Solidão 🖤✿ A menininha, com olhos cheios de expectativa, permanece imóvel no parque vazio. O cenário à sua volta é desolador: bancos de madeira desgastados pelo tempo, grama rala e um balanço solitário que range ao sabor do vento. O céu está nublado, como se compartilhasse a tristeza da Menininha. ✿
✿ O vento, quase imperceptível, balança os galhos das árvores altas. As folhas secas dançam em círculos, mas não há sinal de um alguém. A Menininha segura um pequeno buquê de flores amarelas, suas mãos delicadas envolvendo as pétalas com carinho. As flores parecem vibrar com uma esperança frágil, como se fossem a única conexão com o mundo exterior. ✿
✿ - Onde está você? - ela sussurra, a voz trêmula, como se temesse que alguém pudesse ouvi-la. - Você não está aqui. Você prometeu que estaria aqui... Porquê? Porquê isso? - ✿
✿ As palavras escapam de seus lábios como um lamento, uma dor no peito expande, ecoando no ar vazio. Ela olha para o céu cinzento, buscando respostas nas nuvens que se movem lentamente. Mas não há respostas. Apenas o silêncio impiedoso. ✿
✿ - Eu... estou sozinha, - ela continua, os olhos marejados, as lágrimas prestes a cair. - Tem alguém aqui? - mas... não há ninguém. ✿
O banquinho de madeira 🍃
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✿ Então, de repente, a Menininha correu desesperada, com uma dor lancinante no peito, uma decepção avassaladora, um lamento profundo. Ela se encontrou em um pátio; a cidade naquele dia estava deserta e melancólica. A Menininha olhou à sua frente e avistou um banquinho de madeira. Ah, aquele velho banquinho! Ao vê-lo, uma sensação a envolveu por completo, como se uma memória antiga despertasse imediatamente após ela fazer contato visual. ✿
✿ Aquele banquinho evocava reminiscências agradáveis e saudáveis daqueles dias em que íamos tomar sorvete e nos sentávamos para contemplar a esplêndida vista das flores, os carros passando, o sinal verde, e os pássaros esvoaçando. Ela adorava esses momentos juntos e apreciava as flores, especialmente as flores amarelas. ✿
✿ Enquanto se aproximava do banquinho, a Menininha sentiu uma onda de nostalgia. Sentou-se lentamente, permitindo que as lembranças a envolvessem. Podia quase ouvir as risadas e sentir o calor do sol em seu rosto, como nos dias passados, trazendo um consolo tênue. ✿
✿ Ela fechou os olhos e deixou que as lágrimas rolassem livremente, cada gota carregando um fragmento de sua dor. - Você prometeu que estaria aqui, - ela murmurou, a voz embargada. - Mas agora estou sozinha. - ✿
✿ De repente, uma brisa suave acariciou seu rosto, como um toque gentil. As folhas das árvores balançaram levemente, e um raio de sol rompeu as nuvens, iluminando as flores amarelas. A Menininha abriu os olhos e, por um momento, sentiu uma presença reconfortante ao seu lado. Talvez fosse apenas sua imaginação, mas naquele instante, ela não se sentiu tão sozinha. ✿
✿ Ela sorriu através das lágrimas, segurando o buquê de flores amarelas com mais firmeza. - Eu vou continuar esperando, - ela sussurrou. - Porque sei que você está comigo, de alguma forma. - ✿
✿ E assim, a Menininha permaneceu ali, no velho banquinho, cercada pelas flores amarelas, encontrando força nas memórias e na esperança frágil que elas traziam. ✿
Passado Desanimador 🥀
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✿ - Como vai, Menininha? - disse eu com ternura e compaixão. - *Cof-cof-cof...* o que fazes aqui? Pensei que estavas indo para o parquinho. - Perguntei, então, a jovem Menininha, alegre como sempre, impaciente indagou-me: - Estava indo, mas... como poderia sem você? A gente sempre vai junto. ✿
✿ "Oh, doce menininha, quase me esqueço das tardes de domingo quando saíamos à praça para ver as flores. Logo íamos ao parquinho, balançá-la naquele velho balanço que rangia ao sabor do vento. Haha, bons momentos.", pensou eu. ✿
✿ - Oh! Já estava me esquecendo, *cof-cof*, por que você não vai pegar um buquê de flores, das que você mais gostar, e então vá para o parquinho que estarei te esperando, eu prometo, *cof-cof*. - Toda alegre, ela foi, dizendo que iria comprar o buquê mais lindo da cidade. ✿
✿ Mal sabia eu o que havia falado, palavras de verdade impura, jamais deveriam ser ditas para almas puras e inocentes. Pobre Menininha, o que havia feito marcaria sua vida. ✿
✿ Antes mesmo de partir, somente duas palavras saíram de minha boca: - Perdoe-me, garotinha... - Logo, a Menininha foi alegre e otimista para o parque, mas acabou se encontrando em um lugar desolador. ✿
"Palavras pecaminosas jamais devem ser ditas para almas puras, como a de uma criança... "
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Lessons And Tales - Coleção
General FictionUma coleção de pequenos contos e histórias dos quais ensinam diversas lições de vida, livre para interpretações pessoais, Lessons and Tales, Contos e Lições. "Cada capítulo um novo conto, cada conto uma nova história, cada história uma nova lição!"...