XV - O último jogo

120 6 1
                                    

Klergy - No Rest For The Wicked 🎶

"O caçador conhece a paciência, mas a presa conhece o desespero — e ambos são armas poderosas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"O caçador conhece a paciência, mas a presa conhece o desespero — e ambos são armas poderosas."

EVA

Acordei hoje com uma irritação que parecia maior do que o normal. Cada pequeno detalhe ao meu redor me incomodava, e eu já estava perdendo a paciência com tudo. O banho não ajudou em nada; a água quente que deveria me acalmar apenas se arrastou, e quando saí, ainda me sentia presa. Quando o café chegou, mal consegui engolir uma barrinha de cereal. Era tudo tão sem gosto, assim como a minha situação.

Será que os desgraçados vão aparecer hoje? — pensei, a ansiedade pulsando em meu peito. A ideia de que hoje poderia ser diferente me deixava inquieta. Não sabia se conseguiria ficar calada novamente. Meu humor hoje estava, completamente diferente do de ontem, eu sou a porra de uma bipolar.

O som da porta se abrindo interrompeu meus pensamentos. Damian apareceu na porta, sua carranca e rosto frio contrastando com a sensação de tumulto dentro de mim. Era difícil acreditar que ele tinha chupado minha boceta dias atrás e gostado, e agia como se nada tivesse acontecido.

— Um minuto — foi a única coisa que ele disse, sua voz impessoal. A arma que ele carregava, uma AK-47, balançava levemente ao seu lado, um lembrete da ameaça constante que éramos.

Caminhei atras dele, tentando ignorar Lucien que estava atrás de nós. Eles pareciam ter um acordo de me ignorar, e eu me esforçava para manter a mesma indiferença.

Mas então, enquanto seguimos pelos corredores, algo mudou. Ele abriu uma porta que dava para fora da casa. Uma onda de excitação e euforia cresceu dentro de mim, quase como um fogo aceso. Eu estava prestes a ver o mundo exterior novamente. Talvez essa fosse a minha chance.

Ainda em fila, passamos por uma piscina cintilante, um jardim bem cuidado, e um caminho de pedras que machucava meus pés descalços. A dor era insignificante comparada à adrenalina que pulsava em minhas veias.

Finalmente, chegamos a uma clareira onde havia um chalé de frente para a vasta floresta. A visão era deslumbrante e intimidadora, com as árvores se ergendo majestosas como sentinelas. O ar fresco preenchia meus pulmões, e a liberdade parecia mais próxima do que nunca.

Lucien nos posicionou lado a lado, como se fôssemos peças de um tabuleiro de xadrez. Meu coração acelerou, uma mistura de ansiedade e raiva, enquanto Damian se aproximava, a expressão implacável no rosto. Ele começou a colocar coleiras de metal em nossos pescoços, cada clique alto soando como um aviso ominoso. Suas mãos tocaram minha pele brevemente, e um arrepio percorreu meu corpo, uma resposta involuntária que eu não conseguia controlar. Filho da puta, como ele podia ter esse poder sobre meu corpo?

O clique da coleira ecoou na minha nuca, um lembrete constante do meu cativeiro. Era um pouco desconfortável, mas não pesado. Mesmo assim, a sensação de estar presa me deixava inquieta.

SEM SAÍDA / DARK ROMANCEOnde histórias criam vida. Descubra agora