A Praia Futura e a Taça Passada.

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Aviso!!!
Pode parecer complicado, mas garanto que vai valer a pena. Essa historia se passará num Universo Fantástico criado por mim com intuito de Jogar RPG com meus amigos, mas que agora acabou virando um livro que estou escrevendo com muito amor.
Nesse mundo estamos em Tarlák, um grande continente com muitos reinos e magias. Aqui existem seres muito poderosos que criaram todas as coisas, e eles são chamados de Os Grandes. Além deles existem divindades, entidades e Deuses e monstros.
Logo em breve publicarei o meu livro dessa historia.

Dito isto, espero que gostem. Boa Leitura!!!


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Davi continuou seu caminho, dando as costas para as Praias Longas, com as suas areias amarelas e conchas prateadas, para as suas águas escuras e turbulentas, para a sua antiga embarcação arruinada e os tesouros que ela guardava, para a além da costa e dos bancos de areias, para o Mar Escuro e suas tempestades, para as brisas voláteis e as gaivotas a cantar bem acima. Ele estava dando o seu último adeus a tudo aquilo, se encaminhando para o Norte, rente as Terras Amarelas com os seus inúmeros campos abarrotados de girassóis e bosques floridos, onde estava pronto para mais uma de suas aventuras, e talvez um final descanso.

Mas, bem, no fundo do seu coração, onde só ele mesmo podia contemplar, estava se despedindo de uma última coisa, a mais importante de todas elas, e, tomado por um impulso repentino, ele virou os olhos para a faixa de areia e o mar, agora distantes, e pode vê-lo ali, parado com aquele enorme sorriso no rosto, segurando alguma coisa grande nas duas mãos que estavam rente ao seu dorso. Ele ainda vestia a mesma roupa branca com uma coroa e um manto azul em suas costas. A semelhança de quando se encontraram pela primeira vez no Cabo Liber-Trúz.

Davi se viu correndo, onde estavam as coisas que carregava a pouco? Quando percebeu já estava pisando em areia fofa com os pés descalços, a respiração desesperada tentando achar folego para continuar a corrida. Faltava pouco para alcançar Viniccios, que olhava toda aquela cena sorrindo de lado. Quando o Freitas pisou nas águas salgadas novamente, faltando pouco para seu objetivo, ele sentiu novamente aquele magnifico calor o tomando de repente, fazendo as suas forças serem renovadas numa última instância. O sol já estava se pondo no Oeste, onde aquela praia seguia por muito e depois terminava, e ainda mais além, até os limites de Tarlák e do fim do mundo.

Freitas abriu os braços e, em um ato desesperado, ele jogou-se por cima do Ferras, que alargou o sorriso. É certo que os dois quase caíram com aquilo, porém não fazia mal algum, principalmente para o mais velho, que só se envolveu ainda mais naquele aperto e enterrou seu nariz na curvatura do pescoço do menor. Dizer como aquilo estava sendo para ambos não era uma coisa fácil para se transpor em palavras, mas seria como se vórtices vertiginosos estivessem se colidindo, sendo cada um feito de todas as emoções mais intensas que ambos sentiram, indo de dor e perda até amor e alegria. Aquela era uma despedida, Davi sabia disso, e ele não queria perder sequer um único segundo.

A mão direita de Viniccios se embrenhou delicadamente nos fios castanhos do menor, em um longo e demorado carinho, o que sem querer fez Davi começar a chorar enquanto ainda pressionava seu rosto no peito do maior, a fim de que ele não visse suas lágrimas. Ferreira puxou suavemente a cabeça de Davi para trás, e assim olhou para o fundo dos seus olhos com ternura.

— Você ainda se lembra do que eu te disse quando te encontrei? — Viniccios perguntou, segurando o queixo do castanho e fazendo um carinho no local. Os olhos do Ferras estavam levemente marejados, porém, ainda estavam demonstrando plena felicidade e afeto.

Davi conseguiu fazer as lágrimas sessarem naquele momento. Enxugou-as de sua face avermelhada e decidiu encarar o outro à sua frente, e assim como ele, abriu um sorriso casto e lindo, fazendo uma covinha aparecer e uma mecha de seu cabelo cair por sobre o olho esquerdo.

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