Plano.

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Seria uma grande mentira se eu dissesse que consegui dormir a noite inteira, pois eu não consegui. Eu não consegui fechar os olhos nem por cinco segundos seguidos, o medo estava instalado no fundo da minha mente. Meus olhos ardiam, pois já não havia lágrimas para derramar, mas a vontade sempre voltava e era agonizante.

Félix tinha se aproveitado de tudo. Doeu. Doeu pra caralho. Eu não tinha forças para mexer minhas pernas. Em minha cabeça, se algo dessa forma acontecesse, eu iria lutar, me contorcer e gritar. Nada disso aconteceu. Meu corpo ficou mole e paralisado. Parecia que meus membros haviam perdido a conexão com meu cérebro, ficando dormentes.

Toda vez que ele beijava meus lábios, minha cabeça dava cambalhotas. Me encolhi, enterrando o rosto nas mãos. Os soluços vieram, mas eram secos e doloridos. Parecia que minha garganta estava queimando, implorando por água.

Cada vez que eu fecho os olhos, revivo aquele momento várias e várias vezes. Era como se meu próprio cérebro quisesse ver minha destruição, até acabar com minha sanidade mental. Meu coração acelera, batendo contra meu peito, quase como se eu fosse vomitá-lo.

Minhas costas queimam, meu estômago se contrai, como se meu corpo já estivesse temendo um próximo ataque. Não posso relaxar, não consigo respirar sem sentir um aperto no peito.

Senti um toque no rosto e me encolhi imediatamente. Era uma senhora com cabelos grisalhos. Ela tenta me expulsar para fora da cama, mas minhas pernas doem. Grunhi de dor e, quando olho para minha cama, ela está suja de sangue onde minhas coxas estavam.

No momento em que ela toca em meu torso, eu a empurro para longe. Meu corpo aparenta entrar em um alarme. A respiração é cortada e meus olhos ardem. Tentei me levantar, mas meus joelhos cederam, me fazendo cair em cima dos meus tornozelos inchados. Uma enxurrada de memórias atingiu minha cabeça.

O gosto dos seus lábios frios. Seus toques ásperos. Palavras sussurradas em meu ouvido. Tampei meus lábios, evitando vomitar novamente.

Rosnei baixinho quando a mulher agarrou meus braços com força, me levantando. Quando eu levantei minha cabeça, ele apareceu. Seus olhos me perfurando. Fiquei com os lábios entreabertos, prestes a gritar, mas parecia que tinha uma bola em minha garganta.

Fui chacoalhada. Não era ele... Espremi os lábios em alívio. Os lábios da mulher se mexiam, como se ela estivesse falando algo, no entanto meu cérebro não captava.

Sua mão vai até minha cintura, enquanto ela me leva para algum lugar. Não consigo entender o tempo, mas as dores em minhas pernas continuam. Fui empurrada para dentro de uma sala. Era aquela mesma sala. As visões vieram como flashes. Os toques. Os beijos. A dor para recebê-lo.

Finalmente, as lágrimas descem. O sangue ainda está no chão. O vampiro morto também.

A porta se abriu. Ele disse algo, mas não consegui entender. Não posso vê-lo. Só de pensar nele o meu corpo enrijece, como se ele estivesse se preparando para fugir, mesmo sabendo que minhas pernas mal responderiam. O medo me consome, ele me paralisa e toma conta de todos os meus pensamentos. O que ele vai dizer? Será que eu conseguiria respirar ou minha garganta iria se fechar no momento em que ele aparecesse na minha frente?

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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𝐈𝐦𝐩é𝐫𝐢𝐨 𝐒𝐚𝐧𝐠𝐫𝐞𝐧𝐭𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora