❖... Capitulo 9 ...❖

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Desperto com o coração acelerado com as lembranças do que aconteceu noite passada que ainda estava vivido em minha mente. No quarto ao meu redor, as caixas quase intocadas, me encaravam silenciosas;apenas os livros foram retirados, trouxe comigo meus favoritos, maioria ficou em nosso apartamento em São Paulo.
Levantei-me e caminhei até a janela. Olhei para o caminho que levava ao jardim; a fazenda estava silenciosa, com apenas o som distante dos animais. Meus pés descalços tocavam o chão frio, que tinha um tom alaranjado, lembrando-me do piso da igrejinha perto da casa da minha avó. O sol começava a aquecer minha pele, e, de alguma forma, a sensação era boa. Eu observava ao redor, na esperança de ver ele: sua pele bronzeada, seus passos firmes, seu sorriso.
Decido sair do quarto, vou até o banheiro; escovo os dentes enquanto observo meu reflexo, estou horrível, lavo o rosto com água fria para vê se dou uma despertada e melhorar as olheiras.
O corredor ao meu ado esquerdo me atraí, despertava curiosidade; e que a resposta para saber se foi apenas um sonho ou se tudo aquilo realmente aconteceu.Desço as escadas lentamente, os degraus antigos rangendo sob meu pés.O cheiro do café que estava a sendo preparado me guio até o a cozinha, que ficava na parte externa da casa principal; era uma cozinha que misturava elemento antigos com equipamentos mordendos.O aroma de café fresco misturando-se ao doce perfume de pão recém-assado.
Encontrei dona Lúcia com seu sorriso acolhedo, enquanto mexia um tacho de ferro em um fogão a lenha.

-Bom dia! - disse ela, virando-se para mim. - Senta ai que vou te servir um cafezinho e pão fresquinhos.

- Bom dia,agradeci com um sorriso tímido.

- Dormiu bem?

- Mais ou menos.

Dona Lúcia enxugou as mãos em um pano quadriculado, colocar suas mãos em meu ombro,está com aquele olhar maternal.


- Não tá sendo fácil né, saír da cidade pra vim morar no meio do mato.

- Não é bem sobre isso, eu realmente estou me sentindo bem aqui, é só que... é que não sei explicar mas tem alguma coisa nessa casa que me deixa inquieto as vezes.

seu olhar me encarando por um instante antes de voltar a mexer o tacho.

- Não encontrei ninguém em casa, onde estão todos?

- Foram para a cidade, foram resolver algumas coisas, a menina Júlia queira ir junto, disse que precisava comprar algumas coisa- respondeu com sua voz calma.

- Disseram que horas iam voltar?

- Não, não disseram que horas voltam.

Peguei uma xícara de café e um pedaço de pão que ainda estava quentinho.Um homem entrou apressado na cozinha, ele era baixo e carregava em uma das mãos um boné surrado.


-Bom dia, dona Lúcia. O seu Zé tá por ai? - perguntou, ajeitando o boné na cabeça.

- Ah, o Zé pra cidade - respondeu dona Lúcia- quer um cafezinho?

- Vou aceitar um golinho.

- Era só com ele mesmo?- Fala servindo café para o homem que ainda estava em pé perto da entrada da cozinha.

- Um bezerro escapou lá do pasto e é logo o que o seu Marcos mandou separar pra levar hoje, e bicho tá dando um trabalhão da peste pra pegar.

- Como esse bicho escapou? Tony deve tá lá com os cavalos . Ele pode ajudar, vai lá falar com ele.

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⏰ Última atualização: Oct 23 ⏰

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