Os Outros Targaryens

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Rhaenyra estava prestes a lançar seu próximo ataque

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Rhaenyra estava prestes a lançar seu próximo ataque.

Ela faz seu rosto mais inocente e procura o pai.

–Papai, eu posso melhorar minha educação? -ela pergunta, fazendo a voz bem fina possível.

Rhaenyra aprendeu á duras penas que Viserys não responde bem a malcriação, gritos ou birras, mas responde maravilhosamente quando usa seu charme e doçura contra ele.

–Que pergunta é essa querida? É claro que você pode melhorar sua educação. Não só pode, como deve, pois será a futura rainha.

–Então o senhor pode me ajudar, papai?

–Como posso te ajudar, meu tesouro?

–Eu estava pensando nos dois Targaryens mais velhos ainda vivos. E se pedíssemos ajuda a eles?

–Os dois mais velhos?

–Sim. Meistre Vaegon e Septã Rhaelle. Eles ainda estão vivos. Quem melhor que os dois Targaryens anciãos que aprenderam com Rhaena, Jaehaerys e Alyssane?

Viserys põe um dedo no queixo, pensando.

–Não é uma ideia ruim, querida.

–Se o senhor solicitar que eles sejam enviados, tenho certeza que poderão me ensinar muita coisa.

–Vou mandar as cartas. Em breve eles devem chegar.

Rhaenyra sorri e dá um beijo no pai.

–Obrigada papai. O senhor sempre está disposto a me mimar.

–Claro, querida. A única princesa do reino merece apenas o melhor. E se é pela sua educação, não vejo porque negá-la. Eu fico feliz em ver o quanto você está disposta a aprender e melhorar.

Rhaenyra sai pensando nessas palavras.

Ela se olha no espelho com tristeza, porque se lembra de seus erros e falhas.

Ela errou muito, de várias maneiras. Se acovardou e baixou a cabeça quando não devia. Deixou Otto e Alicent tomarem o controle da capital. Não estraçalhou Criston Cole. Não protegeu seus filhos quando devia. Não os gerou como mereciam. Não pôs nem sequer um espião entre os criados para saber a movimentação dos Verdes. Confiou na palavra de seu pai, que seria o suficiente. (Claro, o juramento feito a ela DEVERIA ser suficiente. Afinal um nobre tem que cumprir a palavra que deu, principalmente para a realeza, e houve toda a burocracia, protocolo e documentação assinada por todos. Era OBRIGAÇÃO ser o suficiente.)

Encarar suas falhas não era fácil. Saber que errou, que fraquejou, que não fez o suficiente a deixava arrasada. Encarar a si mesma e seus erros de frente era uma das maiores provações mentais a que se submetia passar nessa nova chance. E Rhaenyra fecha as mãos para seu reflexo no espelho, decidida a não deixar que seus erros se repitam.

Um tempo depois, os dois idosos da família finalmente chegam a capital.

–Eu não sabia desse desenvolvimento meu rei. -fala Otto, franzindo a testa para os dois membros mais velhos da casa dos dragões.

–Não se preocupe, eles ficarão em minha ala. Afinal sua filha não sabe nem o protocolo básico para preparar a acomodação da realeza. -diz Rhaenyra, com um sorriso radiante e uma voz calculadamente mais infantil.

–Princesa, não ofenda sua rainha desse jeito!

–Ofensa? Mas eu achei que Alicent estava no básico! Papai, o senhor não me disse que as aulas de Alicent avançaram!

–Não meu bem. Otto está exagerando. Alicent realmente está ainda aprendendo o básico sobre seus deveres.

Vaegon, que ouviu tudo ao se aproximar, ficou chocado.

–Oh, mas o que é isso? Desde quando um segundo filho tem autoridade para repreender a realeza? -ele pergunta, balançando a cabeça.

–Agora entendi porque fomos chamados.

Viserys estava encantado com a presença de Tio Viserys e Prima Rhaelle.

–Eu conto com vocês para a educação da minha herdeira.

Rhaenyra mentiria se dissesse foi fácil. Às vezes era insuportável. Às vezes seu cérebro fazia um zunido. Às vezes só queria gritar. Rhaelle e Vaegon pegavam pesado com ela, eram muito exigentes. Mas ela precisava daquele aprendizado. Ela realmente precisava melhorar muito, em tudo, para compensar tudo o que negligenciou antes.

Mas não só de estudo e aulas chatas eram o seu dia. Tinha vezes em que algo interessante acontecia, como por exemplo, os dois idosos ouvindo Otto chamar Daemon de "Maegor Voltando".

–Eu conheci Maegor pessoalmente, Sir Otto. Pode ter certeza, Daemon não é nada como Maegor. Se ele fosse, você não estaria aqui agora. Eu vi do que Maegor era capaz. Acredite, você não quer saber o que ele faria contigo quando a ofensa chegasse aos ouvidos dele. O fato de Daemon saber do que você o chama e te deixar vivo só mostra o quanto ele NÃO é Maegor. -fala Rhaelle, friamente.

–Eu nunca vi isso. Um segundo filho de um Lord menor insultar um príncipe do reino assim, alguém que está no ramo principal ainda por cima! Meu pai Jaehaerys e minha mãe Alyssane ficariam horrorizados. -dispara Vaegon -Meu sobrinho, como você deixou isso chegar a esse ponto? Daemon não lutou por você? Você não tem essa corôa em sua cabeça por causa dele? Desde quando essa família passou a ver Daemon como uma arma descartável ao invés do parente que ele é?

–Primo Vaegon, não seja tão duro. É óbvio que um segundo filho como Mão tem uma enorme lacuna.

–Viserys deveria saber melhor.

–Mas não se preocupe mocinho. -diz Rhaelle, estalando ameaçadoramente os dedos -Eu vou te ensinar como se deve respeitar a família real.

E Otto sabia que estava ferrado nas mãos daquela velha carrasca.

"Talvez um dia eu alcance
Talvez um dia eles me sigam e nós
Faremos um amanhã melhor
Então eles verão
Eu sei que mudaremos o mundo
Porque nós somos os guerreiros da mente
Talvez um dia possamos alcançá-los
E podemos desenvolver suas habilidades
À medida que os ensinamos
Se houver algum problema, teremos a resposta
Nós somos os guerreiros da mente"

𝑸𝒖𝒆𝒆𝒏 𝑶𝒇 𝑺𝒘𝒐𝒓𝒅𝒔 Onde histórias criam vida. Descubra agora