25| Crude

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-Quero morrer - Resmungo afundando meu rosto no travesseiro macio com o forro úmido por lágrimas

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-Quero morrer - Resmungo afundando meu rosto no travesseiro macio com o forro úmido por lágrimas.

Limpo minhas bochechas com a ponta do coberto e mexo na cama ficando em uma posição confortável, virando de barriga para cima. Olho ao redor e percebo o quarto completamente escuro pelas janelas fechadas, o dia estava estava calmo e silencioso, porem pra mim, a minha cabeça esta um tanto quanto turbulenta. Estico a mão sentindo o pelo do gato que esta deitado por ali, faço carinho nele que não demora para começar a ronronar.

Estou com fome mas com preguiça de levantar da cama, ate mesmo para chamar uma empregada, sei que logo o jantar iria sair, porem não queria descer e ficar com meus pais. Escuto leves batidas contra a porta de madeira, mas não falo nada ou me dou o trabalho de abrir, sem resposta minha as batidas voltam a ecoar pelo quarto.

-"Alteza, esta tudo certo? A senhora sumiu por toda a tarde" - Ouço a voz da governanta Alice, mas ainda não a respondo -"O rei e a rainha estão muito preocupados e esperam te ver hoje no jantar, principalmente por conta da sua ausência no almoço e no chá da tarde"

Continuo deitada na cama, olhando fixamente para o sofá do outro lado do querto, como se ele fosse a coisa mais interessante do mundo. Desvio o olhar para a lareira e penso em liga-la, pois estava começando a esfriar, sem forçar para levantar, apenas aperto ainda mais o cobertor no meu corpo, me acomodando no tecido grosso. Com o passar do tempo o quarto escureceu ainda mais, sumindo as frechas de luz que saia pela janela, me fazendo notar que estava de noite. Respiro fundo e reviro os olhos, fungando por consequência do longo choro, levanto e ando lentamente ao closet, escolhendo um vestido branco simples, não estava com ânimo para me arrumar.

Assim que acabei de me arrumar, desci as escadas indo em direção para a copa, respiro fundo tomando coragem e abro a porta vendo três olhares em minha direção. Aceno para eles e sento-me no meu lugar de sempre, tudo foi servido corretamente e então logo começamos a comer em silêncio.

-Está tudo bem, filha? - Meu pai pergunta cortando a carne em seu prato -Não compareceu no almoço e parece cansada.

-Seu pai tem razão, sua aparecia esta péssima - Minha mãe falou terminando de mastigar -Deveria estar feliz, pois ontem passou o dia na casa da Yoko.

-Sim, aliás vocês duas são amigas.

-Yoko não somente uma amiga, ela é minha namorada - Corrigi e notei o olhar de repreensão da minha mãe sobre mim -Eu expliquei isso antes.

-Faye, não fale isso na frente da sua irmã - Meu pai disse apontando para pequena que brincava com a comida -Ela é apenas uma criança.

-Não vejo problemas em Pailin saber disso, ela sabe que pessoas namoram e casam.

-Ela é muito pequena, pode ficar confusa - Minha mãe falou e bebeu seu suco.

-Acredito que vocês só tenham medo de eu influencia-la - Digo largando o garfo sobre o prato.

Entre o amor e a guerra | FayeYoko versionOnde histórias criam vida. Descubra agora