"What if everything you ever wanted came with an unexpected love?"
Violett Shaw era apenas uma garota normal de 16 anos que já havia desistido do seu sonho de atuar. Porém, recebe uma ligação inesperada que vira sua vida de cabeça para baixo. Num pi...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Já tinha se passado mais de uma semana desde o início das gravações. Gravei mais algumas cenas com Violett, mas nada muito relevante. Na semana que vem, começamos com cenas de mais destaque, tipo uma de briga e aquela dos curativos que mostramos para Mason e Maddy uma vez. Olhei para o relógio e percebi que já era 2:30 da madrugada. Eu estava em uma chamada de vídeo com Mason e Jacob, meu amigo que havia participado do primeiro filme de The Black Phone e que agora era namorado de Maddy.
— E aí, como estão as coisas com você e a Maddy? — Mason perguntou para Jacob.
— Estamos ótimos! Ontem à noite fizemos uma maratona de filmes de terror, e a Maddy deu um grito enorme com uma cena de susto. Eu nunca ri tanto na minha vida!
Mason deu uma risada, divertido pela cena mental que imaginou.
— Eita, tá apaixonado, é? — provocou Mason.
— Claro que estou! Ela é sensacional. Agora que ela tá trabalhando nesse filme, só a vejo na sexta à noite e nos finais de semana. Fico esperando a semana toda por isso — Jacob respondeu, com um brilho nos olhos.
Enquanto eles conversavam, fiquei quieto por um momento, pensando sobre Maddy e Jacob. Eles são um casal um tanto inesperado; quase não se falavam nas gravações do primeiro filme. Isso me faz pensar que, apesar de me sentir bem sozinho, talvez fosse bom ter alguém ao meu lado... Alguém que pudesse rir das minhas piadas e me apoiar nas horas difíceis. A sensação de ter alguém que realmente se importasse, que estivesse ali para compartilhar as vitórias e derrotas, era um pensamento atraente e, ao mesmo tempo, intimidador. Talvez eu não estivesse pronto ainda para me abrir para alguém dessa forma.
Às vezes, fico imaginando como seria se eu estivesse apaixonado. Acho que eu a levaria para conhecer meus lugares favoritos, mostraria o que gosto de fazer,sei lá. Mas, ao mesmo tempo, tenho medo de como isso poderia mudar as coisas. E se não funcionasse? E se eu acabasse me machucando? Esses pensamentos me deixavam pensativo enquanto observava Mason e Jacob conversando.
— E você, Miguel? Como estão as coisas com a Violett? — Mason diz, levantando as sobrancelhas e falando com uma voz engraçada.
— Que Violett? — Jacob pergunta, curioso.
— É a minha colega de trabalho — respondi, sério.
— Colega? — Jacob diz, me encarando pela tela. — Se fosse só colega, o Mason não citaria.
— Lógico que citaria, olha pra ele, é maluco.
— Maluco, né? Vi ela entrando no seu carro outro dia.
Socorro.
— Ah, a tia dela é atriz de teatro, teve uma peça no dia e não pôde ir buscar ela, então a levei em casa — digo, sério, como se não estivesse irritado com a pergunta.
— Olha como é cavalheiro — comenta Jacob.
— Mas e aí, o que rolou? — pergunta Mason.
— Nada.
— Nada? — Jacob diz, desconfiado.
— Desembucha, Miguel — fala Mason.
— Cara, se tivesse rolado algo, eu com certeza já teria contado pra vocês. Por que eu esconderia isso?
— Não sei, você é estranho — diz Jacob.
— Então você quer dizer que não rolou, mas gostaria — provoca Mason.
— Mano, eu acabei de conhecer ela, deve ter o quê, duas semanas? Não faz nem sentido.
— Eita, tá se justificando demais — provoca Jacob.
— Acho que—
Desliguei o telefone antes que Mason pudesse terminar de falar. Sinceramente, isso me irrita.
Levantei-me da cama e decidi que precisava de um lanche. Desci silenciosamente pelas escadas, os degraus rangendo levemente sob meu peso. Que droga, só porque não posso fazer barulho. A casa estava em silêncio, e a única luz que iluminava o caminho era a lanterna do meu celular.
Ao adentrar a cozinha, fui direto em busca de algo simples. Um pacote de miojo chamou minha atenção. Era uma escolha rápida e fácil, e meu estômago já estava roncando. Enquanto enchia uma panela com água, não consegui evitar os pensamentos que estavam martelando na minha cabeça. Por que é tão difícil para mim?
Os caras parecem tão à vontade com suas vidas, tipo, tão decididos. Mason e Jacob já sabem exatamente o que querem. Os dois já têm total certeza de que querem seguir com a atuação. Jacob está feliz com Maddy, e Mason sempre diz que está completamente melhor sozinho. Por que eu tenho que ser diferente? Essa indecisão estava me deixando maluco. Enquanto a água esquentava, percebi que sempre me colocava em comparação com eles, e isso só me deixava mais confuso.
Às vezes, eu só queria saber qual era o próximo passo. O que eu realmente quero? Por que é tão difícil encontrar o caminho certo no meio de tantas escolhas? Eu queria ter a mesma confiança que eles, mas, por outro lado, sabia que não era assim que as coisas funcionam. Cada um tem seu próprio caminho, claro, mas será que eu sou o único que se sente assim? Às vezes, parecia que todo mundo à minha volta tinha tudo sob controle. E eu, por outro lado, me sentia como se estivesse flutuando, sem saber exatamente para onde ir.
O que eu realmente quero?
O "macarrão" ficou pronto, eu coloco-o num prato e levo-o até a mesa, acompanhado pela luz do meu telefone. Começo a comer e meus pensamentos se desviam para outro assunto: Violett. Apesar de qualquer contato com ela resultar em 100 piadas diferentes do Mason pelo resto do dia, gosto de falar com ela, por mais que a correria das gravações atrapalhe um pouco o contato do elenco em geral. Aquela vez que levei ela até a placa de Hollywood parece ter sido especial pra ela. Lembro-me do sorriso que ela deu quando viu; ela estava em choque, então creio que ela não percebeu, mas foi o sorriso mais genuíno que já vi na vida. Então foi aí que percebi: talvez isso tenha sido a resposta que ela procurava para suas dúvidas, inseguranças ou incertezas,sei lá.
Quando eu vou achar a minha resposta? _______________________________________ Espero que tenham gostado! Não se esqueçam de votar e comentar!☆
