❝ 𝕯𝙚𝙨𝙙𝙚 que se entende por gente, Evil está preso na ilha dos perdidos, um lugar sem magia, sem amor, sem saída... O garoto nunca teve de fato, a esperança de realmente sair dali.
Por isso a vida toda fez o que ele sabe fazer de melhor, ser m...
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⟡ ݁₊ . 𝙖𝙪𝙩𝙝𝙤𝙧 𝙥𝙤𝙞𝙣𝙩 𝙤𝙛 𝙫𝙞𝙚𝙬
𝕺 𝙥𝙧𝙞𝙣𝙘𝙞𝙥𝙚 𝘽𝙚𝙣𝙟𝙖𝙢𝙞𝙣 encara a grande janela de seu quarto um tanto apreensivo, enquanto o alfaiate tira as últimas medidas para o terno de sua coroação.
Uau...ele mal pode acreditar que em breve se tornará um rei e dizer que o garoto de cabelos loiros escuros e belos olhos verdes não está nervoso, será uma bela mentira.
Ele mal presta atenção nas palavras que o homem mais velho dirige a si, ocupado demais pensando sobre sua primeira proclamação como rei.
Não pode ser tão ruim, não é mesmo? Bem, só há uma forma de descobrir...
— Não acredito que será coroado rei no mês que vem, é só um bebê!— a fera exclama adentrando o quarto do filho, o tirando de seu transe.
— Ele vai fazer dezesseis anos!— Bela sorri pegando no braço do marido.
— Oi pai.— Ben comprimenta o mais velho em um tom ansioso.
— Dezesseis? É muito novo para ser rei!— ele diz tirando seus óculos.— Só tomei boas decisões depois dos...quarenta e dois.— ele diz, arrancando um suspiro irritado da rainha.
— Decidiu se casar comigo aos vinte e oito.— Bela deposita um tapa no braço do marido.
— Foi só para me livrar de um bule!— o rei pisca para o filho, desencadeando um pequeno riso no mais novo.
— É brincadeira!— ele diz a esposa.
— Mãe, pai.— Ben faz menção de sair do tabelado em que está, ganhando um resmungo negativo do alfaiate.— Eu já escolhi minha primeira proclamação.
A Bela e a Fera se encaram felizes com sorrisos nos rostos, orgulhosos do filho.
— Decidi que as crianças da Ilha dos Perdidos, devem ter a chance...de viver em Auradon.— o príncipe fala.
— Oh.— Bela derruba o tecido de suas mãos.
— Toda vez que olho para a Ilha, sinto que eles foram abandonados.— ele diz finalmente andando em direção aos pais.
— Os filhos dos nossos inimigos, vivendo aqui?— o rei indaga indignado, como se acabasse de ter escutado o maior absurdo de todos. E para ele, de fato era.
— Começaremos apenas com alguns deles, aqueles que mais precisarem.— Ben explica.— Eu já os escolhi.— o loiro sorri.
— Escolheu?— Fera se aproxima do filho, porém Bela uma mão no peito do marido e o encara.
— Eu te dei uma segunda chance! Quem são os pais?
— Cruela de Vil, Jafar, a Rainha má e...— ele responde receoso.— A Malévola.— ele diz por fim, arrancando um grito assustado do alfaiate.
— Malévola?— o rei questiona com um semblante irritado.— Ela é a pior vilã desta terra!
— Pai, me escuta até o fim...
— Eu não quero saber!— ele interrompe o filho, o apontando o dedo indicador.
O alfaiate, ao perceber o clima do cômodo, faz uma rápida reverência e se retira.
— Eles são culpados de um monte de crimes!— o rei argumenta.
— Mas os filhos são inocentes!— o mais novo protesta.— Não merecem uma chance de uma vida normal? Pai...
Adam suspira pesado e encara a esposa, que concorda com a cabeça.
— Imagino que sejam inocentes.— responde com um suspiro, dando as costas.
— Ora, 'tá bom!— Bela sorri, arrumando o terno do filho.— Vamos!— a rainha segura no braço do marido, o acompanhando para fora do cômodo.
Ben solta o ar que sequer percebeu que estava segurando e encara a janela pensativo mais uma vez.
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