[2]. Onde os Mundos Colidem

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O topo da colina mais alta de Ástrid, parecia o lugar perfeito para se observar todo reino de Ídris.

O enorme castelo de pedras, cercado pelas montanhas gelosas devido a época do ano, à sua frente enormes e majestosos portões de aço, forjado pelos melhores ferreiros do reino, estes que eram separados pelas obras de suas mãos. Diferenciando assim, a enorme construção das pequenas casas que cercavam a frente do reino, a uma longa distância, claramente.

As ruas calçadas de pedras e o imenso jardim esverdeado, eram o contraste e choque de realidade, entre os monarcas e plebeus. Suas ruas eram de terra, as casas monótonas, todas iguais, sem cor, sem luxo.

Algumas barracas de madeiras, eram sustentadas por estacas, onde alguns poucos vendedores ainda tinham uma condição melhor que outros moradores, mesmo sendo também, meros plebeus.

O que não era problema algum para nenhum deles, visto que o grande Rei, Jeon Junghoon era um homem muito justo e honesto com seu povo, não permitindo que jamais fosse cobrado de imposto acima daquilo que sabia que seu súdito seria capaz de pagar.

Como ser justo, cobrando impostos daqueles que já são pobres? Bem, da seguinte forma. A casa real, usava todo dinheiro recebido, para de seis em seis meses, fazer reformas do tipo da que aconteceu a dois meses atrás. Trabalhadores braçais do reino, eram selecionados para fazer uma inspeção rigorosa em todas as casas, observando assim se seria preciso a troca de algum telhado, porta ou janela das pequenas casas, garantindo para o seu povo, que houvesse ao menos um pouco de dignidade para quem pudessem passar pelo inverno.

Além de que, todo mês os moradores recebiam uma caixa com mantimentos, esta que ia de acordo com a quantidade de moradores que haviam nas casas. Garantindo assim, que aqueles que ainda não tinham um trabalho, pudessem ao menos sobreviver sem passar necessidades.

Um reinado, mais que justo, reconheciam. O reino prosperava, as colheitas de épocas eram fartas e assim o povo se alegrava. Alegria essa que poderia se dizer ser em dobro, no sentido de que os moradores eram felizes por saber que, se os sucessores do trono, fossem ao menos um por cento, do que o atual rei é, saberiam que assim poderiam viver com anos de paz e tranquilidade.

Realidade que de fato, era verdade. Os filhos do Rei Jeon, dois alfas, eram conhecidos por serem pessoas de bom coração como o pai, respeitavam o seu súdito e estavam sempre cientes de todas dificuldades e precisão da plebe.

Um trono, dois herdeiros.
Acaso isso poderia dar certo?

Há quem diga que a harmonia e amizade entre os dois irmãos, não passa de uma mentira, que ambos se odeiam, e que apenas passam uma imagem daquilo que não são. Mas como de fato poderiam saber? Afinal, só viam aquilo que os príncipes lhes mostravam, um relacionamento regado de respeito, cuidado e amor.

Tudo bem duvidar, afinal, se tratando de um reino vasto como o de Ídris, seria possível que dois alfas se dessem tão bem, quando estava em jogo a coroa?

Talvez, os plebeus nunca iriam descobrir.

Afinal, todo reinado tem os seus segredos, e toda dinastia por maior que seja, e mesmo que fundida a uma base firme e sólida, ainda pode desabar, e não! Não estamos falando da enorme construção do castelo.

Porém, contrariando quase todos os fatos daquilo que muitos acreditam ser a verdade, e indo contra suas expectativas, o Príncipe real Jeon Hyungsok e Jeon Jungkook, viviam em uma ferrenha briga de espadas longe dos olhos dos Reis.

Adoravam praticar pelos jardins escondidos do castelo, uma vez que, se fossem pegos lutando na sala de treinamentos, seriam chamados atenção. Não estamos falando de uma briga de fato, apenas gostavam de praticar para manter suas habilidades em forma. Duas vezes por semana os lupinos se encontravam para tal ato.

DYNASTY | JIKOOK ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora