A Princesa E A Espada

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Rhaenyra deu seguimento a próxima fase de seu plano

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Rhaenyra deu seguimento a próxima fase de seu plano.

–Pai, eu decidi que vou treinar e ser uma cavaleira digna da Blackfyre.

–Mas filha, você não precisa disso. A Guarda Real vai te proteger.

Rhaenyra revira os olhos.

–Que tipo de monarca eu serei se não souber sequer defender o meu povo?

Ela insiste com Viserys, que cede.

Rhaenyra vai para o pátio de treinamento e começa a se exercitar.

Primeiro, ela corre pela pista, até sentir os pulmões quase saírem para fora. Depois, pegou um pouco de peso. Por fim, ela pega a espada de madeira e começa a aprender, desde o princípio, com Sir Harrold Westerling.

Ela estuda a cada segundo que está acordada, para aprimorar seu corpo e sua mente. Rhaenyra sabe que como uma mulher, tem que mostrar muito mais competência que o normal para receber menos da metade do respeito pelo seu esforço e dedicação.

Depois de duas vidas tão negligentes, ela teve que aprender a lição.

–Eu preciso ser melhor. Uma princesa melhor, uma rainha melhor, uma mãe melhor, um dragão melhor, uma pessoa melhor... Falhei demais e tenho que compensar isso. -ela diz baixinho para si mesma.

Como não poderia deixar de ser, Otto e Alicent e o resto do Conselho reclamou horrorizado com Rhaenyra aprendendo a lutar.

–É indecoroso uma dama se comportar assim! -Otto fala.

–Não me lembro de me importar com a sua opinião. -Rhaenyra rebate.

Viserys tenta acalmar a situação.

–Querida, se acalme.

–Eu queria ver seu amigo Otto dizer isso para minha avó, Princesa Alyssa, ou minha bisavó Alyssane. Ou melhor ainda, dizer isso para Visenya e Rhaenys, nossas ancestrais. Quem ajudou o Conquistador a obter o trono?

–Mas uma dama...

–Eu não sou uma dama. -rebate a princesa -Eu sou uma princesa da Casa Dos Dragões.

Todo o conselho fica em silêncio.

–Isso não está em discussão, nem em debate. Já pedi a meu pai o rei, a única pessoa neste reino maior que eu. Já tenho a permissão que preciso. Estou assumindo todas as responsabilidades de um herdeiro sem reclamar. Se estou cumprindo meu dever corretamente, nenhum de vocês pode dizer nada. No dia em que eu falhar, aceito qualquer crítica. Mas fora disso, o dragão não se importa com a opinião das ovelhas.

Pouco a pouco os homens vão saindo da reunião.

–Ela me assusta. -susurra Jasper Wylde -Eu às vezes olho para ela e parece que vejo um mini-adulto ao invés de uma criança.

–Ela é brilhante. -fala Lyman Beesbury -E estou vendo uma verdadeira joia crescendo e se desenvolvendo.

–O que essa menina vai se tornar?

Alicent fica indignada ao ver como Viserys faz tudo o que Rhaenyra quer. E agora a menina inventa de querer virar uma aberração! Onde já se viu, uma dama agindo como um homem?

–Rhaenyra, o que você está fazendo é antinatural! -Alicent fala, tentando por juízo nela (ou acreditando piamente que estava fazendo isso).

–Se você prestasse atenção as suas aulas de história, saberia que as mulheres valirianas lutavam e guerreavam. Aqui mesmo em Westeros tem mulheres guerreiras, como a escudo juramento de minha bisavó Alyssane.

–Uma dama não deveria...

–Vai estudar, sua burra! -interrompe Rhaenyra, sem paciência.

Alicent fica ao mesmo tempo surpresa e ofendida.

–Me faça o imenso favor de cuidar da sua vida e não da minha. Não tenho culpa se tenho uma vida mais interessante que a sua.

E Rhaenyra dá às costas para ela.

–Agora me dê licença, hoje é dia de estudar matemática administrativa com Vaegon.

E mais uma vez, a princesinha consegue o que quer.

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