Como que o Hermes conseguiu errar o endereço?! Agora Dionísio tinha que resolver isso, mesmo não sendo culpa dele.
Penélope?
PENÉLOPE!?
- Como você conseguiu entregar para alguém que nem fica no OLÍMPIO?!- Dionísio nunca esteve tão nervoso, normalmente ele é descontraído, mas além de Hera ficar puta por não receber o seu pedido, Deméter, mãe da garota de cabelos de fogo, conhecida por ser uma mãe coruja muito apegada a suas crianças iria tirar satisfação com ele sem pensar duas vezes.
Era praticamente lei: Ninguém chega perto dos protegidos de Deméter, NINGUÉM!
Pelo menos aqueles que poderiam apresentar ameaça, e depois de perder metade de cada ano com uma de suas filhas e ter a outra com remorso e rancor dela ela não iria arriscar perder outra jóia preciosa, de jeito nenhum.
- Ela tá morando com a mãe, eu tinha muitas entregas de presentes para ela e... Talvez eu tenha me confundido um pouco.- Hermes tentava se defender e explicou o seu lado, ele também está encrencado, sem dúvidas.
- Podemos falar que é só um presente, vai dar tudo certo.- Dionísio fala enquanto tenta se acalmar, ele pega uma garrafa dos seus famosos vinhos e se senta em uma cadeira para parar e pensar, ele coloca a garrafa na mesa e quando a abre convida seu meu irmão para o acompanhar.
Dionísio se recostou na cadeira, observando Hermes enquanto o deus mensageiro ajeitava as asas que se bagunçaram na pressa. A situação era desconfortável, e o ambiente, que normalmente seria leve e divertido, estava impregnado de tensão. O deus do vinho tomou um gole de seu néctar favorito, permitindo que o sabor adocicado o acalmasse um pouco.— Vamos lá, Hermes. Precisamos encontrar uma solução rápida. Deméter não vai apenas ficar chateada. Ela vai se transformar na mãe mais protetora do mundo — Dionísio respondeu, já imaginando o que viria pela frente.
Hermes assentiu, suas feições um pouco mais relaxadas.
— E se você for até lá, explicar a situação e prometer que vai cuidar dela? Afinal, não sou o único que cometeu um erro — Hermes defendeu-se, nervoso, mas tentando encontrar um ângulo favorável.
— Não sei se isso funcionaria — Dionísio disse, passando a mão pelos cabelos. — Deméter está em estado de alerta máximo. Depois de perder Perséfone para Hades, ela não quer arriscar mais nada. Eu sei como ela é. E, bem, Penélope... ela é especial. Eu não quero ser um motivo para que Deméter me considere uma ameaça.
Hermes franziu a testa, entendendo a gravidade da situação.
— Eu sei. Mas, Dionísio, se você se importar de verdade com ela, precisa se mostrar digno da confiança de Deméter. E, bem, talvez isso signifique um pouco mais de seriedade da sua parte — sugeriu Hermes, tentando ajudar.
Dionísio olhou para a garrafa aberta em sua frente e teve uma ideia.
— Então, aqui está o plano: vamos até o templo de Deméter. Eu vou me apresentar, vou trazer um presente. Algo que mostre que sou responsável e que quero cuidar da Penélope como ela merece.
— Isso é uma boa ideia! — Hermes exclamou, agora mais animado. — Um vinho especial pode agradá-la. Algo que a faça lembrar que eu sou um deus dos prazeres, mas também da abundância.
Dionísio levantou-se e começou a andar de um lado para o outro, sua mente funcionando a mil. Ele não queria desapontar Penélope, e mais importante, não queria que a relação deles fosse prejudicada por um erro estúpido.
— Eu não quero que ela pense que sou irresponsável. Não quero que ela veja meu interesse por ela como uma afronta. Preciso ser cuidadoso.
Hermes balançou a cabeça em compreensão.
— E você precisa mostrar a Deméter que tem boas intenções. A última coisa que você quer é que ela ache que você está apenas se divertindo à custa da filha dela.
— Eu sei, eu sei! — Dionísio disse, sua frustração crescendo. — Não quero que ela pense que estou aqui apenas para fazer festa e trazer problemas. Vou encontrar uma forma de mostrar que estou aqui para proteger Penélope, não para causá-la problemas.
{No Templo de Deméter}
Com os corações batendo forte, os dois deuses se dirigiram ao templo de Deméter. O caminho era rodeado de flores vibrantes e frutas frescas que refletiam a beleza da deusa da colheita. O aroma doce do ambiente ajudou a acalmar os nervos de Dionísio, mas sua ansiedade só aumentava ao se aproximar da entrada do templo.
— E se ela não aceitar suas desculpas? — Hermes questionou, a preocupação evidente em sua voz.
Dionísio respirou fundo.
— Se isso acontecer, eu prometo que vou lutar por Penélope, não importa o que eu tenha que fazer. Ela é a única que importa agora.
Hermes acenou em concordância. Quando finalmente chegaram à porta do templo, Dionísio sentiu o peso da responsabilidade sobre seus ombros.
Com um último gole de coragem, ele empurrou a porta e entrou.
A sala estava iluminada com uma luz suave, e no centro, Deméter estava cercada por flores e grãos. Seus olhos estavam fixos na dupla, e Dionísio sentiu seu coração acelerar.
— Dionísio — disse Deméter, a voz firme e serena. — O que traz você aqui?
Dionísio olhou para Hermes e deu um passo à frente.
— Deméter, eu vim aqui para me desculpar. Um erro foi cometido, e eu quero corrigir isso. Penélope é especial para mim, e eu estou aqui para provar que sou digno de cuidar dela.
Deméter levantou uma sobrancelha, seus olhos avaliando Dionísio.
— Você acha que um simples pedido de desculpas vai resolver o que ocorreu?
Dionísio abriu um sorriso confiante, segurando a garrafa de vinho especial que trouxeram.
— Na verdade, não. Mas eu trouxe algo que espero que mude sua percepção sobre mim. Esse vinho é para celebrar a abundância e a alegria, e eu quero que você saiba que Penélope será sempre minha prioridade.
Deméter olhou para a garrafa, seu olhar mudando lentamente de desconfiança para um leve sorriso.
— Vamos ver, Dionísio. Espero que você esteja certo.
Conclusão do Capítulo
A tensão no ar começou a se dissipar, e Dionísio sentiu que a primeira barreira havia sido quebrada. Ele estava determinado a ganhar a confiança de Deméter, não apenas por ele, mas principalmente por Penélope. O amor que sentia por ela era mais forte do que qualquer erro cometido.
Com isso, o capítulo terminaria, deixando a expectativa sobre como Dionísio conseguiria conquistar não apenas a confiança de Deméter, mas também o coração de Penélope, enquanto navegava pelas complexidades de ser um deus apaixonado.
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Viciante como vinho
RomansaDionísio, deus do vinho, festas e orgias, se apaixona por uma semi-deusa de cabelos alaranjados, lábios rosados, olhos verdes e uma beleza tão grande quanto o seu coração porém todo amor tem obstáculos. ⚠️MINHA PRIMEIRA HISTÓRIA⚠️