𝐒𝐀𝐕𝐈𝐎𝐑 | ❝Quando você estiver mais velha, mais lúcida, mais sã
Se lembrará de todo o perigo pelo qual passamos?
Queimando como brasas, se apaixonando suavemente
Há anos, bem antes dos dias sem rendição
E você perceberá?❞
Ela era a protetora de...
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Sua vida parecia passar diante de seus olhos.
Honestamente, ela pensou que era apenas um ditado bobo. Que as pessoas simplesmente refletiam sobre seu passado intencionalmente quando encaravam a morte de frente.
Ela já havia sido machucada muitas vezes antes. Quase pereceu em várias ocasiões. Mas nunca foi tão perto. Tão brutal. Pelas mãos da última pessoa que ela esperava que a machucasse.
As memórias vieram de repente, rapidamente, atingindo-a com força sem aviso. Eram memórias nas quais ela não pensava com frequência. Memórias que ela às vezes esquecia que existiam.
Segurando Stefan pela primeira vez depois que ela nasceu. Caindo de uma árvore e nos ombros de Damon. Aprendendo a costurar enquanto sua mãe elogiava sua paciência e excitação. A ocasião singular em que seu pai foi gentil com ela e segurou sua mão enquanto a acompanhava até uma loja para comprar um vestido especial para seu aniversário.
Ela se lembrou de quando Damon quebrou o nariz de Stefan quando ele estava ensinando Stefan e Maddy a dar um gancho de direita. E da vez em que ela esfaqueou a perna de Damon com uma agulha porque ele quebrou uma de suas bonecas.
Ela até se lembrou do dia em que convenceu os irmãos a experimentar os vestidos da mãe para que pudessem fazer um chá. Eles estavam inflexíveis de que não queriam fazer isso, mas ver a maneira como o rosto da irmã se iluminou com a perspectiva de ter "amigos" na festa foi o suficiente para convencê-los a fazer isso, só por um tempinho quando Giuseppe não estivesse em casa.
Mas nem todas as memórias eram agradáveis. Ela se lembrava de ter sido espancada até ficar roxa. Como Giuseppe quase quebrou seu braço uma vez quando a puxou para fora da carruagem, tendo-a forçado a comparecer a um evento no qual ela não tinha interesse.
"Mãe", ela disse, no primeiro dia em que sua mãe começou a tossir antes de ser revelado que ela tinha tuberculose. "Você gostaria que eu trouxesse um pouco de tônico e ensopado?"
"Não, querida," disse Lily, pegando a mão da filha. "É só uma tossezinha, vai passar logo. Por que você não corre e passa o dia com seus irmãos?"
"Eu preferiria ficar com você, mãe." Ela a ajudou a se sentar. "Você sempre fica ao nosso lado quando estamos doentes. Você diz que isso nos ajuda a melhorar logo."
Lily sorriu fracamente. "Sim, na maior parte do tempo, a companhia realmente ajuda."
Maddy permaneceu ao seu lado por duas semanas e meia. Por algum milagre ela não ficou doente. Naquele momento, eles perceberam que Lily não tinha um resfriado comum. Giuseppe forçou sua filha a ficar em seu quarto enquanto o médico veio fazer seu exame. Pouco tempo depois, Lily foi mandada embora. Maddy nunca conseguiu se despedir.
