Salem, Massachusetts
1693
Uma tocha de fogo move-se em meio a escuridão, a floresta era envolta de uma neblina densa, que parecia engolir a floresta.Duas figuras encapuzadas surgem, segurando brutalmente Agatha Harkness.
— Não, Não, por favor. — Ela implorava por misericórdia, enquanto era carregada até uma área iluminada por tochas, que formavam um círculo.
Ela é amarrada no grande tronco escuro, que se posicionava ao meio do círculo de tochas.
— Agatha Harkness, você é uma bruxa? — a voz madura disse, enquanto o coven de bruxas se formavam em volta dela.
— Sim.— Ela responde fervorosamente
— Ainda assim traiu o seu coven. — A voz madura afirma, retirando o grande capuz preto, que cobrirá sua face.
— Eu não trai! — Agatha afirmava.
— Você roubou conhecimento acima de sua idade e posição, e praticou a mais maligna das magias. — A voz madura continuava a acusá-la inefavelmente.
— Eu não violei suas regras. — Ela diz com a expressão de choro, ainda presa. — Elas simplesmente se dobraram ao meu poder.
O coven observava cada meticuloso movimento de Agatha, enquanto sussurravam um conjuramento de morte.
— Esperem, não, por favor me ajudem! — O desespero tomou conta de sua face.
Agatha olhou para a mulher madura a sua frente, que a observava com desdém, o som da respiração ofegante de Agatha ecoava no silêncio da floresta, enquanto o coven a cercava como um bando de lobos famintos. O olhar da mulher madura, que se revelara como a líder do coven, era impiedoso.
— Você se esqueceu das lições que lhe ensinei? — ela indagou, sua voz fria. — O poder sem controle é uma maldição, Agatha. Você não apenas desrespeitou nossas tradições, mas também colocou todos nós em perigo.
Agatha sentiu o peso das palavras, cada uma delas como facadas em seu coração. Ela não queria ser uma traidora; apenas buscava o conhecimento que sempre sonhara.
As bruxas ao redor começaram a murmurar, as palavras se entrelaçando em um feitiço de desprezo e condenação. Uma delas, de cabelos escuros e olhos penetrantes, ergueu a mão, silenciando os outros.
— O que você fez não é apenas a busca por conhecimento, Agatha. Você usou esse poder para manipular, para ferir. — A mulher a encarou com um olhar de reprovação. — E agora, você deve arcar com as consequências.
— Não! Eu sou parte de vocês! — Ela implorou, suas lágrimas misturando-se com a terra sob seus pés. — Eu posso ser boa!
A líder do coven inclinou a cabeça, avaliando a jovem diante dela.
— Mãe, por favor! — Ela gritou novamente, sua voz quebrando em desespero. — Eu não posso controlar!
A mulher hesitou por um momento, mas logo seu semblante endureceu novamente.
— Não! Você não pode ser boa.
As bruxas começaram a entoar um cântico, suas vozes se elevando em uníssono, invocando os poderes ancestrais que as ligavam. A atmosfera se eletrificou, e a neblina que envolvia a floresta começou a girar em torno delas.
Agatha, ainda amarrada, sentiu a força do feitiço se intensificando, como se uma tempestade estivesse prestes a surgir.
— Não! — Ela gritou em desespero, a realidade de sua situação se afundando em sua mente. — Eu não quero morrer!
Ás 7 bruxas a atingiam, os gritos de Agatha ecoavam pela floresta como um pedido de suplica, enquanto era atingida por tamanha magia.
A expressão confusa de sua mãe, ao ver ela resistir a magia lançada, fez Agatha soltar um sorriso perverso, enquanto soltava suas duas mãos do tronco, em um movimento meticuloso com as mãos, Harkness derrubou às 7 bruxas instantaneamente sob o chão, mortas. Ela havia sugado todo o poder que lhe fora atingido como forma de feri-la.
— Mãe! por favor, eu não posso controlar — Ela gritou ao notar sua mãe se projetar para atingi-la com sua magia.
Sem hesitar sua mãe a atingi, fazendo Agatha fechar os olhos, sentindo todo o poder sendo tomado para si.
Uma lágrima escorrerá dos olhos de Agatha, ao ver sua mãe cair sobre o chão, também morta.— O que eu fiz? — sussurrou Agatha, a voz tremendo enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto. O poder que antes parecia um presente, agora era um fardo pesado, uma maldição que a isolava ainda mais de quem ela realmente queria ser.
As sombras ao redor começaram a se agitar, as árvores pareciam inclinar-se, e a neblina que antes girava agora se dissipava lentamente, revelando um céu claro que começava a surgir.
— Agatha! — A voz de Rio Vidal trouxe Agatha de volta à realidade, a fazendo despertar da transe que a envolvia. Ela surgiu entre as árvores, seguida por Jen, Lilia e o Jovem.
Agatha olhou para eles.
— Agatha o que você viu?
— Eu...
O Jovem avançou apressadamente, fazendo Vidal o segurar firme pelo braço.
— Não! — Ela disse, enquanto olhava para o Jovem.
— Você matou a Alice!! — O jovem pronunciava as palavras que eram cheias de rancor. — Sua mãe tinha razão, ela deveria ter te matado no momento em que você saiu do corpo dela...
A mão dominante de Agatha bateu sobre a face do Jovem, carregada pelas palavras que acabará de ser ditas.
Com os olhos carregados, ela se aproximou do mesmo, que ainda se recompunha do tapa que levará, Rio se aproximou, segurando sutilmente Agatha pelo braço.
O jovem se virou, expondo a face, agora que apresentava um pequeno corte, na maçã de seu rosto. A mesma não cedeu o olhar, o encarou no fundo de sua alma, e teve certeza de que:— Você é muito igual a sua mãe — Ela levantou seu rosto com os dedos, e riu, ao notar o olhar semelhante com o da mesma.
— Como você..? — A expressão do jovem era confusa.
— Quando nós conhecemos, Billy Maximoff — A expressão de todos se espaireceu.
— Você é filho da Feiticeira Escarlate? — A voz incrédula de Lilia, revelou o medo de todas ao redor.
— Vamos seguir o caminho. — Agatha diz, quebrando o clima.
—Não! — O jovem diz, fazendo a mesma parar e virar-se. — Eu não confio em você, vou seguir sozinho. — Ele conclui.
— Todos seguem o caminho, ou não seguimos! — Ela diz, o encarando. — Não me interessa o que você quer no final do caminho. — Ela se aproxima mais perto — A mamãe morta? ou será o papai? Oh o irmãozinho gêmeo, é isso não é?
— Agatha já chega! — diz Jen, ao notar a mão de Billy fervilhar em um tom azulado, prestes a agarrar sua isca.
(...)
Xoxo, até a próxima queridos leitores! ♡
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Last Conjuration
FantasyUma história Original, inspirada em "𝑨𝒈𝒂𝒕𝒉𝒂 𝑨𝒍𝒍 𝑨𝒍𝒐𝒏𝒈". Um evento canônico no Caminho das Bruxas, despertará profundos sentimentos, a cada provação. Mas, ¿oɥuıɯɐɔ op ɯıɟ oɐ oɐ̰ɹɐƃǝɥɔ sɐxnɹᙠ sɐʇuɐnb créditos da capa: pinterest