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Buckingham Palace;
Primavera de 1990.

O sol suave da primavera banhava os jardins do Palácio de Buckingham, enchendo o ar de um perfume floral delicado.

Com apenas oito anos, Catherine estava segurando firmemente a mão da professora enquanto o grupo de crianças atravessava os imponentes portões que eles haviam visto tantas vezes em filmagens na televisão, ou até mesmo em fotografias.

Apesar de nunca ter visto o seu pai - e sequer saber disso, o genitor enviava um bom dinheiro mensal para pagar o colégio onde ela estudava. Dorothy, avó de Catherine, cuidava de tudo para garantir que a quantia fosse totalmente dedicada aos estudos da garota.

Era um dia especial – uma visita escolar ao que chamavam de "coração da monarquia". Catherine sentia-se pequena diante das esculturas ornamentadas e da fachada dourada que tinha seu brilho resplandecido à luz do dia, e por um momento, a garota se sentiu dentro de um conto de fadas.

Ela sempre gostou de desenhar, e mesmo na infância, cada detalhe do mundo à sua volta era capturado por seus olhos atentos. Naquele momento, Catherine imaginava em sua mente como seria o desenho daquele palácio que a mesma faria ao chegar em casa.

Assim que o grupo alcançou aos jardins internos, sendo guiados por um oficial do Palácio, a professora realizou uma breve pausa para que as crianças se acomodassem nos bancos próximos. Catherine, como sempre, optou por manter-se um pouco afastada, perdida em seus próprios pensamentos. Foi quando ela o viu.

Na borda do gramado bem aparado, um garoto loiro, talvez um ou dois anos mais velho que ela, ou até mesmo com a mesma idade, estava sentado sozinho. Ele brincava com um aviãozinho de madeira, lançando-o ao ar e o pegando de volta com precisão infantil, mas uma concentração surpreendente. O garoto vestia uma camisa branca impecável e calça escura, roupas simples, mas com uma formalidade que fazia Catherine pensar que ele pertencia a esse mundo de maneira tão natural quanto as próprias colunas de mármore.

Ela o reconheceu imediatamente – não pelo nome, mas pela aura. William, o príncipe. O menino que sempre aparecia em capas de revistas e nos jornais que sua mãe e sua avó costumavam ler. Havia algo nele que parecia tão diferente do que Catherine imaginava. Ele não tinha a expressão presunçosa que ela costumava associar aos filhos da realeza, nem o ar distante dos adultos que fingiam se importar com crianças. O mesmo parecia sozinho, porém não infeliz.

A pequena Catherine sabia que ele fazia parte de uma grande família, tinha até mesmo um irmão mais novo, e, por um momento, ela quis estar no lugar dele.

O desejo não era apenas por parecer mágico viver dentro de um Palácio, com portões tão grandes e um gramado tão extenso e verde, mas sim por querer ter uma família, uma família grande e amorosa.

A garota era grata por ter sua doce e amada avó, e a sua mãe, apesar de sempre estar fedendo a algo que Catherine não sabia definir ou nomear, gritar sempre que a menina fazia algo errado ou parecer sempre furiosa quando Catherine era elogiada, Carole ainda era sua mãe, e por não ter seu pai, Catherine era grata por tê-la.

Love amid Chaos.Onde histórias criam vida. Descubra agora