Era um dia comum no café da cidade, um lugar que eu costumava frequentar com meus amigos. A luz do sol filtrava-se pelas janelas, criando uma atmosfera acolhedora e tranquila. O aroma do café fresco e o som suave da conversa enchiam o ar, mas naquele dia, algo parecia diferente. Era como se eu estivesse esperando algo grandioso.
Enquanto tomava meu café, meus olhos foram atraídos para um grupo de amigos rindo na mesa ao lado. E, quando nossos olhares se cruzaram pela primeira vez, o mundo ao nosso redor se transformou em um borrão. Ana estava lá, com um sorriso que poderia iluminar até os dias mais sombrios. Havia algo na maneira como ela se movia e interagia com os outros que capturou minha atenção instantaneamente.
— Ei, você viu onde foi parar a bebida? — um amigo ao meu lado interrompeu meu devaneio, mas minha mente estava longe. Eu não conseguia desviar o olhar de Ana.
— Hum? O quê? — respondi distraído, ainda encarando Ana. Meu amigo seguiu o meu olhar e riu.
— Olha, eu acho que você está mais interessado na garota do que na bebida — ele brincou.
— Talvez — murmurei, sem conseguir esconder meu sorriso bobo. Quando Ana riu de novo, meu coração disparou, e percebi que algo dentro de mim estava mudando.
A tarde passou rapidamente. O grupo de amigos começou a se dispersar, e, mesmo sem coragem de me aproximar, eu sentia que já conhecia Ana de alguma forma. O sentimento de familiaridade era quase mágico. Enquanto isso, eu tentava encontrar uma desculpa para falar com ela, mas a timidez me paralisava.
Quando finalmente Ana e seu grupo se levantaram para sair, uma onda de desespero me atingiu. O medo de perder essa oportunidade era esmagador. Mas enquanto ela passava perto de mim, nossos olhares se encontraram mais uma vez. Por um breve instante, senti uma conexão que parecia transcender as palavras. Ana sorriu para mim, e meu coração acelerou como se eu estivesse prestes a embarcar em uma nova aventura.
— Você poderia me passar o açúcar? — eu perguntei a um amigo que estava sentado na mesa ao meu lado, apenas para ter uma desculpa para me levantar e ir em sua direção. Mas, ao fazer isso, acabei esbarrando em um garçom e derrubando meu café.
— Desculpe! — eu exclamei, ruborizando enquanto tentava limpar a bagunça. Ana riu suavemente, e eu me virei para encará-la novamente, um sorriso nervoso se formando em meus lábios.
— Você está bem? — Ana perguntou, um brilho travesso nos olhos.
— Sim, apenas... um pequeno acidente. Parece que eu não sou muito bom em fazer amigos — eu brinquei, tentando aliviar a tensão.
— Bem, você acaba de me fazer rir, então talvez isso conte como um bom começo — Ana disse, e eu senti meu coração derreter.
A partir daquele momento, a conversa fluiu mais naturalmente. Falamos sobre tudo e nada, e a conexão que havia entre nós era inegável. A cada risada compartilhada, sentia que o espaço entre nós se encolhia. Quando a tarde se transformou em noite, e as luzes da cidade começaram a brilhar, eu sabia que aquela não era apenas uma coincidência.
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Quando o Medo Encontra o Amor
RomanceDesde o primeiro olhar, um laço especial se forma entre dois amigos que compartilham risadas, segredos e sonhos. Porém, enquanto o amor floresce em seus corações, as inseguranças e medos se tornam sombras que ameaçam sua conexão. Entre momentos de a...