☆𝑨𝒑𝒐𝒄𝒂𝒍𝒚𝒑𝒔𝒆..{ 𝚂𝚝𝚛𝚊𝚢 𝚔𝚒𝚍𝚜}☆

𝑺𝒂𝒗𝒆, 𝒐𝒓 𝒏𝒐𝒕..

[𝙽𝚘 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘 𝚍𝚒𝚊 𝚍𝚘 𝚌𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝚊𝚗𝚝𝚎𝚛𝚒𝚘𝚛, 𝚖𝚊𝚒𝚜 𝚝𝚊𝚛𝚍𝚎..]

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Su-nah respirava pesadamente enquanto atravessava a cidade deserta. Os sons da luta entre Yong e a criatura ainda ecoavam em sua mente, mas ela não tinha tempo para lamentar; precisava seguir em frente e sobreviver. Cada passo trazia uma mistura de dor e determinação. Yong havia se sacrificado para que ela pudesse ter uma chance, e ela honraria isso.

Ela seguiu cuidadosamente em direção ao apartamento onde morava, tomando cuidado para evitar ruas abertas e esconder-se entre as sombras. Ao chegar, subiu as escadas em silêncio, sentindo o peso de cada rangido nos degraus. A porta estava entreaberta, mas ela logo percebeu que ninguém havia estado ali desde que partira. Apoiando-se contra a parede, Su-nah entrou no apartamento com a tensão de quem sabe que a paz é frágil.

Dentro do pequeno espaço, ela abriu o armário onde mantinha uma mochila grande e resistente. Dentro, colocou pacotes de comida enlatada, garrafas de água e alguns medicamentos que encontrou em um armário antigo. Por fim, ela foi até a pequena cama onde sua gata, Sunnie, estava deitada, enroscada e alheia ao caos do lado de fora. A gata olhou para ela com olhos curiosos e serenos, como se não houvesse monstros ou perigos.

- Está na hora de ir, Sunnie - sussurrou Su-nah, acariciando a gata suavemente.

Com cuidado, ela colocou uma coleira em Sunnie e a ajeitou dentro da bolsa grande, deixando espaço para que a gatinha ficasse com a cabeça para fora. Sunnie era uma gata quieta, quase nunca miava, e Su-nah sentia que isso seria uma vantagem. Sabia que não poderia deixá-la para trás; a companhia de Sunnie era sua última lembrança de uma vida normal.

Após prender bem a bolsa e garantir que Sunnie estivesse confortável, Su-nah olhou pela janela, a gata ja era acostumada em passear dentro de bolsas pois era pequena e Su-nah tinha medo de que algum cachorro acabasse machucando sua gata, por isso passeava com ela dentro da bolsa. A jornada seria longa até Busan, a única cidade que, segundo Yong, permanecia intacta e livre dos "Caçadores". A esperança de chegar a um lugar seguro era a única coisa que lhe restava, Su-nah antes de sair verificou seu celular, e percebeu que nem o sinal tanto como a internet não estavam funcionando como o esperado... O que seria mais um obstáculo.

Descendo as escadas do prédio, Su-nah caminhou pelas ruas com passos lentos e atentos, desviando-se de becos escuros e evitando os escombros que poderiam fazer barulho. O silêncio da cidade era quase absoluto, mais podia se ouvir de vez em quando alguns gritos.. Talvez humanos ou não, nunca se sabe, os ruídos altos que Su-nah acreditava ser daquelas coisas tambem se viam presente algumas vezes, e cada movimento parecia amplificado. Sunnie, dentro da bolsa, observava com curiosidade, mas não emitia nenhum som, talvez sentindo a gravidade da situação.

A medida que avançava em direção à estrada principal que levaria ao sul, Su-nah percebeu uma movimentação nas sombras. Congelou, segurando a respiração, mas logo identificou serem apenas ratos. Tentava se acalmar, mas a ansiedade estava sempre presente, latente, como uma ferida que não cicatrizava.

Após horas caminhando, ela encontrou uma loja de conveniências abandonada que havia alguns suprimentos e dava pra se esconder por alguns minutos, a loja tinha sangue e marcas de luta nas paredes oque fez Su-nah ficar atenta. Com as janelas quebradas e prateleiras despencadas. Ajeitou a bolsa no chão e soltou Sunnie para que a gatinha pudesse esticar as patas. Pegou um pouco de comida para si e para ela, e, enquanto a gata comia tranquilamente, Su-nah sentiu um aperto no peito ao se lembrar de Yong e de tudo que havia deixado para trás.

Ela descansou por alguns minutos, e, ao despertar de que precisava continuar, preparou-se para continuar a caminhada. Colocou Sunnie de volta na bolsa e seguiu para a estrada. A cada passo que dava, a visão de Busan parecia mais distante, mas sua determinação era inabalável. Ela sabia que o caminho seria repleto de perigos e sacrifícios, mas estava decidida a honrar a memória de Yong e lutar por um futuro onde aqueles monstros não a seguissem mais.