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-Eu cavalgava ao lado de Riven, sentindo o ar frio nos meus dedos. A neve começava a se prender ao chão, criando um tapete branco e macio. Mas a beleza do cenário não conseguia dissipar a tensão entre nós.

Riven, o jovem bruxo recém-chegado, parecia pensar que era o centro do universo. Seu sorriso confiante e os olhos  cintilantes não me impressionavam. Pelo menos, não depois de ele começar a me chamar de "bonequinha".

-"Bonequinha, você não sabe cavalgar?", ele perguntou, sua voz cheia de deboche.

Eu senti meu rosto aquecer. "Sei, obrigada", respondi, secamente.

-Meu tio Tedros me obrigou a levar Riven para conhecer o Vale da Lua. Disse que era importante para a nossa aliança mágica. Mas eu não via por que precisava tolerar esse jovem arrogante.

Nós cavalgamos em silêncio por um momento, apenas o som dos cascos dos cavalos e o estalar da neve preenchendo o ar. Riven quebrou o silêncio.

"Você é muito séria, bonequinha. Deve relaxar mais."

Eu senti meu coração pulsar. "Não me chame de bonequinha", disse eu, entre dentes.

Riven riu. "Ah, você não gosta? Eu acho que combina com você, inclusive parabéns hoje e seu aniversário ne até amanhã já deve começar a amadurecer  ."

Eu desviei o olhar, sentindo minha raiva crescer. Mas, ao mesmo tempo, percebi que Riven estava tentando me provocar. E, por algum motivo, isso me fazia querer reagir.

Nós paramos os cavalos e Riven desceu, me ajudando a descer também

"Vamos continuar?", ele perguntou, olhando para mim com um sorriso desafiador.

Eu assenti, meu coração ainda acelerado.

E assim, continuamos nosso passeio,na neve que caía suavemente ao redor. A tensão entre nós era palpável, mas eu não sabia se era raiva ou algo mais

(.....)

Ontem, enquanto cavalgávamos pelo Vale da Lua, um raio de luz mágica iluminou o céu. De repente, um grupo de criaturas sombrias emergiu das sombras, cercando-nos.

Riven reagiu rápido, invocando sua magia para criar um escudo protetor ao nosso redor. Mas as criaturas eram fortes, e um deles conseguiu quebrar o escudo.

Eu tentei defender-me com minha magia, mas estava fraca demais. Riven rapidamente interveio, usando sua magia para afastar as criaturas.

"Corra, Alicia!", ele gritou.

Mas era tarde demais. Uma das criaturas me atingiu com um golpe mágico, e eu senti minha energia se esvair.

Riven me pegou nos braços, protegendo-me com seu corpo. "Não!", ele gritou, sua voz cheia de desespero.

Eu senti sua magia fluir através de mim, tentando me curar. Mas estava muito fraca...

Tudo ficou preto.

Quando acordei, estava nos braços de Riven, no quarto do casarão. Ele segurava minha mão.

"Você está bem?", ele perguntou, sua voz cheia de preocupação.

Eu assenti, ainda confusa.

"O que aconteceu?", perguntei.

"Eu nos teletransportei para cá", disse ele. "Você estava muito ferida."

Eu olhei para ele, vendo a preocupação em seus olhos.

"Obrigada", disse eu, minha voz baixa.

Riven sorriu, seu rosto relaxando.

Valley of the MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora