S/N, uma jovem de apenas 16 anos, encontra-se em um mundo em ruínas após a devastação causada por um apocalipse zumbi. Desde a perda de seus pais, ela se vê obrigada a enfrentar sozinha os inúmeros desafios que surgem a cada dia. Com coragem e deter...
Acordei tentando abrir os olhos com a claridade absurda que invadia o quarto. Tentei me mover, mas foi completamente em vão. Olhei para o lado direito e vi o braço de Daryl ao meu redor. Ele parecia estar dormindo muito bem, então me rendi.
Algum tempo se passou, e eu comecei a sentir vontade de ir ao banheiro. Quando olhei para o pulso de Daryl, o relógio dele marcava 10:00. Levantei rapidamente, tentando acordá-lo, mas foi em vão.
— Daryl, acorde! Daryl! Daryl! — Ele pulou da cama em seguida, me fazendo rir. — Olha só, não pode me culpar se você estava dormindo pesado — comecei a rir descontroladamente.
— Você tá achando isso engraçado, né? — falou, colocando a mão na testa. — Vamos ver se você ainda vai estar rindo depois disso.
— Quê? — Antes que eu pudesse entender, ele subiu em cima de mim, fazendo cócegas. — Ah, não, Daryl, para! — falei entre risos, tentando fazê-lo parar. — Eu vou fazer xixi, Daryl!
Corri para o banheiro, ouvindo ele rir. Olha, tem vezes que eu passo cada humilhação que chega a doer fisicamente. Pensei em aproveitar e tomar um banho logo, então fiz minha higiene. Depois de uns 10 minutos no chuveiro, saí para me vestir. Decidi colocar uma blusa preta curta e um shorts verde escuro. Em seguida, peguei um casaco xadrez, meu colar, minhas botas e, por fim, minhas facas e meias.
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Saí do banheiro, vendo Daryl mexendo em seu arco. Fui pegar minhas armas, que estavam encostadas na escrivaninha. Em seguida, Daryl passou a mão em minha cintura; olhei para ele, confusa, tentando entender o que ele queria com aquilo. Suspeitei de algo, mas fui surpreendida em seguida com um beijo perfeito e apaixonado. Depois de tirar meu fôlego, ele falou:
— S/N, se duvidar, nossa casa foi consumida por eles — disse, rindo. — Vamos?
— Com certeza, mas eles têm a casa deles — falei, rindo. — Vamos, então.
Descemos as escadas, dando de cara com o pessoal. Acho que vamos ter que mudar as trancas, pois está complicado ter privacidade.
— Acho que vamos ter que mudar as trancas, Daryl, porque está difícil ter privacidade — falei, enquanto todos riam. — Olha só, a única que eu deixo entrar é a Judith — disse, pegando-a no colo.
Daryl ficou nos admirando, com os olhos brilhando. Fiquei até com as pernas bambas depois dessa olhada perfeita.
— Daryl, fecha a boca, está babando — Glenn disse entre risos. Daryl o encarou com cara de tédio. — Tá bom, parei — levantou as mãos em rendição.
— Não fica assim, Glenn, não é sua culpa — falei, rindo. — Eu que acordei ele no susto. — Daryl me olhou com cara de deboche. — Cara feia pra mim é fome, amor, é melhor começar a comer.
— Você não vem comer comigo?
— Não estou com fome. Qualquer coisa, eu como uma fruta. — Ele me olhou preocupado. — O que foi?
— Você mal está comendo. Você quer o quê? Eu faço, pode pedir. — Todos olharam para ele com cara de surpresos. — Que foi, idiotas? Só estou cuidando do que é meu — dei uma risada.
— Amor, quando eu sentir fome, eu vou comer, prometo — ele fez eu jurar de dedinho. — Sério, você tem quantos anos? — revirei os olhos, mas me rendi.
Fiquei com Judith enquanto todos comiam e brinquei com ela de esconde-esconde. Senti um pouco de falta da minha infância. Terminamos de brincar quando a miniatura de pessoa sentiu fome, então decidi preparar algo para ela comer.
— Judith, minha flor, você quer suco de laranja?
— Quero, titia — respondi, colocando o suco na mamadeira dela. Depois, fui preparar uns ovos para ela e decidi picotar algumas frutas em formatos diferentes: o morango fiz em flores, o melão em formato de lua e a maçã em corações. Coloquei tudo num prato e peguei os talheres de plástico para ela, para não machucar a boquinha.
— Pronto, minha flor, come tudo, hein? Quero esse prato limpinho.
— Gente, que milagre é esse? A S/N fazendo algo! Acho que vai chover — disse Carl.
— Carl, se você quiser ir explorar hoje, é melhor ficar quieto — olhei para ele, rindo.
— Não se pode mais brincar hoje em dia, credo.
Falando nisso, o Rick me deixou no comando dessa missão. Ficou eu e a Rosita responsáveis por isso.
