Direi onde te encontrar

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Agatha piscou algumas vezes, tentando processar o que havia acabado de acontecer. O quase beijo parecia tão real, mas agora, Vidal não estava mais ali. Ela ficou parada, os olhos fixos no vazio, como se esperasse que, a qualquer momento, Rio Vidal reaparecesse diante dela.

A voz de Lilia a puxou de volta para a realidade. Agatha virou-se lentamente em sua direção, ainda confusa.

— Agatha? — Lilia chamou novamente, preocupada. — Está tudo bem?

— Sim, só... — Agatha tentou encontrar as palavras certas, mas sua mente ainda estava mergulhada nas memórias conflitantes que haviam se desenrolado. — Só estava pensando em algumas coisas.

Lilia se aproximou, claramente notando a inquietação de Agatha. Ela franziu a testa, mas não pressionou. Apenas ofereceu um sorriso compreensivo.

— Vamos — Agatha finalmente disse, endireitando-se e tentando afastar os pensamentos. — Precisamos continuar.

As palavras de Vidal ecoavam em sua mente: "Podemos começar com a verdade."

(...)

A próxima aprovação se aproximava, com a noite intensa e nebulosa se aproximando, o Coven se acomodou próximo a uma grande árvore.

Elas fizeram uma fogueira bem próximo a árvore que acomodaram seus pertences, se sentando em volta do fogo, que velava o frio agudo da floresta.

— Agatha Harckness te puxando para fora da aprovação, foi realmente surpreendente. — Jennifer disse, fazendo Agatha a olhar com desdém.

— Disse a primeira a entrar pela porta. — Agatha diz, de maneira ácida.

Jennifer apenas riu, sem se deixar abalar pela resposta de Agatha.

— Pelo que eu me lembre bem, eu não matei o meu próprio Coven.

O crepitar da fogueira iluminava seus rostos, criando sombras dançantes que pareciam refletir a tensão no ar. As outras integrantes do Coven, sentadas em círculo, trocavam olhares nervosos, cientes da rivalidade que estava crescendo entre as duas.

Lilia, decidiu intervir.

— Vamos nos concentrar no que realmente importa. Estamos aqui para nos preparar para a próxima aprovação, não sabemos o que está por vir. — Ela olhou de uma para a outra, tentando suavizar a atmosfera pesada.

Agatha respirou fundo, forçando-se a relaxar.

(..)

A noite avançava, e o Coven se acomodava em volta da grande árvore, caindo em um sono sonolento.

Agatha estava em volta a fogueira, junto a Billy.
O sono parecia não chegar.

— Billy, você ainda está acordado? — sussurrou Agatha, olhando para o jovem que estava ao seu lado.

Billy virou-se para ela, os olhos ainda reluzindo com a luz do fogo.

— Sim, não consigo dormir. O que há com você? — perguntou ele, sua voz baixa, quase um sussurro.

Ela se projetou para falar, mas calou-se.

— Às vezes me pergunto se você realmente pisou no caminho das Bruxas antes. — Ele diz, se retirando.

Fazendo Agatha fechar os olhos em resposta, ela levou as mãos até a testa, franzindo o cenho, os olhos agora marejados, pelas cruéis palavras de Billy.

(...)

O sono ainda estava relutante, fazendo Agatha fechar os olhos, agora, um pouco mais lentamente.
Ela sentiu um vento forte a percorrer, fazendo a fogueira em sua frente, se apagar.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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