**Capítulo 1: A Beleza da Insegurança**

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A beleza realmente importa?

A menina olhou para a outra, apoiando-se nela com um sorriso tímido. "Por que você se sente tão insegura com sua aparência? Você é linda!" disse a amiga, admirando a confiança e a beleza que irradiava dela.

“É que eu não acredito em elogios das outras pessoas,” respondeu a menina, com um olhar pensativo. “Muitas vezes, as pessoas só elogiam para não deixar o outro triste. Eu não confio nesses elogios; eles podem ser apenas palavras vazias e sem verdade. Para mim, um elogio deve vir do coração. Sem isso, não vale a pena.”

A outra menina refletiu por um momento e perguntou: “Certo, você tem razão, mas por que você se sente tão insegura com a sua aparência então? E como você percebe quando os elogios são falsos?”

“As inseguranças começam a surgir,” disse a menina, com seriedade no olhar. “Quando nós nos comparamos demais com o padrão de beleza, começamos a nos sentir feias. Buscando um corpo perfeito, inventamos como esse corpo perfeito deve ser. Queremos uma aparência linda, mas criamos uma imagem distorcida do que é realmente essa beleza. O que torna algo lindo? Existem tantas belezas diferentes, mas qual é o padrão? Ninguém sabe.”

A outra menina ficou pensativa e indagou: “Nossa, por que queremos tanto um corpo perfeito? Por que exigimos tanta perfeição na aparência? Às vezes eu só queria ser eu mesma.”

“Eu também queria entender por que existe esse padrão de beleza,” respondeu a amiga. “Seja magra, tenha cabelos bonitos... Isso tudo é uma construção social. A nossa sociedade impõe essas regras e nós as aceitamos sem questionar. Não é de hoje, não é de amanhã; sempre foi assim. Se não seguirmos esse padrão, somos ignoradas ou chamadas de feias.”

“Mas eu não entendo qual é o problema de ser zoada por isso,” disse a outra. “A minha imagem é de algo desafiador.”

“Eu também não entendi,” respondeu a amiga. “A sociedade se incomoda porque eu sou considerada feia, mas na verdade todos nós precisamos enfrentar esse olhar crítico sobre o que é ser ‘feio’. Realmente importa? É como nos lembram e como nos sentimos.”

No final, todas nós estamos apenas tentando encontrar nosso próprio padrão de beleza. Essa lógica de insegurança e os padrões impostos pela sociedade nos dois mil anos revelam uma verdade: talvez o mais importante seja aceitar quem realmente somos — imperfeitas e únicas em nossas próprias belezas.

E assim, entre sorrisos tímidos e reflexões profundas, as duas amigas compreenderam que a verdadeira beleza reside na aceitação de si mesmas e na liberdade de serem quem realmente são.

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