Ventos da Mudança

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Ele foi acordado por um som.

Não era qualquer som, era a melodia da natureza, ele estendeu a cabeça devido ao uma enxaqueca e seu corpo confuso, Venti meio que se lamentou por ter estado um pouco bêbado durante a conversa com aquela voz, arrependendo-se de não ter perguntado o nome dela.

Ele fechou os olhos, tentando sentir o vento ao seu redor e tentando se comunicar com o mesmo.

Venti sentiu algo estranho então a compreensão o atingiu, os ventos, ele não os reconhecia. Nem mesmo a mais fraca brisa. Quando era se não um outrora mero espírito do vento entre os mil ventos que percorriam toda Teyvat, ele podia e sentia e reconhecia todos, mas agora tudo que ele podia sentir era nada mais que quatro ventos.

Apenas míseros quatro ventos, que antes eram mais de mil ventos, seus irmãos de companhia.

Por fim, ele percebeu que estava deitado no meio de uma floresta, e não na antiga árvore no Windrise, ele ponderou a possibilidade de ter ido parar no meio da floresta enquanto ele estava bêbado, até lembrar de sua conversa, ele com certeza não deveria ter bebido, bem naquele dia.

Venti recuperou suas forças para ficar em pé, batendo suavemente em sua roupa retirando os pedaços de terra dela, ele olhou para os dois lados, até sentir um cheiro familiar de morango.

O aroma atingiu o seu nariz com força, sentindo brevemente o doce e levemente ácido, da fruta vermelha.

Pegando sua lira que estava quase escondida na grama verde, ele decidiu caminhar em direção ao cheiro, enquanto sua mente tentava decifrar a situação em que se encontrava.

Primeiramente ele tentava se lembrar de sua conversa com a voz, forçadamente nas palavras tentando fechar essa quebra-cabeça, as únicas palavras que ressoaram em sua mente eram mundo e destino.

Mas o que essas duas teriam a ver com a outra? A palavra destino por si só é um enorme insulto para ele, uma tolice. Todos devem ser livres para escolher seu destino e agir de acordo com suas vontades, em vez de serem forçados a se tornarem algo que não desejam.

E mundo ele não fazia a mínima ideia do que isso poderia significar. Venti suspira em derrota, nessas horas que ele queria ter Diluc ao seu lado o que fez ele ri, provavelmente o barman ruivo iria cobrar seu pagamento, antes de dizer algo que preste.

Quando ele chegou no local da origem do cheio de morango, a corrente de ar mudou, trazendo o mesmo aroma que não passou despercebido por Venti. Ele levantou o braço esquerdo apreciando o ar perfumado passando entre seus dedos, enquanto uma leve brisa acariciava seu corpo.

Caminhou pelo campo de morango, olhando para os morangos que cobriam as vastas extensões de terra, então ele percebe que não estava em Mondstadt, ele nem tinha certeza se estava em Sumeru ou Fontaine. Não que ele tivesse visitado as duas nações pelos últimos duzentos anos.

Um som áspero sai da barriga do bardo, que pela primeira vez nesse dia sentiu a vontade de comer algo, ele hesita por um momento ao ver um saboroso morango avermelhado no morangueiro. Bem o dono desse campo não iria perceber se ele pegar apenas um morango entre milhares.

Abaixando-se para pegar o fruto da planta esverdeada, Venti sentiu a superfície do morango, macia, mas firme, com uma textura levemente áspera por causa das pequenas sementes que ficam espalhadas pela sua pele, para logo a colocar em sua boca, era um sabor doce com um toque refrescante e suculento que se espalha pela boca dele.

Mesmo sendo o melhor morango que ele havia comido em sua longa vida, estava a uma distancia incalculável de se comparar ao fruto dos deuses em sua opinião, as maçãs!

Imaginando o inconfundível gosto doce com o toque de acidez em sua boca, fez o corpo do bardo vibrar de emoção. Como Venti adoraria achar um pé de maçã nesse exato momento.

Ainda sim Venti aproveitou o saboroso gosto do morango que permaneceu em sua boca, para em seguida caminhar novamente tentando achar o fim do campo de morangos.

E se tiver sorte, achar alguém para que ele possa descobrir onde estava.

Entediado, o bardo começou a cantarolar enquanto atravessava o campo, combinado sua melodia suave com o som tranquilo de sua lira.

Ele continuou a tocar em sua lira, enchendo o ar com a sensação de paz, por um bom tempo, ele observou o céu azul reluzente.

Venti quase se perdendo novamente nas melodias encantadoras de lira, quando sente uma mudança no ar incomum, em sua direita uma flecha em alta velocidade estava vindo à sua direita.

Desviando com a graça que só alguém como ele possui, Venti rapidamente toma uma posição de luta, dedilhado em sua lira de forma agressiva mas ainda sim delicada.

O vento ao redor se torna mais feroz respondendo ao comando de seu Deus, a concentração era tão grande que o vento, antes invisível, tornou-se visível, circulando e se transformando em uma extensão do próprio Venti.

Penas brilhando em Verde plainavam sobre Venti.

Venti quando estava prestes atacar, ele paro em choque, ele podia sentir um poder esmagador dentro de si, algo nunca pensou que iria ver isso nele novamente.

O poder de um Arconte.

Em seu peito estava sua Gnose, que era nada mais que a prova do status de um Arconte como um dos setes, mas como ele tinha sua Gnose de volta?

Ele a tinha perdido para aquela Bruxa Carmesim, mas o mais surpreendente disso tudo, é que Venti sentia que sua Gnose estava muito mais poderosa que naquele momento.

Dizendo melhor, ela estava mais poderosa que nunca, nem mesmo quando ele derrotou Decarabian, o Deus das tempestades, ascendendo para uma divindade, era tão poderosa assim.

Isso fez Venti, lembrar de seu velho amigo e de seus companheiros.

Perdido em seus pensamentos, o bardo foi cercado por adolescentes e que pareciam adultos trajados de armaduras bem estranhas, tipo o peitoral tinha músculos fazendo parecer que eles são músculos.

Venti se ponderou novamente se tinha bebido de mais.

Porque saindo da multidão que o cercava, um Homem de meia-idade, com cabelos castanhos ralos, sobrancelhas espessas, olhos castanhos e uma barba desgrenhada, isso era nada, o esquisito era sua metade inferior era de um garanhão branco.

“Intruso, se identifique-se!” Perguntou o Homem.

“Oi?” Venti responde estupidamente, enquanto o centauro o fitava com um olhar estreito.

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⏰ Última atualização: 15 hours ago ⏰

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