03 - Primeira Vista

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Os primeiros dias foram realmente fáceis.

O medo de muitos era apenas outro tipo de normalidade pra mim, algo ao qual estava me apegando ultimamente.

Seguro e normal, era tudo o que eu queria e tinha feito disso, uma espécie de tradição, deslizando em passos familiares de tudo com uma facilidade gentil.

Levantei mais cedo do que o normal e tomei um longo banho. Vesti um suéter marrom, junto com uma calça cargo e botas pretas.

Verifiquei a mochila duas vezes para ter certeza de que não esqueci nada.

Memorizei o mapa na noite anterior para não parecer uma pequena idiota perdida parada nos corredores. Levando algo para ler, algo para desenhar e algo para ouvir.

E hora de ir.

Agora esperando, sem me preocupar com tudo. Se estivesse andando ou dirigindo com música alta enquanto me movia, então não tinha tempo para me preocupar com porcaria nenhuma.

Esse era o truque e era bom, algo em que comecei a confiar nos últimos meses. John ainda estava na cama durante a manhã, sempre dormindo até mais tarde, pois preferia trabalhar no turno da noite.

E eu sabia que não deveria incomodá-lo, a menos que, é claro, estivesse sangrando, morrendo, a casa estivesse pegando fogo ou um apocalipse zumbi tivesse começado. Fora isso, meu pai deveria ser deixado sozinho enquanto dormia.

Então fiz um rápido café da manhã com chá e torrada e sai, deixando apenas um bilhete no balcão para ele encontrar.

Estava chovendo quando sai pela porta, sorrindo enquanto estendia a mão para a chuva suave.
Era fresco e limpo em minha pele, quase doce.

Quase um beijo.

Por um momento fiquei ali, sorrindo para as gotas de diamante que brilhavam contra minha pele. Mas o silêncio permitiu que os pensamentos preocupados se ultrapassem, só por um momento, e rapidamente pôs fim a isso.

Nada estava errado, nada poderia dar errado, estava segura aqui.

Correndo para o carro, toquei alguma música e deixei minha preocupação na porta.

Morando fora da cidade, a viagem foi mais longa do que deveria ser, mas não me importo muito, passando apenas por dois carros no caminho.

Um volvo e um jipe, ambos elegantes, brilhantes e novos em folha no que certamente seria um estacionamento cheio de carros de segunda mão.

Jovens ricos, sempre havia um ou dois mesmo nas menores cidades, mas tinha coisas melhores para pensar.

Em algum lugar ouvi o estouro de um motor de caminhão muito alto, logo acima da música.
Pegando minha mochila e o livro que havia deixado no banco, entrei em outra suposta aventura.

Somente Nosso Amor - Emmett Cullen Onde histórias criam vida. Descubra agora