Louise Malik e Vinnie Hacker, dois opostos completos, compartilham uma rivalidade intensa no último ano do ensino médio. Ela, a aluna modelo, e ele, o bad boy problemático, vivem em constante conflito. Mas à medida que o tempo passa, a tensão entre...
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Depois da situação com Vinnie, fiquei determinada a não deixar que ele interferisse no meu último ano. Eu tinha um objetivo claro: terminar a escola com as melhores notas e entrar em uma boa faculdade. Mas, como o destino sempre gosta de brincar com minhas intenções, outro obstáculo apareceu no meu caminho. Só que dessa vez, ele veio disfarçado de risadas e charme.
Eu e Ana caminhávamos pelos corredores quando Jaden apareceu, esbarrando propositalmente nela. Ele tinha aquele jeito descontraído e relaxado, e, por algum motivo, sempre parecia saber exatamente quando aparecer para criar alguma confusão.
— Oi, boneca — disse ele, sorrindo de canto para Ana, que revirou os olhos, mas com um sorriso escondido nos lábios. — Fazendo o quê? Fugindo de mim de novo?
Ana cruzou os braços, tentando parecer desinteressada. — Talvez. Ou quem sabe eu só não estou interessada em você, Jaden.
Ele deu uma risada baixa, encostando-se na parede ao lado dela, bloqueando parcialmente o caminho. — Ah, claro. E é por isso que está sempre me procurando com os olhos, né?
— Só estou verificando se você não está encrencando mais alguém — Ana retrucou, tentando esconder a diversão em sua voz.
Eu assistia à cena com uma mistura de curiosidade e diversão. Era como assistir a um jogo de gato e rato. Jaden, sempre tão seguro de si, claramente gostava de provocar Ana. E, por mais que ela fingisse estar indiferente, era óbvio que a presença dele mexia com ela.
— Tá bom, vou te deixar em paz por hoje — disse Jaden, levantando as mãos em sinal de rendição. Mas, antes de se afastar, ele se inclinou um pouco mais perto, sua voz baixa e brincalhona. — Mas, qualquer dia desses, você vai admitir que gosta de mim, boneca. Só estou esperando.
Ana o empurrou levemente. — Então pode esperar sentado.
Ele sorriu, se afastando e lançando-me um olhar de cumplicidade, como se dissesse "é só questão de tempo". Eu não pude deixar de rir, balançando a cabeça. Era sempre assim com ele. Ele tinha um jeito único de fazer com que tudo parecesse leve, mesmo quando estava flertando descaradamente.
Quando ele finalmente se afastou, Ana bufou, tentando disfarçar a agitação que o encontro claramente havia causado.
— Ele é insuportável — disse ela, mas o sorriso no seu rosto mostrava outra coisa.
— Claro, Ana — brinquei, cutucando-a. — Insuportável, mas você não consegue parar de sorrir.
Ela corou levemente, desviando o olhar. — Ele só sabe ser engraçado, nada mais.
— Ah, é? Então por que você não o manda parar de te chamar de 'boneca'?
Ana deu de ombros, ainda tentando parecer indiferente. — É o jeito dele. É só... Jaden sendo Jaden. Nada demais.
Mas eu sabia que era mais do que isso. E, pela forma como ela o observava enquanto ele se afastava, eu também sabia que essa história estava longe de terminar.
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Quando a aula terminou, guardei meus materiais e comecei a fazer meu caminho de volta pra casa.
Cheguei em casa mais tarde naquela noite, o peso da escola começando a se fazer sentir. A casa estava silenciosa, como sempre. Desde que minha mãe havia morrido, meu pai, Zayn, mantinha um ar de frieza que eu nunca conseguia penetrar. Ele estava na cozinha, revisando alguns papéis enquanto bebia um café, o rosto concentrado e sério.
— Chegou tarde — ele comentou, sem levantar os olhos. Era típico dele. Uma observação, nenhuma pergunta sobre como foi meu dia.
— Tive algumas coisas para fazer na escola — respondi, indo até a geladeira para pegar um copo de água.
Ele não disse nada, apenas continuou lendo. Esse silêncio entre nós sempre existiu. Desde que me lembro, sempre foi assim. Meu pai não era do tipo de pessoa que demonstrava emoções. Eu o via como alguém rígido, e às vezes me perguntava se ele também se sentia preso em sua própria dor pela perda da minha mãe, Gabriela. Eu sabia que ele a amava, mas sua ausência criou um vazio que ele parecia incapaz de preencher, tanto em si mesmo quanto em mim.
— Louise — ele finalmente disse, levantando os olhos por um momento. — Você está se preparando para as provas, certo?
Assenti. Ele sempre estava preocupado com meus resultados acadêmicos. Nunca perguntava se eu estava feliz, mas sempre se certificava de que minhas notas estivessem perfeitas.
— Sim, estou estudando todos os dias.
— Bom — ele disse, voltando a olhar para seus papéis. — Não podemos nos dar ao luxo de erros agora. O último ano é crucial.
Eu sabia que o que ele queria dizer era que eu não podia decepcioná-lo. Ele nunca disse isso diretamente, mas era algo que pairava no ar entre nós. A pressão de ser perfeita, de garantir que todos os meus esforços não fossem em vão. Mas, às vezes, me perguntava se ele me via como sua filha ou apenas como um reflexo de suas expectativas.
— Eu sei — murmurei, tomando um gole de água. — Vou para o meu quarto.
Subi as escadas, sentindo o peso daquela casa sobre meus ombros. Meu quarto era o único lugar onde eu podia respirar sem sentir essa pressão constante. Fechei a porta atrás de mim e me deitei na cama, pensando em como a vida de outras pessoas, como Ana, parecia tão mais leve. Talvez eu precisasse encontrar uma forma de deixar essa pressão escapar, mas, por enquanto, tudo que eu podia fazer era manter o controle.
