Capitulo 1

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Han Jisung

Mais uma dessas festas idiotas.

- Finja pelo menos um sorriso.- meu irmão sussurrou em meu ouvido sorrindo.

- Claro, Chan.- dei um sorriso falso para ele.

Virei a taça de champanhe de uma só vez.

- Não tem nada mais forte nessa merda?

Me levantei e fui em direção ao bar. Esse encontro estava me dando nos nervos, a família Lee tinha marcado a festa apenas para os alfas e eu detestava todos eles.

- Uma dose de uísque.- falei ao barman.- Sem gelo, por favor. - ele assentiu com a cabeça e foi pegar a garrafa de Jack Daniels.

-Venha comigo.- me assustei quando meu pai apareceu me puxando pelo salão.

Mais que porra era essa? Perguntei mentalmente.

- Pai, o que está fazendo?- perguntei, ainda sendo puxado pelo corredor.

Ele parou e por pouco, meu corpo não se chocou contra o dele.

- Essa vida fudida que você leva, vai me servir para alguma coisa agora.- ele cuspiu as palavras com nojo.

- Oh, achou uma serventia para mim?- perguntei rindo.- Vai vender meus órgãos ou algo assim?

Um tapa foi dado em meu rosto e logo minhas bochechas arderam. Senti ódio e lágrimas formarem em meus olhos, mas não ia chorar na frente dele.

- Pelo menos uma vez na vida, não faça merda. Não haja como o Jisung, pelo menos uma vez, honre a porra do nome da família que você leva nas costas.

Vi meu pai ajustar o paletó e seguir pelo corredor. A minha vontade era correr na direção contrária, mas não ia adiantar mesmo, então apenas fui atrás dele. Antes de abrir a porta que meu pai entrou, comecei a sentir um cheiro estranho, o que tinha naquela sala?

- Boa noite.- cumprimentei o senhor Lee, que estava sentado.

- Oh garoto, como você cresceu!- ele veio e me... abraçou?- O tempo que passou fora da Coréia lhe fizeram bem.

- Sim, obrigado.- sorri sem graça.

- Para o meu filho também, finalmente vou poder exibir ele para o mundo.

Sua atenção foi para alguém atrás de mim, e então, entendi de onde estava vindo o cheiro.

Era dele.
Ele era a porra de um enigma.

Não pude disfarçar a minha cara de surpresa. Nunca nessa vida, imaginaria que encontraria um enigma e que ele pudesse ser filho de um velho idiota como o senhor Lee.

- Se apresente.- o velho ordenou.

- Me chamo Lee Minho.- ele se curvou diante de mim e do meu pai.

Sua voz grossa ecoou pela sala, e pude sentir meu corpo arrepiar.

- Meu filho se chama Han Jisung, fico feliz que nós podemos ajudar você.- meu pai falou se curvando também.

- Eu que agradeço a ajuda.- o idiota falou sem expressão alguma.

- Desculpe, mas o que está acontecendo?- perguntei confuso.

- Você irá ajudar meu filho a arranjar um par e...- o senhor Lee falou passando o braço sobre meu ombro.

- O que?- falei me afastando dele.

- Você sabe garoto, os boatos rolam por aí...- o velho falou sorrindo e eu vi o desgosto nos olhos do meu pai.- Não é como se tivesse muitos alfas solteiros no final das contas.- ele deu de ombros.

- Vamos deixar eles conversarem.- meu pai falou indo em direção a porta.

Os dois idiotas saíram sorrindo.

- Você pode me explicar que porra tá acontecendo?

- Tenha modos, por favor.- ele falou e senti meu corpo arder de raiva.- Vamos acabar logo com isso e nenhum de nós dois irá sofrer.- ele falou folgando a gravata.

- Acabar com isso?

- Sim, só me leve aos "clubes" que você frequenta e lá eu acho algum ômega digno de....

- O que?- perguntei incrédulo.

- Você ouviu, não irei repetir.

- Porra, você tá me pedindo ajuda para fuder com alguém?

Ele olhou feio de novo.

- Eu mandei você ter modos.- seus olhos negros se fixaram nos meus e eu senti um arrepio na espinha.

Me aproximei dele, tive que lhe encarar debaixo, já que era alguns centímetros mais alto que eu.

- Não pense em me encarar com esse olhar soberbo de novo- dei mais um passo.-Eu juro que arranco sua cabeça.- falei cutucando sua testa.- E tem mais: eu falo a porra que eu bem entender, ouviu?

- Os boatos são verdadeiros: você não merece carregar o sobrenome que tem.- ele disse sorrindo.- E tem mais: se encostar mais uma vez o dedo em mim, ou em um único fio de cabelo meu, eu arranco o seu pau.- abri a boca para responder, mas ele continuou.- Eu ia falar dessa sua cabeça...- ele apontou para minha testa.- Mas acho que você só usa a debaixo.

Ele terminou de tirar sua gravata e jogou no chão.

- Vamos?- ele falou saindo da sala.

Quem aquele filho da puta achava que era?

Destinos cruzados - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora