Os Salvini mantiveram-se em fila, buscando outra vez uma miséria de alimento naquele planeta sem um defensor decente para erguer-los. Pete e seu grupo estavam lá para salvá-los e levá-los para o próximo planeta habitável. Como os Salvini tinham uma linhagem boa para proferir inteligência e mecanismos de defesa, os Atares desejavam expandi-los sob suas asas.
— Senhor, estamos prontos para decolar — gritou Cross quando o último Salvini foi colocado dentro da nave.
Pete sorriu e acenou. — Perfeito, vamos para a próxima ordem.
Cross e Guss, dois irmãos fiéis e soldados de seu pai, sempre acompanhavam Pete nas missões que lhe eram dadas. Nas palavras de seu pai, Barl, Pete deve ser protegido a todo custo, não importa se ele pudesse proteger ou ativar suas defesas automáticas.
Pete entrou em sua nave pessoal, dirigindo de volta para Atar, o maior planeta intergaláctico já encontrado. Depois que a Terra se tornou inabitável séculos atrás, a missão dos Viajantes era encontrar lugares onde a vida alienígena pudesse habitar. O Reino de Atar tinha as melhores armas, e seu sistema de tecnologia avançada ia além da inteligência artificial. E como todo planeta tinha seu sucessor, Atar tinha um rei que ordenava e julgava o que fosse necessário. O bom disso é que Pete nasceu em uma família rica e poderosa, filho do Coronel de toda a militar intergaláctica. Além disso, ele tinha em suas mãos o grande e bonito príncipe, Vegas Theerapanyakul.
Eles se conhecem desde a infância, se duvidam, até mesmo de berço. Pete sempre foi um homem frágil para todos; sua delicadeza e beleza influenciavam a proteção exagerada do Coronel, até mesmo do Rei de Atar. Não é à toa que o príncipe acabou se apaixonando por ele. O homem tinha uma beleza rara, cativante e admirável. Além de toda essa beleza, Pete era gentil, sorridente e positivo nas tristezas profundas que alguém pudesse estar perto dele.
Aos quinze anos, de uma longa história de amizade, o viajante e o príncipe acabaram se assumindo, surpreendendo zero pessoas. O rei de Atar ficou satisfeito, assim como Barl.
Vegas era seu amor, o único homem que Pete se entregou, o único que teria Pete. Seu coração pertencia a Vegas como nunca pertenceria a alguém. Pode-se dizer que Vegas era o ar que Pete respirava; ele daria sua vida pela dele, se fosse possível.
Com um sorriso bobo nos lábios ao pensar que hoje eles iriam finalmente se tornar um elo, Pete dirigiu apressadamente para voltar aos braços de seu amado. Em longos dias de missão, tudo que Pete queria era estar com Vegas em seu ninho e se amar até ficar satisfeito, ou quase nunca.
Estacionou a nave e foi até o gabinete de seu pai para lhe dar os rastreadores. Chegando lá, o encontrou com um homem jamais visto.
— Pai! — disse ao entrar.
— Filho, bom te ver — Barl sorriu, abraçando Pete. Acompanhou o olhar de seu filho até um homem, o próximo sucessor de seu cargo. — Oh, deixe-me apresentar, esse aqui é Miller. Miller, este é meu filho, Pete.