Sempre que for usado apenas as "aspas", significa que foram usadas línguas de sinais ou palavras escritas na comunicação.
Caso venha o — "Travessão junto das aspas", indicará que foi usada a língua de sinais junto às palavras. Ex: fulana foi à padaria, virou-se para alguém que era surdo e disse — "eu quero meia dúzia de pães francês" —
Ela falou enquanto gesticulava. Entendeu?
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.Após desembarcar do avião, sinto o ar mais fresco do aeroporto me acolher, enquanto caminho observando as pessoas ao redor. Cada rosto conta uma história diferente: alguns riem alto, outros resmungam com expressões irritadas, e há aqueles que parecem perdidos, olhando para trás, mesmo enquanto seguem em frente.
Minha curiosidade se acende, e, quase sem perceber, me aproximo daquela direção. Passo pelas pessoas, desviando dos grupos, até que a cena se revela diante de mim.
Ali está ela, uma mulher de cabelos ruivos longos e ondulados, corpo curvilíneo, usando um shorts jeans curto e um cropped branco que deixa a pele bronzeada à mostra.
Ela segura uma placa peculiar que diz "Estou aqui", com luzinhas piscando como decoração de Natal, acompanhada por uma seta apontando para si mesma. A excentricidade da cena faz com que alguns transeuntes parem para olhar.
A ruiva vasculha o ambiente com o olhar, como se estivesse procurando desesperadamente por alguém.
Suspiro e coloco a mão na testa, sentindo um leve desconforto com toda aquela atenção. Continuo avançando em sua direção, até que ela finalmente me vê.
Seus olhos castanhos se arregalam, e um sorriso radiante surge em seu rosto.
— HASEY! — ela grita, lançando a placa de lado e correndo até mim.Sem hesitar, ela me envolve com os braços em um abraço apertado, me puxando contra seu corpo. Sinto o calor familiar de seu abraço, aquele que eu tanto sentia falta. O perfume floral que ela usa continua o mesmo, trazendo de volta memórias reconfortantes.
Retribuo o abraço, apertando-a com firmeza, sentindo uma onda de nostalgia. Depois de alguns segundos, dou leves tapinhas nas costas dela, sinalizando que podemos nos soltar.
Mas Nami, teimosa como sempre, me aperta ainda mais forte, a ponto de eu ter que lutar para respirar. tento gesticular com a mão, me debatendo suavemente. Ela percebe e finalmente afrouxa o aperto, mas continua segurando meus ombros.
— Hasey, estou tão feliz que você esteja de volta. Você não faz ideia de como eu senti sua falta! — Ela fala com um sorriso que transborda alívio, os olhos brilhando com emoção.
Faço um gesto simples com as mãos, comunicando que também senti falta dela. Meu sorriso é tímido, mas sincero. Nami sempre soube como me envolver em seus gestos expansivos e sua energia contagiante.
Ela segura minhas mãos, os dedos entrelaçados, e diz, quase com lágrimas nos olhos: — Você não imagina como os dias foram longos sem você.
Por um momento, esqueço que estamos no meio de um aeroporto movimentado, com pessoas indo e vindo apressadas ao nosso redor.
Tudo parece se apagar, exceto esse reencontro. Finalmente, estou onde pertenço. Nami, ainda sorrindo, me puxa para mais perto.
— Ainda bem que consegui te encontrar no meio de tanta gente. — Ela ri, divertida. Eu solto um leve suspiro e pego meu celular para digitar rapidamente:
“A placa ajudou.” Mostro o aparelho e aponto para o objeto que agora jaz no chão. Nami franze o cenho em provocação, fazendo um bico.
— Sabe quanto me custou aquele negócio? — Ela cruza os braços.
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me deixa entra no seu mundo \ Monkey D. Luffy
FanficDe um lado, uma garota surda sem muito interesse em um mundo diferente do que ela já está acostumada; do outro, um garoto energético que adora a diversidade do mundo.