter para ele? Encarei aquelas iris verdes que me perseguiam, e com o único pingo de coragem respondi ele
— eu... Quero — senti meus pulmões falharem e com aquela resposta ele me agarrou me abraçando, me escondendo em seu peito e me deixando confortável
— Toji....
