Capítulo 2 - La Nuit Trésor

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Olá pessoal,

voltei com mais um capítulo de Anthemius, a história já está adiantada então não irei demorar a postar as atualizações.


Boa leitura,

Triz

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Continuei conversando com Camila por um bom tempo, descobri que a morena sempre morou em Anthemius, mas passou quase um ano viajando.

Sua conversa era interessante e me prendia fácil no jogo de suas palavras, aproveitei para olhá-la e gravar em minha mente todos os detalhes que era capaz de captar. Normani e Dinah apareceram com uma garrafa de vinho e conversaram um pouco conosco, mas voltaram a entreter os convidados deixando para trás o recipiente quase cheio com a bebida adorada por Camila.

O álcool fazia-se presente na corrente sanguínea de nós duas, tornando a morena um pouco mais relaxada e receptiva. Sua natureza era bem arisca, mas o motivo disso ainda não sabia. Por agora, estava contente em apreciar sua companhia.

Meu riso solto mostrava-se cada vez mais, diferente da de olhos castanhos, eu era uma pessoa naturalmente risonha e a bebida sempre exacerbava esse traço meu.

- Quer dizer que seu quintal é nada menos que a praia e desde sua volta você não pisou nenhuma vez na areia? – Estava revoltada, eu amava a praia e toda e qualquer oportunidade que tinha de me enfiar no mar, eu aceitava. Imagina abrir as janelas e dar de cara com a imensidão azul? Os ricos realmente deveriam ser presos.

- Simples assim, não tive tempo e honestamente nem me dei conta de que não havia ido à praia até você falar. – Camila fazia pouco caso da situação, enchia seu copo mais uma vez, perdi as contas de quantas vezes ela tinha feito este mesmo movimento. – Odeio beber vinho em copo, eu perco completamente a noção da quantidade que estou bebendo.

- Quer que eu busque uma taça para você?

- Não será necessário Lauren, mas agradeço. A taça não fará muita diferença neste momento. – Riu um pouco, seus olhos estavam um pouco mais baixo, a conhecida expressão de quando bebemos: "farol baixo".

- Tem costume de beber vinho sempre? – Do jeito que ela ingeriu a bebida, eu fico surpresa de a mesma estar em um estado tão bom. Eu havia bebido bem menos do que ela e ainda assim, a morena aparentava mais sobriedade do que eu.

- Sim, eu adquiri esse costume bem cedo.

- Isso explica como está tão bem, em compensação me sinto um pouco alta.

- Não tem costume de beber? – Seu lado risonho agitava meu coração, o sentia em minha garganta. A cada tocar de lábios carnudos no copo era como se a porcentagem de álcool em meu sangue aumentasse. Sentia-me embriagada com seu perfume, e talvez ele tenha sido o maior inebriador e não o vinho.

- Tenho, socialmente. Mas devo admitir que sou meio fraca para vinho. – Minhas pálpebras escondiam meus verdes claros. Sentia-me em combustão. Vinho, de maneira geral, me deixava ligada de outra maneira.

A escolha da bebida foi o empurrão final para o penhasco cor de chocolate que me instigava cada vez mais a pular e arrebentar qualquer tipo de amarra que existia em minha mente. Soava como irrealidade o quanto me embriagava com sua presença e tornava-me trêmula com a ideia de tocá-la, ao mesmo tempo em que sentia a abstinência de uma vontade criada e concretizada apenas em meus pensamentos.

- Pobrezinha, a dor de cabeça amanhã será violenta. – A risada entrou em meus ouvidos assim como a brisa do aroma de seus cabelos entraram em minhas narinas. O vento vinha de sua direção, arremessando novamente em meu rosto toda a fragrância delicada daquela mulher. Inspirei profundamente me deleitando com o pouco que tinha e aquilo me fez louca. O cheiro era demais para minha sanidade. Ela sempre era extremamente cheirosa. – Pare de beber um pouco, não quero que se sinta mal. Já bebemos o bastan...

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