2 dias e 15 horas que a família Apasra saiu de Gardênia, sempre que eles vão embora o castelo fica mais silencioso, principalmente por Pailin ficar mais quieta sem Yoko por perto. Falando em Yoko, admito que meus dois encontros com ela foram ótimos, e acredito que logo teríamos mais. Estou gostando de conhece-la, apesar da cara mal humorada ela se mostrou uma pessoa sensível, esperta e gentil. Ela me mostrou um parte dela que eu nunca tinha visto, e eu realmente gostei desse lado, espero que ela continue a me mostrar mais esse lado. E um fato sobre Yoko que não posso esquecer é que ela fica muito bonita com calças, mas nunca admitiria isso em voz alta.
Conheço Yoko a muitos anos, ela sempre esteve presente em minha vida mesmo não sendo minha amiga, mas agora esta tudo diferente. Antes quando ela se aproximava eu revirava os olhos por instinto e agora eu solto um sorriso, sem ao menos perceber eu acabo soltando um sorriso abobalhado, e as vezes meu coração acelera quase que imediatamente. Eu não sei o que aquela mulher fez em mim, mas eu sinto por ela o que nunca senti por ninguém, não sei o que sinto. É uma sensação diferente e muito boa.
Lembro-me que quando estávamos no gazebo Yoko falou que eu a desejava, na hora só consegui rir por ela falar um absurdo desse, mas agora percebo que talvez ela esteja certa. Alias o que senti por ela no teatro foi algo inexplicável e estranho, mas não um estranho ruim. E para piorar minha situação não foi um sentimento novo, pois já tinha sentido isso antes daquele dia e depois também quando a vi com o vestido rosa. Sei que sinto algo por Yoko, mas definitivamente não é amor.
Tiro todos esses pensamentos da minha cabeça e tento voltar a me concentrar no que estava fazendo, precisava tirar Yoko da minha cabeça. Olho para o pedaço de pano preso na maquina de costura e volto a costura vendo o fio juntar os dois panos se tornando uma parte da saia. Eu amo costurar e sou ótima nisso, quando pego em uma agulha não consigo mais parar, não penso em nada, não escuto nada, somente sou eu e meus tecidos. Porém, recentemente alguém vem atrapalhando isso também, não consigo concluir uma peça sem imaginar como Yoko ficaria nele, e ela sempre fica linda.
Droga... Estou pensando nela de novo.
Bufo levantando da cadeira, largando minha saia pela metade, abro a segunda gaveta do armário, puxando um maço de cigarro. Vou até a sacada do quarto o acendendo, lentamente trago o cigarro enquanto olho para o jardim em minha frente, mesmo distante dava para ver Pailin brincando com o seu pônei, lembro o quanto ela ficou feliz quando disse que Yoko prometeu a ensinar montaria. Yoko seria uma mãe incrível, pena que ela não quer e eu não posso dar isso a ela, tenho certeza que teríamos dois filhos lindos de pele branquinha e cabelo ruivo. Meu deus, estou pensando em ter uma família com Yoko.
Eu preciso esquecer tudo isso, esquecer do casamento, Yoko, os encontros, esquecer ate de mim se for possível. Após algum tempo termino o cigarro o jogando fora e saindo do quarto, desço as escadas e assim que encontro algum criado peço para preparar as coisas do jeito que eu quero. Ando pelo extenso corredor para os fundos, chego na ala dos empregados e olho para os lados tentando encontrar Engfa. Quando chego em sua casa bato na porta e não tenho sinal, bato novamente e quando ninguém abre a porta, vou para os fundos da casa, achando a loira tirando as roupas penduradas no varal.
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Entre o amor e a guerra | FayeYoko version
FanfictionPrincesas, reinos, vestidos e casamentos... Nada que não fuja do clichê! Mas para acabar com uma guerra, os reinos de Eclipsa e Gardênia fazem um acordo que ultrapassa a realidade, um casamento arranjado Esta obra é uma adaptação, todos os créditos...